sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Vai anotando aí...

10. Mistérios do Calendário Maia

Muito se tem falado sobre esse calendário e a maior parte do falatório é negativo. Infelizmente. A humanidade sempre teve de suportar os pessimistas de plantão, os derrotistas que se escalam para criar o caos e, certamente, para tirar proveito disso.
O calendário é o mais bem elaborado das antigas civilizações perdidas. Dele deriva o calendário asteca. Tanto um como o outro tinham um calendário religioso de 260 dias, com 13 meses de vinte dias; e um calendário solar de 365 dias, constituído por 18 meses de vinte dias e mais cinco dias epagômenos, isto é, que não pertencem a nenhum mês e são acrescentados ao calendário para complementar o ano. Esses cinco dias eram considerados de mau agouro, ou nefastos.
Um ciclo de 52 anos solares harmonizava os dois calendários, o religioso e o solar. A cada dois ciclos - 104 anos - iniciava-se um ano venusino, de 584 dias, um ano solar de 365 dias, um novo ciclo de 52 anos solares e um ano sagrado, de 260 dias. Esse acontecimento era comemorado com grandes festas religiosas.
O calendário do qual se servem os arautos dessa técnica maia de registrar a passagem do tempo está gravado num disco de argila marcando o 21.12.2012 como última data ali anotada.
Os apressados vieram dizer que os maias previram o “fim dos tempos” para 21.12.2012, mas se esqueceram de perguntar se os maias teriam outro disco de argila onde estivesse anotada a Era de 22.12.2012 em diante. E eles tinham. Mas não caiu nas mãos do homem branco derrotista.
O homem branco sempre foi hostil ao indígena. Em nenhum trecho da geografia terrestre, em nenhum tempo, os nativos foram respeitados. Em todas as conquistas o homem branco mentiu e traiu. Mentir e trair são duas das três piores atitudes humanas na ética dos indígenas de qualquer território. Em todos os territórios o homem branco escravizou, exigiu dos nativos os trabalho escravo enquanto o homem branco curtia sua preguiça. Manifestar preguiça era a terceira pior atitude humana na ética dos nativos.
Pronto: para o nativo, o branco trazia consigo tudo de ruim.
Quando o nativo subtraiu do branco informações muitas vezes vitais para a vida humana, o fez em legítima defesa da vida. Para não mentir, omitia.
Hoje, quando se faz uso de técnicas indígenas principalmente de cura, é preciso concordar que elas nem sempre estão conclusas e acabadas. Podemos anotar a causa: o nativo segurou para ele o “pulo do gato” por motivo de segurança de sua espécie.
Mesmo assim o homem branco tomou de tantos rituais indígenas e fez com eles as piores coisas. Dentre outros podemos citar o hábito de fumar e o mau uso da coca. O fumo e a coca eram usados pelos nativos exclusivamente em rituais sagrados. E o que o homem branco fez com eles?
Voltando ao Calendário Maia, é preciso comentar o que lá está previsto para o planeta em 2012. Prevê um ciclo solar que terá seu pico em 2012 e trará tempestades solares com forte influência no clima, nos terremotos, nos vulcões. Esses efeitos, se prestarmos atenção já estão em curso. Parece que os nativos conheciam os fenômenos destinados a fazer uma faxina no planeta. E recebiam isso com naturalidade. Quem não limpa as gavetas de vez em quando?
Nosso planeta também parece estar sofrendo alguns dos sintomas da nossa ocupação desinteligente. Quando o homem põe a circular pelas ruas das grandes e médias cidades um automóvel para cada ser humano, não é só o efeito do monóxido de carbono, é o calor exalado por, digamos 70 motores, aonde poderia estar apenas um, o motor do ônibus. E o metrô, quantos automóveis pode substituir sem nenhum efeito poluidor?
Nós somos, conforme alguns cientistas, a infecção do planeta. E o doente, certamente, irá reagir à ‘infecção’. A infecção virá a furo e será expulsa do organismo.
Há uma previsão de aproximação de um cometa ou meteoro com possibilidade de causar muitas alterações em tudo, comunicações, clima, saúde... Mas, isso será passageiro e demorará novos 25 mil anos para acontecer.
Importa registrar que a profecia maia está vendendo muitos livros e rendendo muitas palestras, documentários e DVDs pelo globo. Há uma infinidade de teorias diferentes. Quase sempre em troca de lucro.
A realidade é que a profecia maia é, do ponto de vista científico, apenas um mito. E mesmo se existisse uma profecia, porque uma cultura que fazia sacrifícios humanos em seus rituais deveria ter credibilidade em afirmar o que aconteceria séculos depois com o planeta?
Nem mesmo as previsões dos melhores institutos podem ser levadas 100% a sério. É muito difícil prever coisas ruins quando tudo anda em harmonia ou quando a quebra da harmonia se dá em algo de 0,0001% da estabilidade do cosmos. Tudo é apenas conjectura, uma possibilidade que varia de zero a 100%. Inclusive não se sabe se o ano 2012 será mesmo o ano das piores tempestades solares, já que ao final do ciclo solar os dois últimos anos de atividade costumam ser mais fortes.
Já houve centenas de profecias na história da humanidade que disseram que o mundo iria acabar e ninguém acertou até agora. Se fôssemos apostar sobre 2012 ser ou não o último ano da humanidade, certamente não apostaríamos nos profetas. Nem mesmo os do Apocalipse, pois já há quem as decodifique como previsões feitas para os 100 anos posteriores à sua escrita, que são do ano 70 da Era Cristã..

Nenhum comentário:

Postar um comentário