quarta-feira, 11 de julho de 2012

Endereço do novo blog

Aguardo seus acessos no novo blog que se abre em sequência a este:
http://profeciasparaumnovotempo2012.blogspot.com.br/

Encerra-se um ciclo

Este blog, depois de 143 postagens preparando seus leitores para a entrada da Era de Aquário, vai encerrar suas atividades para dar lugar a uma nova proposta toda voltada para as profecias e para os profetas de antes e de agora. Aguarde. Publicaremos aqui o endereço da nova página.
Obrigado por seus acessos a esta página.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Física Quântica e Espiritualidade (III)


143. O Livro dos Espíritos: uma obra atual e de referência

A Física continua a dar ao Espiritismo, ainda que os físicos de tal não se apercebam, ou melhor, não queiram por enquanto se aperceber, uma contribuição gigantesca na confirmação dos postulados espíritas, que de maneira nenhuma os espíritas, podem subestimar. Existe uma ciência espírita, com uma metodologia de ciência, assentada nas questões espirituais, mais do que possamos imaginar, e a prova disso é O Livro dos Espíritos (9) - uma obra atual - um manancial para a Física Moderna. Trazendo-nos um novo conceito básico sobre a visão macro e microcósmica de Deus (ao defini-Lo como "a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas") do Espírito e da Matéria propriamente dita.
Concluímos com Allan Kardec In O Livro dos Espíritos (9) resumindo toda esta teoria da Física Moderna de forma magistral, simplesmente espantoso, acreditem...:
27. Há então dois elementos gerais do Universo: a matéria e o Espírito?
- "Sim e acima de tudo Deus, o criador, o pai de todas as coisas. Deus, espírito e matéria constituem o princípio de tudo o que existe, a trindade universal. Mas ao elemento material se tem que juntar o fluido universal, que desempenha o papel de intermediário entre o Espírito e a matéria propriamente dita, por demais grosseira para que o Espírito possa exercer ação sobre ela. Embora, de certo ponto de vista, seja lícito classificá-lo com o elemento material, ele se distingue deste por propriedades especiais. Se o fluido universal fosse positivamente matéria, razão não haveria para que também o Espírito não o fosse. Está colocado entre o Espírito e a matéria; é fluido, como a matéria, e susceptível, pelas suas inumeráveis combinações com esta e sob a ação do Espírito, de produzir a infinita variedade das coisas de que apenas conheceis uma parte mínima. Esse fluido universal, ou primitivo, ou elementar, sendo o agente de que o Espírito se utiliza, é o princípio sem o qual a matéria estaria em perpétuo estado de divisão e nunca adquiriria as qualidades que a gravidade lhe dá."

Luís de Almeida é Dirigente do Centro Espírita Caridade por Amor, da cidade do Porto, Portugal, com página na Internet http://www.terravista.pt/PortoSanto/1391 
Email: electronico ceca@sapo.pt

Bibliografia:

(1) Dyson, Freeman em INFINITO EM TODAS AS DIREÇÕES - Edições Gradiva - 1990 - Portugal.
(2) Greene, Brian em O UNIVERSO ELEGANTE - Edições Gradiva - 2000 - Portugal.
(3) Hawking, Stephen em BREVE HISTÓRIA DO TEMPO (Edição atualizada e aumentada, comemorativa do 1º Aniversário) - Edições Gradiva - 2000 - Portugal.
(4) Hawking, Stephen em O FIM DA FÍSICA - Edições Gradiva - 1994 - Portugal.
(5) Homepage, CERN - ORGANISATION EUROPEENNE POUR LA RECHERCHE NUCLEAIRE -http://welcome.cern.ch/welcome/gateway.html 
(6) Homepage, ESA - EUROPEAN SPACE AGENCY - http://www.esa.int/export/esaCP/index.html 
(7) Homepage, FERMILAB - FERMI NATIONAL ACCELERATOR LABORATORY - http://www.fnal.gov/ 
(8) Homepage, NASA - NATIONAL AERONAUTICS & SPACE ADMINISTRATION -http://www.nasa.gov/ 
(9) Kardec, Allan em O LIVRO DOS ESPÍRITOS - Edições FEB 76ª edição
(10) Kardec, Allan em A GÉNESE - Edições FEB 36ª edição.
(11) Luiz, André em EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS - Edições FEB 12ª edição
(12) Reeves, Hubert em O PRIMEIRO SEGUNDO - Edições Gradiva - 1996 - Portugal.
(13) Sagan, Carl em UM MUNDO INFESTADO DE DEMÓNIOS - Edições Gradiva - 1997 - Portugal.


Aqui termina a série 2012-umnovocomeco.
Este blog interrompe a série de postagens para dar lugar a uma nova proposta.
Peço aos leitores que aguardem.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Física Quântica e Espiritualidade (II)

 

142. A Teoria das Supercordas e a Dimensão Psi


Outra teoria quântica, que vem de encontro a existência de uma "partícula divina consciêncial" no final da escala das partículas subatômicas, é a teoria das supercordas. Essa teoria foi melhorada e é defendida por um dos físicos teóricos mais respeitados da atualidade Edward Witten, professor do Institute for Advanced Study em Princeton, EUA. De maneira bastante simples e resumida, a teoria das supercordas postula que os quarks, mais ínfima partícula subatômica conhecida até o momento, estariam ligados entre si por "supercordas" que, de acordo com sua vibração, dariam a "tonalidade" específica ao núcleo atômico a que pertencem, dando assim as qualidades físico-químicas da partícula em questão.
Querer imaginá-las é como tentar conceber um ponto matemático: é impossível, por enquanto. Além disso, são inimaginavelmente pequenas. Para termos uma idéia: o planeta Terra é dez a vinte ordens grandeza mais pequeno do que o universo, e o núcleo atômico é dez a vinte ordens de grandeza mais pequeno do que a Terra. Pois bem, uma supercorda é dez a vinte ordens menor do que o núcleo atômico.
O professor Rivail, esclarece In O Livro dos Espíritos (9):
30. A matéria é formada de um só ou de muitos elementos?
- "De um só elemento primitivo. Os corpos que considerais simples não são verdadeiros elementos, são transformações da matéria primitiva."

Ou seja, é a vibração dessas infinitesimais "cordinhas" que seria responsável pelas características do átomo a que pertencem. Conforme vibrem essas "cordinhas" dariam origem a um átomo de hidrogénio, hélio e assim por diante, que por sua vez, agregados em moléculas, dão origem a compostos específicos e cada vez mais complexos, levando-nos a pelo menos 11 dimensões.
Corrobora Allan Kardec In O Livro dos Espíritos (9):
79. Pois que há dois elementos gerais no Universo: o elemento inteligente e o elemento material, poder-se-á dizer que os Espíritos são formados do elemento inteligente, como os corpos inertes o são do elemento material?
- "Evidentemente. Os Espíritos são a individualização do princípio inteligente, como os corpos são a individualização do princípio material."

64. Vimos que o Espírito e a matéria são dois elementos constitutivos do Universo. O princípio vital será um terceiro?
- "É, sem dúvida, um dos elementos necessários à constituição do Universo, mas que também tem sua origem na matéria universal modificada. É, para vós, um elemento, como o oxigênio e o hidrogênio, que, entretanto, não são elementos primitivos, pois que tudo isso deriva de um só princípio."

