sábado, 22 de dezembro de 2012

950-Todos juntos


É Isso.

A Era de Aquário começou; o mundo não terminou pra ninguém; nem mesmo para os que deixaram seus corpos num cemitério; o Natal está aí; procurem a felicidade e se distanciem daquilo que pode dar errado; o ano de 2013 vai começar como sempre; elejam sonhos e façam tudo para que eles se tornem realidade.
Volto a conversar com vocês depois da virada.
Obrigado pelos muitos acessos em 2012.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

949-Era de Aquário


21.12.2012: Era de Aquário

A Era de Peixes iniciada algumas décadas antes do nascimento de Jesus, está terminada, e ficou marcada pelo misticismo, transcendentalismo, magia. Foi um tempo emocional, amoroso, intuitivo e um pouco inseguro. Foi marcado pela demonstração de compaixão e sabedoria, ao incentivo às Artes, às Terapias, às Lideranças Religiosas, aos Curadores e aos Defensores dos necessitados.
Já a Era de Aquário, que se inicia, traz como prenúncios desafio ao senso comum, promovendo choques às convenções. Liberdade às conspirações silenciosas. Senso de Justiça, Igualdade e Fraternidade. Incentivo ao que é memorável, à cura do corpo, à Sociologia, às ciências renovadoras e aos estudos dos céus.
Está-se dizendo que será o tempo dos psicólogos, professores, oradores, escritores, filósofos, evangelistas, psicanalistas, missionários, atores, inventores, exploradores, astrólogos, assistentes sociais e das transmissões por ondas magnéticas a longas distâncias, principalmente a telepatia.
Recordando: a Era Peixes (com Virgem na oposição), significou uma profunda necessidade de significado, mesmo que, em muitos momentos, isto fique obliterado pela manipulação religiosa (Peixes) ou pelo materialismo de Virgem.
E o final da Era de Peixes fez o chamado para a Era de Aquário.
O desenvolvimento científico se acelera. Começam sucumbir as religiões e a aflorar uma espiritualidade libertária; sistemas de crença mais baseados na força da mente e na crença de que também podemos ser deuses (um modo aquariano de pensar). Há um forte desejo por resolvermos nossas diferenças e sermos mais tolerantes e abertos, e por nos libertarmos de velhos condicionamentos que nos acompanham há milênios.
Por outro lado, pensadores começam a imaginar um futuro feito por uma racionalidade tão fria que poderia simbolizar a ‘sombra’ de Aquário através de Leão, seu opositor, ponto as mangas de fora no controle da humanidade. A tecnologia o chip seriam usados para isso. Um mundo com tanto poder de intervenção que praticamente poderíamos ‘fabricar’ um ser humano ao nosso gosto (com todos os perigos que isto embute). Um mundo em que a tecnologia (Aquário) fosse tão dominante que isto pudesse abrir espaço para terríveis formas de controle e centralização (reflexo de Leão), com a sufocação das liberdades (que é uma das necessidades aquarianas mais fortes).
Na realidade, em todas as Eras houve dificuldade em se equilibrar os dois signos envolvidos. A humanidade passou boa parte da Era de Peixes tendo sua capacidade de análise e discernimento (simbolizada por Virgem) bloqueada por crenças impostas de cima para baixo. Quando, a partir do século XIX, o espírito científico começou a se desenvolver, daí foi Virgem que assumiu a supremacia. Descartou-se tudo o que não se podia explicar e iniciou-se um período de excessiva racionalidade e fragmentação, que resultou no surgimento em massa de doenças emocionais decorrentes da falta de conexão com algo maior. Por que você acha que tantas pessoas se drogam no mundo?  
A Era de Aquário não é, portanto, uma Era que automaticamente vai nos conduzir à fraternidade, a um entendimento extraordinário de quem somos e do que o mundo é, a uma nova forma de organização, a uma descoberta sem precedentes de nosso poder mental e a um uso adequado dele. Já temos pessoas na dianteira, mas por que não pode ser de bate pronto? Porque Aquário não é um signo melhor do que Peixes, assim como Peixes não é melhor do que Áries, assim como nenhum signo é melhor do que outro. Em cada Era, nós temos escolhas a fazer. A tecnologia, principal promessa da Era de Aquário, tanto pode nos levar a uma separação do nosso lado instintivo, tornando tudo excessivamente lógico e frio, como pode ser tão aperfeiçoada que nos leve a sanar os problemas que até agora criamos com o uso dela. A penetrante mente aquariana tanto pode nos levar a finalmente rompermos com antigos comportamentos danosos quanto nos trazer agitação, alienação e rebelião, sintomas já presentes atualmente nesta despedida de fim de baile, como nos referimos.

