quarta-feira, 4 de julho de 2012

Comprovando a reencarnação (II)



137. Uma Metodologia Insuspeita

A seqüência lógica dos estudos e pesquisas do dr. João Alberto Fiorini foi entrar em contato com o dr. Hernani Guimarães Andrade, presidente do Instituto de Pesquisas Psicobiofísicas, em Bauru, São Paulo, a quem Fiorini considera um dos maiores cientistas do mundo em assuntos de reencarnação. Ele também é um nome muito respeitado por parapsicólogos, não apenas do Brasil, mas de todo o mundo.

Outro ponto de apoio para suas investigações foi o exaustivo trabalho do dr. Ian Stevenson, que já investigou mais de três mil possíveis casos de reencarnação, baseando-se em depoimentos de crianças. Stevenson, de reputação internacional, começou a coletar depoimentos de crianças de todas as partes do mundo, sempre que elas se referiam à sua existência numa encarnação anterior. Stevenson e sua equipe coletavam esses depoimentos, arrumavam as informações que as crianças forneciam sobre suas possíveis vidas passadas, e iam ao local em que elas teriam vivido para comprovar ou não essas informações. Os resultados obtidos foram tão impressionantes que grande parte da comunidade científica ficou abalada em suas convicções e noções, até então restritas sobre o tema reencarnação.

A pergunta que Fiorini fez ao dr. Hernani foi se era possível um espírito retornar com a mesma digital. Ele respondeu que acreditava ser possível; se a pessoa volta com marcas, sinais, cicatrizes, deformações e até mesmo doenças, por que não com as mesmas impressões digitais? Conversando com ele, estabeleceu um método de pesquisa que consiste em procurar crianças, geralmente entre os dois e quatro anos de idade, que tenham o costume de afirmar que viveram em outro lugar, em outra época, que tiveram determinado tipo de ações ou conheceram certas pessoas. Isso ocorre pelo fato do perispírito dessas crianças não estar acoplado ao corpo somático, adaptação que só irá ocorrer aos sete anos. Se o tempo de intermissão for muito curto – geralmente, no Brasil, essa reencarnação se dá de dois até oito anos – essas crianças começam a falar sobre suas vidas passadas. Assim, é possível coletar essas informações, da mesma forma como foi feito pelo dr. Ian Stevenson, e procurar os locais e pessoas aos quais elas se referiram. Se a pessoa em questão tiver registrada uma impressão digital, é possível então fazer a comparação desejada.
Pesquisa de Campo

Fiorini está, agora, partindo para a investigação de casos aos quais tenha acesso. Ele diz que solicitou ao dr. Hernani que lhe fornecesse dados de casos de reencarnação que ele já tivesse pesquisado, mas por questões éticas, ele não pôde fornecê-los, aconselhando-o a procurar estudar novos casos.

Assim, quando esteve em São Paulo para participar do programa Espiritismo Via Satélite, João Alberto pediu que as mães que percebessem seus filhos falando sobre vidas passadas entrassem em contato com ele para que a investigação apropriada pudesse ser realizada. A idéia é que não se desprezem as coisas que as crianças digam, mesmo que pareça não ter muito sentido ou ser apenas produto da imaginação, anotando tudo num papel.

“Chegaram muitas cartas”, explica Fiorini, comentando o resultado de sua participação no programa, e está dando seqüência às investigações. Ele ainda não atingiu seu objetivo na pesquisa científica das impressões digitais ligadas à reencarnação, mas acredita que em breve deverá ter novidades.

É claro que a comprovação de reencarnações também pode ser feita através de outros testes, como o exame grafotécnico, comparando-se a caligrafia da criança com a da pessoa que ela possivelmente teria sido na vida anterior. Da mesma forma com os exames médicos, ou seja, se uma pessoa morre subitamente, assassinada ou em desastres, ela reencarna com determinadas marcas e cicatrizes relacionadas ao evento em questão. O problema é que essas marcas vão desaparecendo com o tempo, de modo que a pesquisa tem de ser feita o quanto antes, enquanto as evidências estão mais nítidas.

Com tudo isso em mente, João Alberto Fiorini está dando seqüência ao seu trabalho de pesquisa e investigação, ao mesmo tempo em que prepara seu livro sobre o assunto. “O meu livro vai ensinar as pessoas a investigar a reencarnação, como uma receita”, ele explica, entendendo que, se um número maior de pessoas se dispuser a tornar públicas as informações nessa área, a pesquisa será facilitada. Seria um livro para mostrar às mães, aos médicos e às pessoas que estejam intimamente ligadas a crianças de 0 a 7 anos de idade, como proceder nos casos citados, coletando o maior número de dados possíveis e anotando tudo o que a criança falar sobre uma possível vida passada, da mesma forma que foi feito na pesquisa do dr. Ian Stevenson e em outros estudos realizados na Índia.

Ainda é grande o número de pessoas que se sente constrangida em falar sobre o tema reencarnação, de modo que nem sempre é muito fácil encontrar quem fale abertamente sobre isso. Além disso, ainda existe o medo do sensacionalismo que alguns veículos promovem em torno de assuntos dessa natureza, afastando ainda mais as pessoas que desejam pesquisar seriamente a reencarnação.

Tendo em mãos as informações obtidas das crianças, Fiorini pode partir para a investigação propriamente dita, levantando os dados e fazendo as comparações. E, com um pouco de sorte, conseguindo fazer a avaliação das diferentes impressões digitais.

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