Essa teoria traz a ilação de que tal tonalidade vibratória fundamenta é dada por algo ou alguém, de onde abstraímos a “consciência” como fator propulsor dessas cordas quânticas. Assim sendo, isso ainda mais nos faz pensar numa unidade consciencial vibrando a partir de cada objeto, de cada ser.
Complementa Kardec In O Livro dos Espíritos (9):
615. É eterna a lei de Deus?
- "Eterna e imutável como o próprio Deus."

621. Onde está escrita a lei de Deus?
- "Na consciência."

Seguindo esta teoria e embarcando na idéia lançada por André Luiz In “Evolução em Dois Mundos” (11), onde somos co-criadores dessa consciência universal, e cada vez mais responsáveis por gerir o estado vibracional das nossas próprias "cordinhas" - a chamada dimensão Psi por vários investigadores espíritas -, à medida que delas nos conscientizemos, chegaremos a harmonia perfeita quando realmente entrarmos em sintonia com a consciência geradora que está em nós, e também no todo, vulgarmente conhecida por Deus, ou como alguns físicos teóricos sustentam "O Supremo Agente Estruturador".
Leiamos o Codificador In O Livro dos Espíritos (9):
5. Que dedução se pode tirar do sentimento instintivo, que todos os homens trazem em si, da existência de Deus?
- "A de que Deus existe; pois, donde lhes viria esse sentimento, se não tivesse uma base? É ainda uma consequência do princípio - não há efeito sem causa."

7. Poder-se-ia achar nas propriedades íntimas da matéria a causa primária da formação das coisas?
- "Mas, então, qual seria a causa dessas propriedades? É indispensável sempre uma causa primária."

Interpretemos Allan Kardec In A Génese (10) Cap. II - A Providência:
20. - A providência é a solicitude de Deus para com as suas criaturas. Ele está em toda parte, tudo vê, a tudo preside, mesmo às coisas mais mínimas. É nisto que consiste a ação providencial.
«Como pode Deus, tão grande, tão poderoso, tão superior a tudo, imiscuir-se em pormenores ínfimos, preocupar-se com os menores atos e os menores pensamentos de cada indivíduo?» Esta a interrogação que a si mesmo dirige o incrédulo, concluindo por dizer que, admitida a existência de Deus, só se pode admitir, quanto à sua ação, que ela se exerça sobre as leis gerais do Universo; que este funcione de toda a eternidade em virtude dessas leis, às quais toda criatura se acha submetida na esfera de suas atividades, sem que haja mister a intervenção incessante da Providência.

Esta consciência única do raciocínio quântico, transforma-se em dois elementos: um objetivo e outro subjetivo. O subjetivo chamamos de ser quântico, universal, indivisível. A individualização desse ser é consequência de um condicionamento. Esse ser quântico é a maneira como pensamos em Deus, que é o ser criador dentro de nós.
Voltemos ao gênio de Lyon In A Gênese (10) Cap. II - A Providência:
34. - Sendo Deus a essência divina por excelência, unicamente os Espíritos que atingiram o mais alto grau de desmaterialização podem percebê-lo. Pelo fato de não o verem, não se segue que os Espíritos imperfeitos estejam mais distantes dele do que os outros; esses Espíritos, como os demais, como todos os seres da Natureza, se encontram mergulhados no fluido divino, do mesmo modo que nós o estamos na luz.
Geralmente, nós interpretamos Deus como algo unicamente externo. Pensamos em Deus como um ser separado de nós. Isso é a causa dos conflitos. Se Deus também está dentro de nós, podemos mudar por nossa própria vontade. Mas se acreditamos que Deus está exclusivamente do lado de fora, então supomos que só Ele pode nos mudar e não nos transformamos pela nossa própria vontade. Não podemos excluir a nossa vontade, dizendo que tudo ocorre pela vontade de Deus. Temos de reconhecer o deus que há em nós, como afirmou o Doce Amigo Jesus há 2000 anos. Então seremos livres.
Allan Kardec atesta In A Gênese (10) Cap. II - A Providência:
24. - (...) Achamo-nos então, constantemente, em presença da Divindade; nenhuma das nossas ações lhe podemos subtrair ao olhar; o nosso pensamento está em contato ininterrupto com o seu pensamento, havendo, pois, razão para dizer-se que Deus vê os mais profundos refolhos do nosso coração. Estamos nele, como ele está em nós, segundo a palavra do Cristo.
Para estender a sua solicitude a todas as criaturas, não precisa Deus lançar o olhar do Alto da imensidade. As nossas preces, para que ele as ouça, não precisam transpor o espaço, nem ser ditas com voz retumbante, pois que, estando de contínuo ao nosso lado, os nossos pensamentos repercutem nele.

domingo, 8 de julho de 2012

Física Quântica e Espiritualidade (I)

 

141. Introdução

Em janeiro de 2002 a Revista Internacional de Espiritismo publicou um artigo de Luís de Almeida abordando a disposição da ciência abrir-se para o interesse de explicar mais do que apenas os fenômenos físicos ou materiais.

O Dr. Hernani Guimarães Andrade, respeitado estudioso do espiritismo assim de manifestou após ler o trabalho de Almeida: "Confesso que, após cuidadosa e atenta leitura deste trabalho, conclui que foi um dos melhores artigos que já tive o prazer de ler. Ele se me afigura o mais erudito e informativo trabalho acerca da relação entre a Física e o Espiritismo, até agora escrito em idioma português. Se traduzido para o inglês será, sem dúvida, apreciadíssimo, inclusive pelos físicos mais modernos que, atualmente, divulgam obras acerca do relacionamento entre a Consciência e o Universo, vislumbrado sob a óptica das Físicas Quântica e Relativística. Menciono, como exemplos, os livros de Michio Kaku (Hiperespaço, ed. Rocco, Rio de Janeiro, RJ) e de Amit Goswami (O Universo Autoconsciente, edit. Rosa dos Tempos, Rio de Janeiro)."
Dr. Hernani Guimarães Andrade

A Física continua a dar ao Espiritismo, ainda que os físicos de tal não se apercebam, ou melhor, não queiram por enquanto se aperceber, uma contribuição gigantesca na confirmação dos postulados espíritas, que de maneira nenhuma os espíritas podem subestimar. Existe uma ciência espírita, com uma metodologia de ciência, assentada nas questões espirituais, mais do que possamos imaginar, e a prova disso é “O Livro dos Espíritos” - uma obra atual - um manancial para a Física Moderna. Trazendo-nos um novo conceito básico sobre a visão macro e microcósmica de Deus (ao defini-Lo como "a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas") do Espírito e da Matéria propriamente dita.
A Física Quântica pode constituir uma ponte entre a ciência e o mundo espiritual, pois segundo ela, pode-se "reduzir" a matéria, de forma subjetiva e no domínio do abstrato, até à consciência - causa da "intelectualidade" da matéria. A consciência transforma as possibilidades da matéria em realidade, transformando as possibilidades quânticas em fatos reais. Essa consciência deve apresentar uma unidade e transcender o tempo, espaço e matéria. Não é algo material, na realidade, é a base de todos os seres.
Recordemos o professor de Lyon In O Livro dos Espíritos (9):
23. Que é o Espírito?

- "O princípio inteligente do Universo".

a) - Qual a natureza íntima do Espírito?

- "Não é fácil analisar o Espírito com a vossa linguagem. Para vós, ele nada é, por não ser palpável. Para nós, entretanto, é alguma coisa."