A Era de Aquário será, sem dúvida, caracterizada por uma grande mudança em relação às outras Eras, porque isto faz parte do símbolo de Aquário. Mas isto nos levará a um mundo realmente melhor?  As escolhas serão dos habitantes da nave Terra. Faz-se um expurgo para que os embarcados tenham predicados para aqui permanecer. Hosana!
Afinal, quem tem razão? Os intelectuais que prevêem um mundo frio, excessivamente racional e controlado, ou os místicos que falam em uma era de amor?
O potencial da Era de Aquário seria para que nos víssemos como uma só raça (já que até agora nosso passatempo foi a mútua aniquilação e, a partir disso, nos uníssemos, sendo capazes de, por esta razão, avanços inimagináveis, e de criarmos um novo sistema de vida, que rompesse integralmente com o que de negativo vivemos até aqui.
Uma Era de Aquário realmente avançada também não descartaria que viéssemos a realizar um intercâmbio com outros habitantes de outros planetas, seja através do desenvolvimento de tecnologias revolucionárias, seja porque finalmente estaríamos prontos para isto. Os sinais surgidos em lavouras de trigo e milho na Europa e na América, inclusive em Santa Catarina, poderiam ser recados extraterrestres?
Uma Era de Aquário ‘bem feita’ teria de ter presente os atributos positivos de Leão, como a valorização do indivíduo e da criatividade, do coração e do calor, livre dos controles que Leão gosta de aplicar, para que a sociedade não se tornasse por demais fria, mecânica e lógica.
O bem estar do indivíduo (Leão) teria de ser levado em consideração tanto quanto o bem estar do grupo (Aquário), pois um não pode predominar sobre o outro sem que isto gere desequilíbrios.
Só que a Era de Aquário não vai trazer tudo isto ‘de bandeja’. Nós teremos de conquistar esta ‘promessa’ positiva que está embutida nela. Estaremos sendo chamados a escolher tanto quanto fomos em outras Eras. Por exemplo, a Era de Peixes poderia ter sido muito especial em termos de compaixão, abrandamento de nossas características mais destrutivas e agressivas, e não o foi. Ao invés disso, apareceu o lado negativo de Peixes, como a cegueira, a incompreensão e a histeria (as Cruzadas e a Santa Inquisição, por exemplo).
Você talvez se pergunte o que pode fazer, como indivíduo, para que possamos realmente começar uma nova Era, um novo tempo, transpondo para o coletivo o potencial que já existe em indivíduos mais evoluídos, mas que nunca existiu em escala maior. Simplesmente desenvolva o lado positivo de Aquário. Olhe mais para o coletivo. Interesse-se mais por ele. Não veja a sua vida como limitada apenas a você, à sua casa e às pessoas próximas. Enquanto houver pessoas miseráveis e escravizadas no mundo, mesmo o mais lindo recanto com a maior harmonia poderá ser atingido pela ressonância da banda podre.
Aquário quer dizer que todos somos um povo só. A hora em que nos vermos como o povo da Terra, que é por ela responsável, aí sim estaremos entrando em uma nova Era. Sem o desenvolvimento disso, a Era de Aquário será como todas as outras, até que resolvamos mudar. A escolha será de cada um de nós.
Tornar feliz a humanidade começa em mim, mas não termina em mim.
A partir da edição de 22/12/2012 este blog estará novamente enfocando a Era de Aquário, porém sob a ótica Maia. O que virá depois de 21 de dezembro?
Acompanhe-nos, dando a honra dos seus acessos.

Mas faça uma alteração no caminho dos seus acessos. A partir da edição 1.000 o único endereço a dar continuidade as estas publicações será http://maioridadespiritual.blogspot.com
Por favor coloque este endereço entre os seus favoritos. Os demais blogs onde você poderia estar acessando a partir da edição 1.000 ficarão inativos por três meses e depois serão cancelados.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

