terça-feira, 3 de julho de 2012

Comprovando a reencarnação (I)

136. Começa pela impressão digital

Ainda não foi possível comprovar a reencarnação através das impressões digitais, mas a excelente idéia já está sendo aproveitada por João Alberto Fiorini e, em breve, é possível que tenhamos novidades nesse campo.

Gilberto Schoereder
As técnicas para se investigar e comprovar possíveis casos de reencarnação já são conhecidas no meio espírita. Nos últimos anos, João Alberto Fiorini, delegado de polícia atuando na Agência de Inteligência do Paraná, vem desenvolvendo um novo método. Especialista em impressões digitais, ele entende que é possível confirmar um caso de reencarnação utilizando essa forma de pesquisa científica.

Esse caminho começou a ser seguido em 1999. Na época, João Alberto se recuperava de uma cirurgia realizada em São Paulo, e teve a oportunidade de ler um artigo publicado num jornal em 1935, escrito por Carlos Bernardo Loureiro. A matéria foi reproduzida no jornal da Federação Espírita do Estado de São Paulo, e se referia a um menino que tinha a mesma impressão digital de um homem que já havia falecido há dez ou quinze anos. O autor da matéria era um dos grandes estudiosos do assunto, na época, e gostava de comparar impressões digitais.

Fiorini sabia que não é possível existirem duas impressões digitais iguais, mas ainda assim, ele levou a história a sério e resolveu estudar mais: fazer uma pesquisa para saber se não haveria qualquer possibilidade de se encontrar duas impressões iguais. “Eu já era espírita”, explica João Alberto, “mas ainda não tinha feito qualquer pesquisa científica. A partir daí, comecei a fazer um estudo profundo sobre impressões digitais, pesquisando tudo o que poderia existir em livros brasileiros e norte-americanos, na área da Medicina.”
A pesquisa levou-o a conversar com membros do conselho de dermatologia do Paraná e a conhecer o trabalho do dr. Agnaldo Gonçalves, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Assim, ficou sabendo por que as pessoas têm impressões digitais, impressões palmares e as linhas nas mãos e nos pés. Em seu livro Anais Brasileiros de Dermatologia, o dr. Gonçalves diz que os desenhos formados nas mãos e pés estariam ligados à genética, variando de mão para mão, de raça e de sexo. “Se você verificar as impressões digitais das mulheres”, informa Fiorini, “vai ver que elas têm uma tendência maior à presilha, que é um tipo específico de desenho”. Mas uma parte da formação dessas linhas – e não se sabe ao certo o quanto –, pode estar relacionada aos movimentos do feto no útero. Mesmo no caso dos gêmeos univitelinos, as impressões digitais são diferentes.


Pesquisas

Seguindo uma pesquisa realizada anteriormente em Cambridge, Inglaterra, Fiorini também observou as digitais de homossexuais. O estudo inglês havia mostrado que os homossexuais apresentavam características de impressões no polegar direito que se aproximavam das características femininas. Com uma pesquisa realizada principalmente com travestis, o pesquisador brasileiro comprovou que as digitais apresentavam a presilha de uma digital feminina, conhecimento que serviu de base para seus estudos posteriores.

O normal é que os homens não apresentem a presilha, mas sim, o verticilo, outro tipo de desenho. Então, ele se perguntou, por que os homossexuais não teriam o verticilo. A situação não fazia muito sentido, cientificamente falando. Ele também observou as digitais de mulheres criminosas, que deveriam apresentar presilha. Mas, ao estudar os sinais, percebeu que a incidência maior era de verticilo, a característica masculina. “Isso me surpreendeu muito”, diz Fiorini, “e comecei a ver nas impressões digitais algo a que as pessoas não deram muita importância, como se não tivesse interesse científico.”

Vendo pelo lado espiritual, explica Fiorini, uma pessoa, ao desencarnar, fica de 0 a 250 anos no plano espiritual. Em outras palavras, ela tanto pode reencarnar rapidamente, quanto pode demorar um tempo mais longo; mas o mais comum é que essa reencarnação ocorra dentro de um período de 40 a 70 anos. Se imaginarmos que uma mulher morre e retorna rapidamente, em mais ou menos dois anos, porém ocupando o corpo de um homem, ela virá então trazendo ainda as características femininas. Assim, segundo João Alberto, a questão envolvendo a homossexualidade nada tem a ver com desvio de personalidade, como muitas pessoas ainda insistem em dizer, mas está relacionada com a vida anterior e com o fato da reencarnação ocorrer muito próxima. “Eu cheguei a essa conclusão”, ele conta. “Eu sou o único que está levando a pesquisa para esse lado. O dr. Hernani (Guimarães Andrade) também já pesquisou, mas ele fala apenas do tempo de intermissão. Eu vou além, entendendo que essas impressões digitais não se alteram quando o espírito reencarna.”

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