Tanto é assim, que os físicos teóricos postulam a existência de uma "partícula", que seria a partícula "fundamental", que ainda não foi encontrada, mas a qual o Prêmio Nobel da física, Leon Lederman, denomina a "partícula divina". Partícula essa decisiva, pois é ela que determina a massa das restantes, bem como a coesão dada pela gravidade dos 90% do universo ainda desconhecido.
Leiamos Kardec In O Livro dos Espíritos (9):
25. O Espírito independe da matéria, ou é apenas uma propriedade desta, como as cores o são da luz e o som o é do ar?

- "São distintos uma do outro; mas, a união do Espírito e da matéria é necessária para intelectualizar a matéria."

26. Poder-se-á conceber o Espírito sem a matéria e a matéria sem o Espírito?

- "Pode-se, é fora de dúvida, pelo pensamento."

Cabe lembrar que os físicos a partir das pesquisas do norte-americano Murray Gel Mann nos aceleradores de partícula, já admitem a existência de um domínio externo ao mundo cósmico, dito material, onde, provavelmente, existam agentes ativos, também chamados frameworkers, capazes de atuar sobre a energia do Universo, modulando-a e dando-lhe formas de partícula atômica, ou seja, por outras palavras, o espírito, chamado por vários físicos teóricos, também, de "Agente Estruturador".
Retomemos novamente o mestre lionês In O Livro dos Espíritos (9):
76. Que definição se pode dar dos Espíritos?

- "Pode dizer-se que os Espíritos são os seres inteligentes da criação. Povoam o Universo, fora do mundo material."

536. São devidos a causas fortuitas, ou, ao contrário, têm todos um fim providencial, os grandes fenômenos da Natureza, os que se consideram como perturbação dos elementos?

- '"Tudo tem uma razão de ser e nada acontece sem a permissão de Deus."

b) - Concebemos perfeitamente que a vontade de Deus seja a causa primária, nisto como em tudo; porém, sabendo que os Espíritos exercem ação sobre a matéria e que são os agentes da vontade de Deus, perguntamos se alguns dentre eles não exercerão certa influência sobre os elementos para agitá-los, acalma-los ou dirigi-los?

- "Mas evidentemente. Nem poderia ser de outro modo. Deus não exerce ação direta sobre a matéria. Ele encontra agentes dedicados em todos os graus da escala dos mundos."
 

sábado, 7 de julho de 2012

Para encerrar a série "reencarnação"

140. O que eu afirmo sobre a reencarnação


O primeiro pressuposto para raciocinarmos conjuntamente sobre o tema é: a vida é eterna e se modifica de acordo com as necessidades a ela impostas? Sim. A isso damos nome de EVOLUÇÃO. Isto não é uma hipótese; está comprovado.
Tudo evolui. Nada é o que foi ontem.
Assim, se somos espíritos em trânsito pela matéria, não fomos criados na véspera da concepção no útero materno. Como espíritos, também em evolução, temos uma carreira maior que uma breve vida em contato com o bioma. Logo, não faria nenhum sentido um bebê viver apenas algumas horas, semanas. Muito menos haveria sentido algum nascer cheio de imperfeições e limitações, ainda mais se a proposta da vida é evoluir. Evoluir significa aperfeiçoar.
Quem tenha estudado um mínimo de biologia, não das ciências biológicas que são parte do currículo das faculdades, falo do fluxo das espécies biológicas sobre o planeta ao longo dos milênios, repito, quem tenha olhado um bocadinho para isto, irá compreender por dedução que toda a imensa Natureza vem andando num processo contínuo de mutação, mudando do tosco para o belo, do pior para o melhor. O que era bruto, feio, desajeitado, é chamado a bater-se, comprimir-se, ralar, refinar-se, burilar-se para ganhar nova formatação. Veja, por exemplo, o cavalo. Pesquise a história biológica do cavalo, que já foi chamado e eqquus e hiracoterium e compreenda que temos hoje um ser 90% diferente de seu ancestral por conta do clima, da alimentação, da sua utilização, dos cruzamentos, dos predadores...
Essa terá sido a história evolutiva de 99,99% das espécies. Não coloco 100% porque já li que alguma coisa fica de fora dessa máxima. O gato parece ser um deles.
Mas, com o ser humano é muito mais complexo. Ao estudarmos ele, não estamos lidando com animais irracionais. Tendo ele passado pela fase animal, ganhou um raciocínio mais acurado, desenvolveu a inteligência, foi retirado daquilo que conhecemos pelo nome de Jardim do Éden ao adquirir consciência, ao discernir entre o bem e o mal e perdeu a tutela, que antes tinha, como tutelados são todos os outros animais inferiores.
Possuindo raciocínio, discernimento, livre-arbítrio, podia ele escolher aliar-se aos bandos do bem e trilhar uma senda que ao longo de milênios iria contribuir para a organização de uma sociedade, um coletivo, sua organização, suas regras, suas criações, no mundo físico, que é o laboratório das almas. Ou fazer o contrário, como também acontece.
O mundo físico, salvo descoberta futura, só é laboratório comportamental aos homens, pois dos animais, tutelados, não se exige outra coisa que adaptação. Eles não criam ou criam muito pouco e o seu coletivo já está consolidado: examinem-se os casos das abelhas, das formigas, dos peixes, dos pássaros, das manadas...
Uma sociedade capaz de promover para os seus membros razões e motivações para o bem tem como contraste uma sociedade do mal. E isso passa pelo interesse, pelo desejo dos seus membros e, claro, com os resultados daí advindos.
Ir em frente com a espécie enquanto biologia é uma questão de sobrevivência, regra que vale indistintamente para toda a natureza.
Se a cobra não se alimentar ela morrerá e não deixará descendentes.
Com os seres humanos é maior ainda o impacto da regra: se destruírem a si mesmos e ao meio onde estão, chegarão a um estágio prejudicado da convivência em que a vida se tornará impraticável. Esse o resultado da prática oriunda do livre-arbítrio. Aos humanos é livre escolher o que querem.
E o nó cego desse entendimento está, exatamente, no equivocado raciocínio de uma imensa maioria: não posso pagar pelos erros dos meus avós e de meus pais; eles me deram o mundo que tenho; então, sou vítima e não algoz.
Nada mais absurdo!
A natureza trabalha com os coletivos e os repliques são sentidos nos indivíduos para chegar aos coletivos. Irão adiante aqueles que forem aptos a sobreviver nas condições intrínsecas à disposição do coletivo.
Se a cobra morrer por inanição deixará o universo animal e voltará para o universo mineral para servir de adubo aos vegetais. Se o homem sucumbir biologicamente em sua sociedade deixará não só este seu universo social que acontece no plano biológico. Seu corpo virará adubo. E a ele advirão implicações espirituais.
E como tudo evolui, seu espírito é obrigado a repetir a experiência porque o fim da linha não é esse.
Se o aluno rodou, deixará sua atual turma; foi reprovado; precisa juntar-se aos demais da turma que vem atrás para reaprender.
Aprender o que? Aprender a interpretar as leis da natureza, as leis universais.
Não será este o destino das cobras que se alimentaram; elas continuarão a reproduzir-se a fazer descendentes que, sem dúvidas terão de continuar a adaptar-se ao meio, evoluindo. Talvez fiquem menores, mais escuras, mais claras, mais rápidas, mais venenosas.
Os seres humanos que, por sua escolha, individual e coletiva, estiverem aptos a conviver numa sociedade melhor organizada, mais humanizada, continuarão a adaptar-se, reproduzir-se-ão mais adequadamente, mais inteligentemente, não promoverão sua auto-destruição e se tornarão, séculos mais tarde, aptos a produzir melhores obras, melhor comportamento em relação à vida, mantendo seu coletivo e tocando a evolução.
Aqueles reprovados também farão a mesma coisa. Com uma diferença: seu mundo será distinto do outro grupo.
De modo análogo à cobra que não foi adiante, o aluno reprovado mudou de dimensão, não subiu na escala, pois como a cobra extinta mudou de universo. Mudou de universo também o ser espiritual reprovado. Por ser um espírito e por estar sujeito a repetir experiências eternamente, mudou de universo, foi experienciar num universo compatível com seu padrão mental.
No curso de uma eternidade em que nós, humanos, temos memória física para perceber apenas num tempo aproximado de 100 anos, as mudanças parecem lentas. Mas, não é assim, graças às migrações, graças aos exílios. Se levarmos em conta que o inkas há 480 anos usavam o kipo como escrita para se comunicar à distância (aquela cordinhas cheias de nós contendo códigos que entre eles eram decodificados) e hoje já podem usar o telefone celular, vemos que a coisa vai célere (graças às migrações). Mas, não fosse a evolução, os espanhóis não teriam vindo e não se sabe como os inkas estariam se comunicando entre eles nos dias atuais.
Os saltos extraordinários havidos em algumas fases da vida terrestre também se devem às migrações, aos exílios. Isso vale para os territórios que foram alcançados por descobertas e vale para o planeta como um todo. Vieram de fora pessoas e/ou espíritos mais evoluídos e foram retirados daqui espíritos incompatíveis com aqueles momentos. Isso só pode ser explicado à luz do espiritismo e da reencarnação das almas. Caso contrário, o processo seria bem outro: alguns espíritos criados na hora de ganhar o corpo seriam muito inteligentes, outros seriam muito burrinhos; alguns seriam lindos, maravilhosos e perfeitos; outros seriam prejudicados e defeituosos. Uns seriam magnânimos já ao nascer; outros seriam facínoras já ao nascer.
Nenhuma cosmovisão, neste atual estágio da consciência humana, se sustenta se não for incluída a reencarnação como processo evolutivo da alma humana, claro, com efetiva manifestação na vida física de nossos mundinhos.  