948-Era de Aquário


21.12.2012: Era de Aquário

A presença dos conteúdos magnéticos, cores e sons de Aquário vêm se fazendo sentir em nosso planeta e nossa sociedade desde, mais ou menos, há 216 anos, a começar pelo Iluminismo que substituiu a Idade Média. Saímos até apressadamente de um tempo lúgubre para o que também foi chamado de Renascença. É isso, o velho cedeu lugar ao novo através de um renascimento. A humanidade não decretou isso. Assimilou isso e isso virou onda cultural.
Vieram: o fim da Inquisição, a Revolução Francesa, as teses de Darwin, o espiritualismo, o fim do tráfico negreiro, a teoria da relatividade e, assim, assim, veio o motor a explosão, a corrida espacial e até o muro de Berlim caiu.
A criação da Internet no último 1% do tempo de Peixes já completamente tomado pelas influências de Aquário veio atropelar mais um pouco essas velozes transformações. E o atropelamento ainda está a caminho. As constantes descobertas de documentos históricos e o acesso a documentos guardados irão desnudar “verdades” que a humanidade engoliu como coisa séria. Aquário tem esse poder.
Veja desde 1439 (data da invenção da gráfica por Guttenberg), o enorme avanço vivido pela humanidade.
Ondas dentro de ondas, umas identificadas quanto aos inventos hidráulicos, têxteis, quanto ao ferro e ao aço, à petroquímica, à aeronáutica, outras identificadas com a filosofia e as religiões.
Revolucionamos o mundo nos campos econômico, artístico, político e principalmente científico.
Porém, do ponto de vista científico, estávamos dissociados de Deus.
E apesar de ser um tempo marcado por importantes iluminadores ditos ateus (Diderot, Nietzche, Marx, Freud, Sartre, Gramsci, Shoppenhauer, Comte, Chaplin, Darwin, etc.), foi o período em que mais de falou e mais se tratou de Deus.
Nesse 1% final do tempo de Peixes, acelerando a entrega para Aquário, avolumaram-se os desentendimentos, as guerras, os radicalismos, o terrorismo e a prática predatória em relação às criaturas que coabitam a Terra. Foi como se fosse o fim do último baile para aqueles que estão de saída, para deixar o sistema no qual não serão mais aceitos. Numa metáfora destinada a fazer o leitor entender a exaltação dos retirantes em despedida, saem eles pelas ruas promovendo baderna, algazarra e truculência, a destruir pontos de ônibus, a jogar garrafas vazias contra carros, postes e vitrines, a assaltar as casas de conveniência para abastecerem-se das últimas unidades de bebida alcoólica, a maltratar pessoas, notadamente quem eles chamam de diferentes ou inferiores, onde entram homossexuais, negros e índios; ou então para o leitor melhor entender, foi como se fosse o último jogo do campeonato e o time da torcida mais radical saísse derrotado: aquela avalanche humana desvairada a promover todo tipo de vandalismo por conta da vida que acabou de acabar e da supressão das esperanças de um futuro melhor.
Refinando um pouquinho a narrativa: os desalinhados, desajustados, possuídos de ansiedade, ira, soberba, raiva, ódio, radicalismos e fundamentalismos foram antecipar sua auto-punição. Não voltarão a pertencer a este sistema. Foram, estão sendo expulsos dele.
Porém (saindo das metáforas), na contramão dessa autodestruição começa agigantar-se o vazio da falta de valores permanentes. A razão científica excludente e arrogante é posta em xeque.
Progressivamente, a consciência humana interiorizou aquilo que outros grandes pensadores, líderes e educadores espirituais da humanidade vieram ensinando ao longo de séculos e milênios.
O pensamento humano egocêntrico evoluíra para etnocêntrico, mas perdera-se antes de chegar a globocêntrico. Faltam palavras para conceituar os estágios de seus novos desvios em contraste com os progressos notáveis em todos os setores, mesmo no terreno da fé; quem sabe são estágios grupocêntricos, guetocêntricos, tribocêntricos ou gangcêntricos?
Povos como os da Pérsia, Palestina, Israel e Egito que ainda servem de base para as civilizações mundiais ficam a nos dever novos e melhores exemplos humanísticos na Era que vem. Espera-se um salto de qualidade na Era que virá.
Existe um abismo entre uma humanidade ávida de conhecimentos sagrados, esperançosa por entrar na nova era adicionando pontos qualitativos e outra humanidade que briga e se mata ou por dinheiro ou em nome de Deus; quem sabe brigue em nome dos dois.
Mas, ao que parece, os saldos começam a se tornar positivos para o lado do bem.
Não é sem causa que o Oriente é apontado como berço da sabedoria – ao menos da sabedoria mais antiga – pois o I Ching tão logo traduzido e divulgado entre os povos ocidentais mais motivados pela filosofia agnóstica, conseguiu predizer que Deus pode ser entendido como o maior dos cientistas. A Internet contribuiu para isso trazendo-nos segredos orientais e levando a eles a nossa cultura.
“Ao término de um período de decadência sobreveio o ponto de mutação. A luz poderosa que fora banida ressurge. O movimento é natural, mas este não é gerado pela força, surge espontaneamente.
Por essa razão a transformação do antigo tornou-se fácil. O velho é refeito e o novo é introduzido. Ambas as medidas se harmonizam com o tempo, não resultando daí, portanto, nenhum dano”.  (I Ching)
“Todas as religiões, todas as artes e todas as ciências são o ramo de uma mesma árvore. Todas essas aspirações visam o enobrecimento da vida humana, elevando-se acima da esfera da existência puramente material e conduzindo o individuo para a liberdade”. (Albert Einstein)
Hoje estamos aprendendo a linguagem pela qual Deus fez a vida. Estamos ficando cada vez mais admirados pela complexidade, pela beleza e pela maravilha da dádiva mais divina e mais sagrada de Deus”. Francis Collins - (Diretor responsável pelo Projeto Genoma).
Segundo tese desse pesquisador, Deus usa a evolução para aperfeiçoar o seu projeto. A criação é um projeto em direção à perfeição, constantemente reformulado e aperfeiçoado com base na lei de evolução, Lei Natural.
Em contraste com a Era de Peixes, associada à figura de Jesus e inclinada para os assuntos da fé, foram apenas nos três últimos séculos da Era de Peixes que a vocação pisciana se ocupou por inteiro dos temas sagrados. Foi nesse período que ocorreram algumas descobertas primordiais, como a falsidade do manto chamado “santo sudário”, apresentado e recomendado pela igreja durante séculos como verdadeiro e também os manuscritos do Mar Morto, que se fizeram reveladores de muitos fatos capazes de mudar o curso da história sagrada. Foram as descobertas científicas associadas ao Genoma, às egrégoras e às capacidades mentais extra cérebro, que foram derrubando preconceitos cientificistas e re-introduzindo os temas sagrados nas salas dos laboratórios.
A ciência, que estava rompida com a fé desde o episódio que condenou e levou Galileu à cadeia em virtude de suas afirmações que davam o Sol como o centro do nosso sistema planetário (e não a Terra como afirmam as escrituras ditas sagradas), produziu apelos e teve como a razão lentamente retornar aos temas metafísicos e também graças às descobertas microscópicas nos estudos iniciais já citados e em muitos outros.
Passamos séculos olhando para o Universo a procura de Deus, sem encontrá-lo e fomos encontrar provas evidentes de seus projetos para a vida ao examinar uma simples célula humana.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