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Mais uma sobre reencarnação

139. Reencarnação não representa um desígnio moral e edificante
Por Roberto Goldkorn

Há muitos e muitos anos escuto dos 'esotéricos' que nós estamos aqui (no planeta Terra) para evoluir. Dizem e repetem como papagaios que a reencarnação é um processo de aprendizagem contínua. Ou seja, reencarnamos para aprender, como se fosse um processo escolar - primeiro grau, segundo grau, faculdade, pós-graduação... Dizem também que a cada encarnação decidimos por esse ou aquele caminho graças ao nosso 'livre-arbítrio'. Dizem que uma vez a gente vem como rei, outra como mendigo, para podermos experienciar de tudo um pouco. Nada disso no entanto, é verdade! Na verdade isso nada mais é do que aquela manifestação do nosso inconsciente que os americanos chamam the wishful thinking, ou seja, pensamos ser verdade aquilo que de verdade queremos ou desejamos intensamente.
Mas antes de continuar preciso fazer uma parada técnica. As pessoas que me conhecem, que leram os meus livros devem estar pensando: ele pirou, está negando tudo no que acredita. A essas pessoas eu tranqüilizo e peço para voltarem ao início do texto e relê-lo. Não estou negando o processo de reencarnação no qual acredito vivamente e como já disse várias vezes, posso provar a existência! O que quero demonstrar aqui, é que esse processo, está longe de representar um desígnio moral e edificante. Não reencarnamos para melhorar, nem para aprender a viver, reencarnamos por que simplesmente não sabemos fazer outra coisas - como se diz em Direito é uma coação irresistível. Reencarnamos porque somos atraídos magneticamente de volta ao planeta e todos as suas atrações. Reencarnamos porque sempre deixamos o rabo preso aqui: amores frustrados, relações inconclusas, vinganças, débitos, vínculos de família, busca de uma 2ª (3ª,4ª,5ª) chance, e em muitos casos reencarnam por compulsão.

Passos de Hitler

Imaginem a quantidade de seres que reencarnam sem nem mesmo ter uma família para atraí-lo e aninhá-lo, apenas pelo desejo intenso, obstinado, ensandecido de estar no plano denso, lúbrico, das sensações e paixões que é a nossa vida física, nesse planeta. Imaginem alguém como Hitler ou o ex-presidente da Iugoslávia Slobodan Milosevic, e certos traficantes, bandidos cruéis, se eles estão dando um passo adiante no caminho da evolução. Não, olhando-se de um ponto de vista bem distanciado, como os olhos do 'macro', pode-se dizer que o processo de reencarnação visa a evolução, como evoluem o planeta, a galáxia, o universo em direção ao aprimoramento, mas não moral. Até porque moral é uma coisa cultural, variável. O que é moralmente aceitável para uns é abominável para outros tantos. Isso não quer dizer que alguns de nós, não possamos também fazer da reencarnação um grande aprendizado, claro que podemos.
Na verdade o que todo ser esclarecido busca é conseguir aquilo que dizem já termos de forma congênita - o livre- arbítrio! Qualquer um que conhece um mínimo sobre psicanálise, ou mesmo observa com mais cuidado o comportamento humano, sabe que somos meio cegos, meio surdos, meio bobos, meio aleijados. Amamos loucamente a quem não conhecemos, e quando passamos a conhecer melhor - odiamos loucamente. Não sabemos nem mesmo quem somos, ou quantos somos habitando dentro de um só corpo. Somos todos, uns mais outros menos, versões do 'médico e o monstro', ou dos perturbados que abrigam múltiplas personalidades cada uma com um nome e um RG. Onde está esse livre-arbítrio, se as decisões que tomamos em nossas vidas são, em grande parte, motivadas pelo inconsciente, ou pelo 'transe cultural' (Jung), ou pelos determinismos genéticos que ainda estamos longe de desvendar em toda a sua extensão?
Querer é poder? Conte outra, pois não só não temos aquilo que queremos, como muitas vezes queremos aquilo que não devíamos querer, e até podemos obter, aí já é tarde. Padre Antônio Vieira em um de seus famosos sermões, disse: "Só Jesus amou, porque amou sabendo...". Não concordo com o advérbio só, mas concordo que amar sabendo, ou seja, com plena consciência de quem eram aqueles que estavam sendo amados, e o que se podia esperar deles, é um atributo do verdadeiro livre-arbítrio. Aprender a Ser, descobrir quem de verdade somos, corrigir com lucidez os rumos da nossa vida, sabendo que ela não se encerra numa encarnação breve e fugidia, escolher caminhos luminosos, não imediatistas, desvencilharmos-nos de dogmas, prescrições feitas por outros homens em determinadas épocas da história, procurar ocupar os espaços ociosos da nossa psique (mente) com nossas próprias e genuínas experiências, esses são apenas alguns dos pré-requisitos para conquistar um dia o livre-arbítrio.
É claro que isso é uma tarefa monumental, por isso, continuaremos a reencarnar, repetindo os mesmos erros, as mesmas palavras de ordem, os mesmos esquemas furados que já no passado levaram a sofrimentos e frustrações. Mas é assim mesmo. Para os nossos olhos ansiosos de presente, tudo é muito demorado, mas a vida tem seu próprio ritmo, e vai seguir adiante como um imenso rio caudaloso que de tão lento parece um lago, mas que segue o seu caminho inexorável até o oceano.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Comprovando a reencarnação (III)


138. Investigação em Ribeirão Preto

Recentemente, João Alberto Fiorini esteve em Ribeirão Preto para ver de perto um caso envolvendo um garoto de cerca de oito anos, e que já havia sido relatado pela avó dele na revista Visão Espírita. Quando a criança tinha apenas três anos de idade, começou a fazer declarações espantosas, exatamente da forma como costuma acontecer com as crianças que se lembram de vidas passadas. Numa dessas declarações, ele disse à avó que, quando ele era grande e ela era pequenina, ele era seu pai. Dias depois, quando a avó esquentava o leite para ele, ele voltou a tocar no assunto, dizendo que quando ela era pequena, ele é que esquentava o leite para ela.

Em outras declarações, disse que, na outra vida, ele tocava numa orquestra e morava num sobrado; também se lembrou que morava numa fazenda, e descreveu o lugar com detalhes. Quando a avó perguntou se ele tinha visto aquilo na televisão, ele disse que estava se lembrando de outra vida.

As lembranças foram ficando escassas à medida que o garoto crescia, como Fiorini diz que costuma ocorrer com todas as crianças. É como se, aos poucos, elas fossem se esquecendo das vidas anteriores e de sua passagem pelo mundo espiritual, do qual aquele menino de Ribeirão Preto também tinha lembranças e contava algumas passagens.

Diz-se que, em 1999, no período em que as lembranças já eram mais raras, ele ouviu algumas palavras em espanhol e sabia o seu significado, como também conhecia o inglês. Ele disse que, se sabia espanhol e inglês, era porque já tinha vivido na Espanha e nos Estados Unidos.

Uma linha de pesquisa possível com relação à sua suposta vida anterior está ligada ao seu medo irracional das explosões de fogos de artifício, e a manchas escuras que ele apresenta nas pernas, que ficaram mais visíveis aos três anos de idade. A explicação do próprio menino é que, em outra vida, ele lutou numa guerra e levou tiros nas pernas; segundo ele, na guerra de 1968. Como ele conhecia muito bem o inglês e se referiu a uma guerra ocorrida em 1968, imediatamente a avó imaginou que ele pudesse estar se referindo ao Vietnã.

Fiorini tentou obter mais alguns dados que pudessem ajudá-lo a confirmar as informações obtidas através dos testes das digitais, mas não foi possível. Dos parentes aos quais o menino se referiu, não existem documentos que possam ser utilizados. E do possível jovem que lutou no Vietnã, é quase impossível saber alguma coisa sem dados mais concretos.

Ainda assim, é um bom registro, nos moldes do que foi feito pelo dr. Ian Stevenson, com informações sendo coletadas antes que a criança perdesse totalmente a lembrança dessas vidas anteriores, o que já está acontecendo.

Fonte
(Revista Espiritismo & Ciência Volume 2)
http://www.espirito.org.br/

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Comprovando a reencarnação (II)



137. Uma Metodologia Insuspeita

A seqüência lógica dos estudos e pesquisas do dr. João Alberto Fiorini foi entrar em contato com o dr. Hernani Guimarães Andrade, presidente do Instituto de Pesquisas Psicobiofísicas, em Bauru, São Paulo, a quem Fiorini considera um dos maiores cientistas do mundo em assuntos de reencarnação. Ele também é um nome muito respeitado por parapsicólogos, não apenas do Brasil, mas de todo o mundo.

Outro ponto de apoio para suas investigações foi o exaustivo trabalho do dr. Ian Stevenson, que já investigou mais de três mil possíveis casos de reencarnação, baseando-se em depoimentos de crianças. Stevenson, de reputação internacional, começou a coletar depoimentos de crianças de todas as partes do mundo, sempre que elas se referiam à sua existência numa encarnação anterior. Stevenson e sua equipe coletavam esses depoimentos, arrumavam as informações que as crianças forneciam sobre suas possíveis vidas passadas, e iam ao local em que elas teriam vivido para comprovar ou não essas informações. Os resultados obtidos foram tão impressionantes que grande parte da comunidade científica ficou abalada em suas convicções e noções, até então restritas sobre o tema reencarnação.

A pergunta que Fiorini fez ao dr. Hernani foi se era possível um espírito retornar com a mesma digital. Ele respondeu que acreditava ser possível; se a pessoa volta com marcas, sinais, cicatrizes, deformações e até mesmo doenças, por que não com as mesmas impressões digitais? Conversando com ele, estabeleceu um método de pesquisa que consiste em procurar crianças, geralmente entre os dois e quatro anos de idade, que tenham o costume de afirmar que viveram em outro lugar, em outra época, que tiveram determinado tipo de ações ou conheceram certas pessoas. Isso ocorre pelo fato do perispírito dessas crianças não estar acoplado ao corpo somático, adaptação que só irá ocorrer aos sete anos. Se o tempo de intermissão for muito curto – geralmente, no Brasil, essa reencarnação se dá de dois até oito anos – essas crianças começam a falar sobre suas vidas passadas. Assim, é possível coletar essas informações, da mesma forma como foi feito pelo dr. Ian Stevenson, e procurar os locais e pessoas aos quais elas se referiram. Se a pessoa em questão tiver registrada uma impressão digital, é possível então fazer a comparação desejada.
Pesquisa de Campo

Fiorini está, agora, partindo para a investigação de casos aos quais tenha acesso. Ele diz que solicitou ao dr. Hernani que lhe fornecesse dados de casos de reencarnação que ele já tivesse pesquisado, mas por questões éticas, ele não pôde fornecê-los, aconselhando-o a procurar estudar novos casos.

Assim, quando esteve em São Paulo para participar do programa Espiritismo Via Satélite, João Alberto pediu que as mães que percebessem seus filhos falando sobre vidas passadas entrassem em contato com ele para que a investigação apropriada pudesse ser realizada. A idéia é que não se desprezem as coisas que as crianças digam, mesmo que pareça não ter muito sentido ou ser apenas produto da imaginação, anotando tudo num papel.

“Chegaram muitas cartas”, explica Fiorini, comentando o resultado de sua participação no programa, e está dando seqüência às investigações. Ele ainda não atingiu seu objetivo na pesquisa científica das impressões digitais ligadas à reencarnação, mas acredita que em breve deverá ter novidades.

É claro que a comprovação de reencarnações também pode ser feita através de outros testes, como o exame grafotécnico, comparando-se a caligrafia da criança com a da pessoa que ela possivelmente teria sido na vida anterior. Da mesma forma com os exames médicos, ou seja, se uma pessoa morre subitamente, assassinada ou em desastres, ela reencarna com determinadas marcas e cicatrizes relacionadas ao evento em questão. O problema é que essas marcas vão desaparecendo com o tempo, de modo que a pesquisa tem de ser feita o quanto antes, enquanto as evidências estão mais nítidas.