947-Era de Aquário


21.12.2012: Era de Aquário (I)

O Solstício de Verão do Hemisfério Sul do Planeta, para o Brasil dos vários horários, horário de Verão de Brasília, Sudoeste e Sul, será à 09h11min de 21/12/2012, valendo pelos próximos 2.160 anos, que é o tempo em que o nosso Sistema Solar navegará pela Galáxia sob as influências de Aquário.
Para uma infinidade de estudiosos, esta é a data que marca oficialmente a entrada da Era de Aquário, mas ela já vem se afirmando por uma série de razões como descreveremos nesta série de três postagens precedendo o dia 21/12. Acompanhe, leitor os nossos raciocínios.
Claro está: a data de 21/12/2012 assinala a divisão matemática, astronômica, entre as Eras de Peixes (passada) e Aquário (futura), mas não, necessariamente, interrompe de sopetão o que estava acontecendo e nem de rompante apresenta o que estará acontecendo. Ao menos em 10% do tempo final de uma Era já começam a aparecer as tendências do novo tempo. Nós temos razões de sobra para acreditar que nos 216 últimos anos da atual civilização já é possível sentir a presença de Aquário.
Como se deram essas influências?
As ciências estão chegando mais perto de quase tudo aquilo que falaremos.
O magnetismo exercido pelos astros uns sobre os outros e sobre tudo o que ali existe (mares, florestas, animais, pessoas, clima), inclui sons, cores, raios, ventos... E é evidente que isso interfere nos sistemas energéticos humanos, no humor, na mente, nos pensamentos e, lógico, nas atitudes e comportamentos. Não dá para negar, é só observar, medir, anotar, registrar. A dificuldade reside em que tais alterações ocorrem em largos períodos e nós, observadores, observamos períodos muito curtos.
A ciência teve de admitir isso quando tomou conhecimento da experiência que ficou conhecida como “Centésimo Macaco”.
Como foi? Era uma vez duas ilhas tropicais, habitadas pela mesma espécie de macacos, mas sem qualquer contato perceptível entre si. Depois de várias tentativas e erros, um esperto símio da ilha "A" descobre uma maneira engenhosa de quebrar cocos, que lhe permite aproveitar melhor a água e a polpa da fruta. Ninguém deles jamais havia quebrado cocos dessa forma. Por imitação, o procedimento rapidamente se difunde entre os seus companheiros e logo uma população crítica de 99 macacos domina a nova metodologia. Quando o centésimo símio da ilha "A" aprende a técnica recém-descoberta, os macacos da ilha "B" começam espontaneamente a quebrar cocos da mesma maneira. E agora?