Com tudo isso em mente, João Alberto Fiorini está dando seqüência ao seu trabalho de pesquisa e investigação, ao mesmo tempo em que prepara seu livro sobre o assunto. “O meu livro vai ensinar as pessoas a investigar a reencarnação, como uma receita”, ele explica, entendendo que, se um número maior de pessoas se dispuser a tornar públicas as informações nessa área, a pesquisa será facilitada. Seria um livro para mostrar às mães, aos médicos e às pessoas que estejam intimamente ligadas a crianças de 0 a 7 anos de idade, como proceder nos casos citados, coletando o maior número de dados possíveis e anotando tudo o que a criança falar sobre uma possível vida passada, da mesma forma que foi feito na pesquisa do dr. Ian Stevenson e em outros estudos realizados na Índia.

Ainda é grande o número de pessoas que se sente constrangida em falar sobre o tema reencarnação, de modo que nem sempre é muito fácil encontrar quem fale abertamente sobre isso. Além disso, ainda existe o medo do sensacionalismo que alguns veículos promovem em torno de assuntos dessa natureza, afastando ainda mais as pessoas que desejam pesquisar seriamente a reencarnação.

Tendo em mãos as informações obtidas das crianças, Fiorini pode partir para a investigação propriamente dita, levantando os dados e fazendo as comparações. E, com um pouco de sorte, conseguindo fazer a avaliação das diferentes impressões digitais.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Comprovando a reencarnação (I)

136. Começa pela impressão digital

Ainda não foi possível comprovar a reencarnação através das impressões digitais, mas a excelente idéia já está sendo aproveitada por João Alberto Fiorini e, em breve, é possível que tenhamos novidades nesse campo.

Gilberto Schoereder
As técnicas para se investigar e comprovar possíveis casos de reencarnação já são conhecidas no meio espírita. Nos últimos anos, João Alberto Fiorini, delegado de polícia atuando na Agência de Inteligência do Paraná, vem desenvolvendo um novo método. Especialista em impressões digitais, ele entende que é possível confirmar um caso de reencarnação utilizando essa forma de pesquisa científica.

Esse caminho começou a ser seguido em 1999. Na época, João Alberto se recuperava de uma cirurgia realizada em São Paulo, e teve a oportunidade de ler um artigo publicado num jornal em 1935, escrito por Carlos Bernardo Loureiro. A matéria foi reproduzida no jornal da Federação Espírita do Estado de São Paulo, e se referia a um menino que tinha a mesma impressão digital de um homem que já havia falecido há dez ou quinze anos. O autor da matéria era um dos grandes estudiosos do assunto, na época, e gostava de comparar impressões digitais.

Fiorini sabia que não é possível existirem duas impressões digitais iguais, mas ainda assim, ele levou a história a sério e resolveu estudar mais: fazer uma pesquisa para saber se não haveria qualquer possibilidade de se encontrar duas impressões iguais. “Eu já era espírita”, explica João Alberto, “mas ainda não tinha feito qualquer pesquisa científica. A partir daí, comecei a fazer um estudo profundo sobre impressões digitais, pesquisando tudo o que poderia existir em livros brasileiros e norte-americanos, na área da Medicina.”
A pesquisa levou-o a conversar com membros do conselho de dermatologia do Paraná e a conhecer o trabalho do dr. Agnaldo Gonçalves, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Assim, ficou sabendo por que as pessoas têm impressões digitais, impressões palmares e as linhas nas mãos e nos pés. Em seu livro Anais Brasileiros de Dermatologia, o dr. Gonçalves diz que os desenhos formados nas mãos e pés estariam ligados à genética, variando de mão para mão, de raça e de sexo. “Se você verificar as impressões digitais das mulheres”, informa Fiorini, “vai ver que elas têm uma tendência maior à presilha, que é um tipo específico de desenho”. Mas uma parte da formação dessas linhas – e não se sabe ao certo o quanto –, pode estar relacionada aos movimentos do feto no útero. Mesmo no caso dos gêmeos univitelinos, as impressões digitais são diferentes.


Pesquisas

Seguindo uma pesquisa realizada anteriormente em Cambridge, Inglaterra, Fiorini também observou as digitais de homossexuais. O estudo inglês havia mostrado que os homossexuais apresentavam características de impressões no polegar direito que se aproximavam das características femininas. Com uma pesquisa realizada principalmente com travestis, o pesquisador brasileiro comprovou que as digitais apresentavam a presilha de uma digital feminina, conhecimento que serviu de base para seus estudos posteriores.

O normal é que os homens não apresentem a presilha, mas sim, o verticilo, outro tipo de desenho. Então, ele se perguntou, por que os homossexuais não teriam o verticilo. A situação não fazia muito sentido, cientificamente falando. Ele também observou as digitais de mulheres criminosas, que deveriam apresentar presilha. Mas, ao estudar os sinais, percebeu que a incidência maior era de verticilo, a característica masculina. “Isso me surpreendeu muito”, diz Fiorini, “e comecei a ver nas impressões digitais algo a que as pessoas não deram muita importância, como se não tivesse interesse científico.”

Vendo pelo lado espiritual, explica Fiorini, uma pessoa, ao desencarnar, fica de 0 a 250 anos no plano espiritual. Em outras palavras, ela tanto pode reencarnar rapidamente, quanto pode demorar um tempo mais longo; mas o mais comum é que essa reencarnação ocorra dentro de um período de 40 a 70 anos. Se imaginarmos que uma mulher morre e retorna rapidamente, em mais ou menos dois anos, porém ocupando o corpo de um homem, ela virá então trazendo ainda as características femininas. Assim, segundo João Alberto, a questão envolvendo a homossexualidade nada tem a ver com desvio de personalidade, como muitas pessoas ainda insistem em dizer, mas está relacionada com a vida anterior e com o fato da reencarnação ocorrer muito próxima. “Eu cheguei a essa conclusão”, ele conta. “Eu sou o único que está levando a pesquisa para esse lado. O dr. Hernani (Guimarães Andrade) também já pesquisou, mas ele fala apenas do tempo de intermissão. Eu vou além, entendendo que essas impressões digitais não se alteram quando o espírito reencarna.”

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Reencarnação: nem tudo é fácil (VI)