Não houve nenhuma comunicação convencional entre as duas populações: o conhecimento simplesmente se incorporou aos hábitos da espécie em diferentes ambientes. Num outro relato em situação idêntica, em vez de quebrarem cocos, os macacos aprendem a lavar raízes antes de comê-las. De um modo ou de outro, porém, o fato ilustra uma das mais ousadas e intrigantes idéias científicas da atualidade: a hipótese dos "campos mórficos", proposta pelo biólogo inglês Rupert Sheldrake. Segundo o cientista, os campos mórficos são estruturas que se estendem no espaço-tempo e moldam a forma e o comportamento de todos os sistemas do mundo material. Ele batizou esses efeitos como “ressonância mórfica”.

Átomos, moléculas, cristais, organelas, células, tecidos, órgãos, organismos, sociedades, ecossistemas, sistemas planetários, sistemas solares, galáxias, cada uma dessas entidades estariam associadas a um campo mórfico específico ditado pelo magnetismo, cores, sons. São eles que fazem com que um sistema seja um sistema, isto é, uma totalidade articulada e não um mero ajuntamento aleatório de partes.

Sua atuação é semelhante à dos campos magnéticos, da física. Quando colocamos uma folha de papel sobre um ímã e espalhamos pó de ferro em cima dela os grânulos metálicos distribuem-se ao longo de linhas geometricamente precisas. Isso acontece porque o campo magnético do ímã afeta toda a região à sua volta. Não podemos percebê-lo diretamente, mas somos capazes de detectar sua presença por meio do efeito que ele produz, direcionando as partículas de ferro.
De modo parecido, os campos mórficos distribuem-se imperceptivelmente pelo espaço-tempo, conectando todos os sistemas individuais que a eles estão associados.
A analogia termina aqui, mas ficamos buscando o que magnetismo planetário ocasiona sobre os humanos partindo daquilo que se conhece como fases da Lua, marés, período menstrual das mulheres, etc. etc. Porque, ao contrário dos campos físicos, os campos mórficos de Sheldrake não envolvem transmissão de energia. Por isso, sua intensidade não decai com o quadrado da distância, como ocorre, por exemplo, com os campos gravitacional e eletromagnético. O que se transmite através deles é pura informação. É isso que nos mostra o exemplo dos macacos. Nele, o conhecimento adquirido por um conjunto de indivíduos agrega-se ao patrimônio coletivo, provocando um acréscimo de consciência que passa a ser compartilhado por toda a espécie. Assim Aquário nos induz tendências comportamentais a partir de campos mórficos.
Continuaremos amanhã..  

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

946-"O Destino Existe?"


Viva a Liberdade

A matéria é composta por energia. O átomo não é a menor partícula. Existem outras partículas menores que o átomo. Ou seja, matéria é energia condensada. Tudo mais é energia e informação. Nós (corpos) viemos da terra e à terra voltaremos. Deus planejou um Universo maravilhoso e fez seus filhos à sua semelhança. E não o abandonou à deriva de sua própria sorte, mas também não segura pela mão a cada nova travessia. Ele produziu muitas Leis, que por levarem este nome soam mal em nossos "culposos" ouvidos. Mas, é por estas Leis que podemos nos sentir livres e protegidos de quaisquer injustiças. Queremos experimentar o mal? Façamos o mal. Queremos experimentar o bem? Façamos o bem.
Mas, se experimentamos hoje o bem e nos cair o mal? Compreendamos. Purifique os seus genes com bons pensamentos. Por opção, pela liberdade arbitrária, de decisão, faça isso. Segure o timão de sua vida, de seus passos, de suas ações. Navegue contra a correnteza das "Marias vão com as outras".
Seu presente está negativo? Assim mesmo faça o melhor, o impossível, o inimaginável, o surpreendente, inove, crie, invente e estará, com toda a liberdade que o Pai lhe deu, criando o seu próprio Destino.
Existe Destino? Sim, aquele que nós construímos. Pode ser mudado a qualquer hora. Acredite.