135. Apenas uma chance para o ser humano?

Agora vamos ler o que, na Bíblia, se interpreta como argumento contrário à Reencarnação. Em apenas um verso, dizem, a Bíblia liquida completamente com a teoria da Reencarnação. Hebreus 9:27 declara textualmente: "E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo..."
Mas, não é isto que se depreende do diálogo de Jesus com alguns judeus radicais conforme João 8:51-58: Em verdade, em verdade vos digo: se alguém guardar a minha palavra, não verá jamais a morte. Disseram-lhe os judeus: Agora vemos que és possuído de um demônio. Abraão morreu, e também os profetas. E tu dizes que, se alguém guardar a tua palavra, jamais provará a morte... És acaso maior do que nosso pai Abraão? E, entretanto, ele morreu... e os profetas também. Quem pretendes ser?
Respondeu Jesus: Se me glorifico a mim mesmo, a minha glória não
é nada; meu Pai é quem me glorifica, aquele que vós dizeis ser o vosso
Deus e, contudo, não o conheceis. Eu, porém, o conheço e, se dissesse
que não o conheço, seria mentiroso como vós. Mas conheço-o e guardo
a sua palavra. Abraão, vosso pai, exultou com o pensamento de ver o meu dia. Viu-o e ficou cheio de alegria. Os judeus lhe disseram: Não tens ainda cinqüenta anos e viste Abraão!.. Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: antes que Abraão fosse, eu sou”.
Quem pode afirmar que a preexistência dos espíritos é balela, se Jesus diz o contrário?
E o problema do mal? Quantos atacam a Lei do Carma ou Lei de Causa e Efeito? Ousam afirmar que o problema do mal através do sistema da reencarnação, como recompensa ou castigo dos pecados anteriores, é um problema contínuo sem solução alguma, pois a humanidade, segundo dizem, em vez de melhorar, tem piorado em todos os sentidos.
Não sabem o que dizem e não leram o capítulo 5 do Evangelho Segundo Mateus, onde todo o trecho das bem-aventuranças é dedicado à Lei do Carma ou Lei de Causa e Efeito. Para completar aquele foi o primeiro e mais contundente discurso de Jesus, ele afirma: (Mateus 5: 17 Não julgueis que vim abolir a lei ou os profetas. Não vim para os abolir, mas sim para levá-los à perfeição. 18 Pois em verdade vos digo: passará o céu e a terra, antes que desapareça um jota, um traço da lei”. Referir-se-ia à Lei do Carma ou Lei de Causa e efeito, pois em cada uma das nove bem-aventuranças Ele sentenciou um prêmio, uma causa, correspondente ao comportamento adotado pelo candidato àquilo.
Poucos sociólogos têm dedicado estudos ao recrudescimento do mal. Na verdade, foram as noticias sobre a maldade que se tornaram universais. O mal tem crescido na razão direta do desprezo dado aos apelos do Amor, deixados por Jesus. O mais interessante é que exatamente nos países mais desenvolvidos, onde o Evangelho levado por agremiações religiosas adeptas do clientelismo, é ali que as teorias hinduístas/budistas/espiritistas mais penetraram. O povo se cansou das promessas de felicidade depois da morte e foi buscar teorias espirituais que nos façam dignos das bênçãos divinas aqui mesmo na vida corporal. A tremenda decomposição moral e religiosa, rivalizando em imoralidade e corrupção parecem associadas ao modo como foram educados os “cristãos" desses últimos 18 séculos. Na mesma velocidade de como as agremiações religiosas se atiraram à busca do dinheiro para o enriquecimento de seus interesses, vimos a falência do comportamento moral dos seus fiéis. O dinheiro assumiu o centro das atenções, foi transformado num deus. Hoje, esse problema começa a ser revertido na Inglaterra, Alemanha, USA, Canadá, Austrália, países onde as teorias espirituais estão em ascensão.

Reencarnação e Espiritismo

Tudo quanto os retrógrados estudos que afastam a humanidade da espiritualidade vem depondo contra a evolução espiritual desta mesma humanidade. A gigantesca evolução biológica carregada pela marcha científica (penicilina, vacina, antibiótico, transplante, implante, etc.) não tem sido acompanhada pela evolução espiritual. Aqueles que se agarram à Bíblia, um livro escrito para uma civilização de cinco mil anos passados e negam a oportunidade para que novos profetas se manifestem modernamente, cometem o mesmo equívoco cometido pelos que negam aos fiéis a oportunidade de se servirem da moderna tecnologia de salvação da vida por entender que Deus seria capaz de negar a um de seus filhos o direito de reabilitar-se, seja biológica, seja espiritualmente.
Quando se agarram à Bíblia para argumentar que lá existe a condenação clara a qualquer tentativa de entrar em contato com os mortos e dizem que por isso os espíritas estão errados, são os espíritas que afirmam: é mesmo muito perigoso invocar os mortos, pois que dali podem surgir obsessões pesadíssimas, ainda mais se a tentativa é feita diante de platéias, a título de show para impressionar as pessoas. Muito pior se a tentativa for de iniciativa de leigos na seara espiritual. E mais grave ainda quando ditas tentativas pendem apenas para o lado dos maus espíritos.
Estamos falando da babaquice de algumas práticas religiosas que condenam o espiritismo elevado, que ouve espíritos de luz, tanto quanto se ouviam espíritos educadores no momento em que se escreveram os textos da Bíblia Sagrada, repita-se, condenam o que é elevado e se valem dos obsessores para criar verdadeiros shows dentro de suas celebrações. Em Levítico 20:6-27; Deuteronômio 18:11; Isaías 8:19; 1 Samuel 28 e 1 Crônicas 10:13 podemos ler essas proibições. Mas, são proibições destinadas a proteger os curiosos que se metem na seara espiritual sem conhecimento de causa.
E quando lemos todo o Novo Testamento, verificamos que nenhuma dessas proibições foi cancelada. E nem incentivada. Ao menos, não para uso do povão. Em Ato dos Apóstolos, porém, com conhecimento de causa, deu-se um grande festival de lidas espirituais sob a batuta de Simão Pedro, exatamente o apóstolo a quem Jesus entregou o comando de sua doutrina.
Reencarnacionistas famosos como Edgar Cayce, Jeanne Dixon, Montgomery e Elizabeth Kubler-Ross têm admitido publicamente suas práticas espíritas e mediúnicas. Hoje se sabe que Carl Gustav Jung também se valia da mediunidade para complemento de seu trabalho. Quem desejar conhecer melhor este assunto, de modo simples e claro, leia o livro “Chamada da Meia Noite” de John Anckerberg e John Weldon. São livros baratos e de excelente conteúdo teológico/doutrinário em nenhuma oportunidade negando as ligações de Jesus com os temas espirituais.
Apesar de todas essas evidências e argumentos, os evangélicos cristãos se negam a examinar o assunto acusando os espiritistas de perigosos embaixadores da serpente do Éden. Entendem muito mal a simbologia da serpente na cena do Éden. Seu radicalismo teológico os impede de compreender que a serpente simboliza o conhecimento e que por tornar-se ciente da Árvore da Vida, Adão e Eva (símbolos de uma fase da humanidade), ganharam razão e livre arbítrio, perderam a tutela do Paraíso e foram mandados para a vida com a perspectiva de retornarem ao Éden depois de haverem entendido como é a Ciência da Vida.  

domingo, 1 de julho de 2012

Reencarnação: nem tudo é fácil (V)