Sorte, azar, prêmio, castigo, graça, desgraça

Começamos esta série destacando as palavras acima, muito em voga. O Evangelho de Mateus VI 4, 6 e 10, diz “Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Bem-aventurados os que sofrem perseguição pela justiça, porque o Reino dos Céus é para eles”. Nada mais que a Lei de Causa e Efeito. Tudo tem volta.
Por conta de alguns axiomas de que viver é sofrer, morrer é gozar, temos milhões de crentes perfeitamente conformados em andar pelo acre da vida à espera do prêmio. Mas, não é só. Também há os que se sentem premiados e nem mesmo podem explicar por que a vida lhes dá mais do que esperam. E há os que se sentem vítimas do azar: querem mais e têm menos.
Interpretar Deus a partir dos pontos de vista dos castigos e dos prêmios, sob a orientação de que Deus é bondoso, justo, porém muito severo, cruel e vingativo, é tarefa para os analistas dos evangelhos e eles enchem a cabeça de todos nós, cada um com uma versão diferente do mesmo versículo bíblico.
O erro vem do entendimento de que Adão e Eva foram expulsos por desobediência e agora têm de pagar a pena para serem reconhecidos dignos de voltar. Foi por isso, segundo ensinam alguns, que Jesus, inocente, morreu na cruz e agora nós somos devedores de mais essa culpa.
Pelo sim, pelo não, a cultura repassa que o prêmio eterno é o céu e que o castigo eterno é o inferno.
Esse Deus irado, exigente, cruel, não é o mesmo ensinado por Jesus, mas as religiões preferem assim para selar a fidelidade aos seus programas arrecadatórios.
Quem produziu os espíritos imperfeitos e ofereceu-lhes a oportunidade de caminharem no rumo da perfeição, não deve ter um só interesse em perder sua criação em definitivo e não mandaria um só dos seus filhos para arder na fogueira do inferno, porque o inferno, como tal não existe e o diabo é um fantasma usado para amedrontar crianças ingênuas.
O Espírito é membro do todo divino. Uma coisa é o bônus ou prêmio de vir ao corpo para ficar acima ou abaixo da linha da vida, ter humildade para aprender, treinar, experimentar, testar, aprender com os erros, acertar, crescer, persistir, determinar-se, usar da prudência e chegar a um resultado, que pode não ser o pódio. Outra coisa é desistir, acomodar-se, acovardar-se, revoltar-se, estragar tudo e chegar a um resultado que pode ser péssimo. Outra coisa completamente diferente é perceber o descaminho, arrepender-se, consertar tudo, assumindo todos os ônus até que tudo fique reparado e a evolução possa, enfim, ter início.
As técnicas das religiões são distintas. Umas preparam o homem para Deus, assumindo toda a tarefa pastoral, a ponto de determinar coisas pontuais na vida diária dos fiéis. Outras apresentam Deus aos homens e, ao lhes ensinar o que a vida espera de nós, dão-nos a liberdade de como se aproximar dEle.
Nessa linha iremos encontrar o Espiritismo, além de outras. Não são uma religião institucional, como outras, mas fazem o trabalho da religação sem outra regra que não seja a moral e o amor.
Todos os resultados de uma existência ou de milhares delas (não importa crer ou descrer na reencarnação), provêm de como agimos conosco e com os outros.
Como aceitar que Deus é bondade, justiça, equilíbrio, harmonia, energia do bem, se neste momento está acontecendo fome, frio, doença, dor e sofrimento nos lares de pessoas pobres e humildes, trabalhadoras e cumpridoras de seus deveres como Filhos desse Deus de bondade e justiça; se essas pessoas nasceram há algumas décadas e morrerão daqui a pouco, sem nenhuma outra chance de recuperar do que lhes acontece?
Como aceitar isso, se neste mesmo instante, na mansão do corrupto, sonegador, ladrão e assassino, nada falta, nem alegria, nem saúde, tudo sobra, tudo é abundância e ele também nasceu há algumas décadas e irá morrer sem poder reviver tudo e reparar o que fez?
Sim, é dito que aos primeiros será dado o céu e aos segundos o inferno. Que justiça é essa? Que equilíbrio é este? Que bondade é esta? Como entender isso se numa única existência esse Deus dá tudo a uns e tira tudo de outros?
Agarrados em tais argumentos e em tais reflexões, vamos encontrar os revoltados, os irados, aqueles que acreditam poder fazer Justiça com as próprias mãos.
Em algumas ocasiões, os revoltados, convencidos da razão, dizem até agir em nome da Justiça Divina.
Vejam o abismo que existe entre partir para a vingança em nome da Justiça de Deus (como é o caso dos radicais islâmicos) e entre o discurso da maioria das religiões, que pede calma, resignação, paciência, fé e a entrega dos problemas nas mãos Deus.
 “Não, irmão, o espiritismo não fica esperando pela ação benevolente ou irada de Deus, ensina seus adeptos a melhorarem a si mesmos para merecer serem felizes. Essa parece ser a vontade de Deus!!!”
O que nós estávamos fazendo a mil anos passados? Vamos recuar um pouquinho mais: vamos a 10 mil anos. Vamos a 5 mil anos. Quantas vezes nós já viemos ao corpo para acertar nossos destinos? 100 vezes? 1.000 vezes? Quantas vezes ainda voltaremos?
Fomos uns cordeirinhos, cheio de amor pra dar, ou estivemos naqueles grupos de extermínio, naquelas guerras sanguinárias, matando mulheres, crianças, confiscando terras, incendiando aldeias?
Podemos dizer, com certeza, que agora somos uns cordeirinhos cheios de amor pra dar, sentados no auditório de templo, prontinhos pra receber diplomas como anjos de bondade?
As peripécias, os sofrimentos, os reveses humanos, segundo se estuda, têm só uma causa: os saldos de nossa história, recente ou antiga, balanços anteriores, incluídos entre a moratória de nossas dívidas, ou créditos.
Colhemos imediatamente aquilo que plantamos recentemente.
Assumimos em precatórios de longo prazo, aquilo que devemos de longo prazo. 
Como vimos, os resultados que colhemos na vida, têm sua causa na vida presente; e passam de uma a outra vida como nossos saldos. Causa e Efeito.
Assim é mais fácil de entender o por quê da diferença entre sofrer e gozar.
Assim é mais fácil entender por que são “bem-aventurados os que choram, os que têm fome e sede de justiça, os que sofrem perseguição pela justiça”. Eles serão recuperados e, não por piedade de Deus, mas porque passarão a merecer o que lhes toca por conquista.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