134. Será que a Bíblia ensina a Reencarnação?

Já citamos anteriormente a dificuldade enfrentada pelos pregadores, como Jesus e seus apóstolos, dada a limitação do estado de consciência do povo à época.
Em paralelo à ignorância generalizada e provocada pelos governos ilegítimos na região, havia os gnósticos, já abordados em outras postagens, oriundos de um período áureo do conhecimento humano com eixo em Alexandria, onde se dava seqüência aos estudos pioneiros de Sócrates, Aristóteles, Platão, Pitágoras, Confúcio e muitos outros. Mas, a cátedra dessa, digamos, elite filosófica, não podia ser levada ao povão. E a missão de Jesus era libertar o povão. Muita coisa deixou de ser dita e ensinada pela impossibilidade do povão compreender. A reencarnação, presente nas rodas de elite cultural, era um dos temas apenas tangidos e não aprofundados. Dentro dos próprios evangelhos populares (esses que Roma fez chegar até nós) existem citações claras de que ao povo eram faladas as coisas numa linguagem simples sem aprofundamento sobre o que, mais tarde, virou Ciência e já era Filosofia à época, pois Sócrates, Aristóteles, Platão, Pitágoras, Confúcio e outros, todos são anteriores a Jesus e já falavam em múltiplas vidas.
Em Lucas 1, iremos encontrar um trecho claro sobre reencarnação:
“5 Nos tempos de Herodes, rei da Judéia, houve um sacerdote por nome
Zacarias, da classe de Abias; sua mulher, descendente de Aarão,
chamava-se Isabel. 6 Ambos eram justos diante de Deus e observavam irrepreensivelmente todos os mandamentos e preceitos do Senhor.
7 Mas não tinham filho, porque Isabel era estéril e ambos de idade
avançada. 8 Ora, exercendo Zacarias diante de Deus as funções de sacerdote, na ordem da sua classe, 9 coube-lhe por sorte, segundo o costume em uso entre os sacerdotes, entrar no santuário do Senhor e aí oferecer o perfume. 10 Todo o povo estava de fora, à hora da oferenda do perfume. 11 Apareceu-lhe, então, um anjo do Senhor, em pé, à direita do altar do perfume. 12 Vendo-o, Zacarias ficou perturbado, e o temor assaltou-o. 13 Mas o anjo disse-lhe: Não temas, Zacarias, porque foi ouvida a tua oração: Isabel, tua mulher, dar-te-á um filho, e chamá-lo-ás João. 14 Ele será para ti motivo de gozo e alegria, e muitos se alegrarão com o seu nascimento; 15 porque será grande diante do Senhor e não beberá vinho nem cerveja, e desde o ventre de sua mãe será cheio do Espírito Santo; 16 ele converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus, 17 e irá adiante de Deus com o espírito e poder de Elias para reconduzir os corações dos pais aos filhos e os rebeldes à sabedoria dos justos, para preparar ao Senhor um povo bem disposto. 18 Zacarias perguntou ao anjo: Donde terei certeza disto? Pois sou velho e minha mulher é de idade avançada. 19 O anjo respondeu-lhe: Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado para te falar e te trazer esta feliz nova. Clareza meridiana, não é Elias, é João (para não causar confusão: Elias foi Elias que viveu no corpo de Elias; João é João que viverá no corpo de João, com o mesmo espírito que esteve com Elias).
Em Lucas 9, outra prova de que no tempo de Jesus a reencarnação era coisa normal, porém velada em certas circunstâncias: 18 Num dia em que ele estava a orar a sós com os discípulos, perguntou-lhes: Quem dizem que eu sou? 19 Responderam-lhe: Uns dizem que és João Batista; outros, Elias; outros pensam que ressuscitou algum dos antigos profetas”. A expressão “ressuscitou” era a expressão usada para a reencarnação. O termo reencarnação surgiu com Kardec em 1850. Muito depois é que a coisa foi torcida para o conceito de reviver no mesmo próprio corpo, especialmente porque foi a expressão usada por algumas igrejas para notificar o evento que deu Jesus como ausente do túmulo onde havia sido sepultado.
Com todas as controvérsias que o evento causou e ainda não foi devidamente explicado, aquilo pode ser ressurreição pura e simples dado o breve período em que demandou entre a morte física e a reaparição de Jesus entre os seus discípulos. Depois que o corpo se decompõe já não se trata de ressurreição.
No capítulo 9, de Marcos, outra prova da reencarnação entre Jesus e seus apóstolos: 2  E seis dias depois Jesus tomou consigo a Pedro, a Tiago, e a João, e os levou sós, em particular, a um alto monte (Tabor); e transfigurou-se diante deles; 3 E as suas vestes tornaram-se resplandecentes, extremamente brancas como a neve, tais como nenhum lavadeiro sobre a terra os poderia branquear. 4 E apareceu-lhes Elias, com Moisés, e falavam com Jesus. 5  E Pedro, tomando a palavra, disse a Jesus: Mestre, é bom que estejamos aqui; e façamos três cabanas, uma para ti, outra para Moisés, e outra para Elias. 6 Pois não sabia o que dizia, porque estavam assombrados. 7 E desceu uma nuvem que os cobriu com a sua sombra, e saiu da nuvem uma voz que dizia: Este é o meu filho amado; a ele ouvi. 8 E, tendo olhado em redor, ninguém mais viram, senão só Jesus com eles. 9 E, descendo eles do monte, ordenou-lhes Jesus que a ninguém contassem o que tinham visto, até que o Filho do homem ressuscitasse dentre os mortos. 10 E eles retiveram o caso entre si, perguntando uns aos outros que seria aquilo, senão ressuscitar dentre os mortos. 11 E interrogaram-no, dizendo: Por que dizem os escribas que é necessário que Elias venha primeiro? 12 E, respondendo Jesus, disse-lhes: 13 Digo-vos, porém, que Elias já veio, e fizeram-lhe tudo o que quiseram, como dele está escrito (João Batista já tinha sido decapitado)”.
Em João 3:3 Jesus diz a Nicodemos: "Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus". Os reencarnacionistas afirmam que Jesus está ensinando que uma série de renascimentos é necessária para se alcançar a perfeição. Para os adversários da idéia essa interpretação não tem suporte algum. Nicodemos ficou atrapalhado e então Jesus explicou  que estava falando de um renascimento espiritual: "Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer? Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus". (João 3:4-5). Como vemos, Jesus não pregou que a massa corporal teria de ser a mesma, mas outra, com o mesmo espírito.
Contudo, ao ler outras passagens, veremos que em Lucas 1:17 está escrito sobre João Batista: "E irá adiante dele no espírito e virtude de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto".
O próprio João Batista, em João 1:21, nega ser Elias: "E perguntaram-lhe: Então quê? És tu Elias? E disse: Não sou. És tu profeta? E respondeu: Não".
Claro, seu nome era João e sua humildade o impedia de intitular-se profeta que, na verdade, era.
A Escritura declara que Elias jamais passou pela morte física, o que o impossibilitaria de se reencarnar. Mas, convenhamos, chega de incoerências e meias verdades. Os mesmos textos que afirmam ter Elias subido aos céus no próprio corpo, insinuam a existência de outros planetas habitados, o que é totalmente negado como a Bíblia declara a Terra centro do mundo. Galileu escapou de ser queimado vivo quando ensinou que o centro do nosso sistema solar era o Sol e não a Terra.
Os adversários da reencarnação ficam tinhosos, roxos de raiva quando os reencarnacionistas usam mais esta passagem bíblica contida em Hebreus 7:2-3, referindo-se ao sacerdote Melquisedeque como uma vida anterior de Jesus: "A quem também Abraão deu o dízimo de tudo, e primeiramente é, por interpretação, rei de justiça, e depois também rei de Salém, que é rei de paz; sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre".
Tentam argumentar que Melquisedeque foi feito à semelhança do filho de Deus, no sentido de que o seu sacerdócio foi único, não tendo sido transferido a nenhum outro. Mas, fica difícil explicar ser o papa o vigário - sacerdote substituto - de Cristo na terra.
Mais uma Escritura citada pelos reencarnacionistas é João 9:1-3, onde lemos: "E, passando Jesus, viu um homem cego de nascença. E os seus discípulos lhe perguntaram, dizendo: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Jesus respondeu: Nem ele pecou nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus".
Os discípulos desejavam saber se o cego estava sofrendo a Lei do Carma, segundo falavam os pagãos daquele tempo, ao que Jesus sabiamente respondeu que a obra de Deus estava manifesta neste homem ao receber do Pai a oportunidade de experimentar a cegueira ao invés de ser mandado eternamente para o inferno por conta de seus descaminhos.