945-"O Destino Existe?"


O Destino não existe (II)

Veja aí como a humanidade cristã não entendeu a mensagem de Jesus. De forma hipócrita fala-se muito de direito à vida, discute-se sobre questões como a legalização do aborto, da eutanásia, de pesquisas com células-tronco, entre outras, além das divergências quanto a transfusão de sangue, transplante de órgãos, fertilização in vitro, etc. etc.
É válido pensar nessas questões, esclarecer conceitos, afastar preconceitos, mas elas não podem ser o foco quando se tem uma realidade como a que muitos países vivem hoje: as pessoas podem ou devem ser poupadas em laboratório, clínicas ou UTIs, mas não são poupadas na rua, na favela, nos lixões.
Preocupamo-nos com a questão de quando se inicia a vida, a proteção do feto, da criança que ainda está pra nascer, mas não damos a menor bola para ela depois quando estiver semi-nua, ranhenta, barriguda, faminta, seviciada, engolida pela máquina do terror. Isso não conta ou conta menos que um cãozinho abandonado na praça.
As vidas que já estão no caldeirão não é problema nosso. E olha que o blog não é favorável ao aborto em nenhuma hipótese.
É engraçado como é muito mais fácil se pensar por antecipação, querer resolver problemas premeditadamente, coisas que ainda não aconteceram, quando se está diante de um enorme problema, um quadro problemático diante de nossos olhos e debaixo de nossos narizes. Enquanto preocupamo-nos com o abstrato, o concreto vai a cada dia descendo pelo penhasco como uma grande bola de neve que só tende a aumentar.
O médico que realiza o aborto é mais réu que o estuprador que engravidou a paciente abortiva. Mas, experimenta colocar esse tema em debate aí no seu grupo de reflexão.  

Não desmerecendo uma vida que está pra nascer e nem a vida que já em curso, ou que está pra morrer, a nossa sociedade é cruel com ela mesma. Dignidade, decência e liberdade são valores sepultados, saíram do foco.
Não se pode fugir da realidade e querer se esquivar, fechar os olhos e ignorar a gravidade dessa situação precária na qual se enquadra a infância e a juventude de muitos países. O Estado e a sociedade não podem se alienar. Por isso, muito mais urgente é decidir o destino dessas vidas, que, querendo ou não, estão vivendo, ou melhor, sobrevivendo. Milhares delas estão nos orfanatos, outros milhares nas ruas. Essas dos orfanatos, quando de lá saírem, sairão para fazer o que?

Pode parecer hipócrita dizer que o futuro desses países depende dessas crianças e jovens, como é o lema de várias instituições que pedem doações pela TV. Mas só se limitando ao contexto da frase, não é essa mesmo a realidade? Um dia, se o destino quiser, se a “pedra”, o “pó” ou as “balas” não impedirem, essas crianças irão crescer, deixando de ser pequenos seres indefesos e inocentes para se tornarem sabe lá que tipo de adulto.
Nada contra quem pede doações. Mas, e os governos nada fazem? Para onde vai o dinheiro dos impostos. Ah, isso tem outro destino!!!!

O que muitas instituições, grupos de apoio aos jovens devem brigar e reivindicar não é, por exemplo, pelo passe livre de ônibus, ou querer que essas crianças e jovens conheçam os grandes centros das capitais, isso é muito pouco pra elas, é interessante, mas é supérfluo frente a tanta carência. Lutar para que elas tenham uma infância e adolescência digna, decente, com o mínimo de estudo, alimentação, proteção, para crescerem e se desenvolverem e um dia serem úteis para si mesmas e para a sociedade, para o país, é o mais importante. O governo tem a sua parcela de culpa, mas ele sozinho não pode resolver. Querendo ou não a nação está toda envolvida, pode e deve contribuir para a resolução do problema.

Os direitos fundamentais dessas crianças e jovens também devem ser garantidos. A liberdade de expressão, liberdade de viver e de ter uma família, de ter um estudo e um lazer decentes. Muitos casais lutam para ter um filho, fazem o que podem pelos meios naturais e até artificiais para conseguirem isso, tentativas falhas que custam dinheiro, enquanto os orfanatos estão lotados de crianças querendo um lar.

O ser humano ainda tem que vencer o egoísmo e ser mais altruísta. Muitas pessoas fazem doações para campanhas famosas, sem ter certeza se aquele dinheiro doado irá realmente ajudar alguém, enquanto estão cercadas em suas próprias cidades de pequeninos que precisam de um pouco de carinho, atenção. Doar pela internet ou pelo telefone não adianta, não limpa a consciência e nem salva a alma de ninguém. Falta a coragem pra ir lá, encarar o problema, ver de perto a situação, se sensibilizar, e quem sabe ter peito pra levar uma ou mais de uma delas para casa. O que se deve ter em mente é que essas crianças não têm escolha, nem ninguém que decida concretamente por elas. Que maior prova de limitação da liberdade do que essa?
Isso é fazer futuro, é fazer resultado, é fazer destino!!!

domingo, 16 de dezembro de 2012

944-"O Destino Existe?"


O Destino não existe (I)

O destino não existe cimentado, escrito nas estrelas, fatalista. Se existisse um destino assim de nada valeriam os planos de segurança industrial, a medicina, a Universidade, e tudo o mais que visa o bem dos homens na terra. Se o destino de cada um já estivesse irremediavelmente traçado, de nada valeria o nosso esforço pessoal e a luta de cada um para ser melhor. E passar-se-ia, com certeza, um atestado de injusto e incoerente aos planos de Deus para com a humanidade.
Pra que dar inteligência e arbítrio aos homens se a vida é uma ferrovia com trilhos sem bifurcação, não é mesmo?
Mas, ainda bem que o destino não existe. Deus deu aos homens uma mente, um poder de escolha, a liberdade a cada ser humano para que cada um construa o seu resultado, e não fique sujeito a um cego destino já traçado de antemão.
Cabe dizer a bem da verdade: não existe certo ou errado, existe resultado.
Na Lei Divina e Causa e Efeito, já abordada nestes espaços, cada um de nós terá os resultados que obtiver, segundo as causas que lhes derem efeito.
Para ser bem explícito: os 30 anos de cadeia imposto ao assassino, não estava escrito no destino dele, foi efeito da causa que o levou a matar. E mais, agora aprofundando um pouco: haver nascido cego não estava nos planos de Deus para aquele senhor que nada vê; aqui as considerações têm de tomar um novo rumo e não é assunto para quem não tenha sido iniciado e ainda não matou o ser velho que pensa pequeno.
A liberdade é o dom mais precioso que Deus nos deu, o que nos faz imagem e semelhança Sua. Sem ela não seríamos semelhantes a Deus. Por mais que um pai ou uma mãe queiram dirigir a vida de seus filhos, isso não é o que acontece, todos sabemos.
Agora, Deus é onisciente, sabe tudo, até o futuro de cada ser vivo? Sim, porque ele espera-nos todos à porta do Jardim do Éden, dignificados por nossos atos. Isto não implica em que Deus determine o futuro de cada pessoa. Ele sabe qual será este futuro, mas é no presente que cada um traça o seu próprio futuro. Como chegaremos à porta Leste do Jardim Éden, onde o arcanjo nos espera com a espada flamejante, é tarefa de nossa escolha.
O fato de Deus já saber o que eu vou fazer, porque é Deus, não restringe a minha liberdade nem um pouco de desobedecer e pagar por isso. Jesus morreu na Cruz para que fossemos livres de todo mal, especialmente do pecado e do demônio. Mas, ninguém entendeu o recado.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

943-"O Destino Existe?"


Culpados ou inocentes?

Talvez a resposta mais coerente para a pergunta-título fosse: nem uma coisa nem outra, peregrinos. Por que peregrinos? Peregrino não é aquele que se desafia a ir de um ponto a outro por sua livre escolha, enfrentando as agruras da travessia e, tendo conseguido, não é aquele que exulta dignificado?
Os humanos descrevem duas trajetórias com claríssimo objetivo enquanto peregrinos da vida. Numa delas a biologia fala mais alto.  Nossos genes são transportados aos nossos filhos. Deixamos inúmeras heranças genéticas, ou memórias bio-energéticas que perpassem gerações, séculos, milênios a caminho de um melhoramento também genético e a serviço de uma proposta maior.
O ladrão que roubou e não pagou por isso em vida e morreu, deixou seus genes em seu filho, mas pela genética não fará dele um ladrão e nem caberá ao filho pagar pelo erro do pai. Na lei judaica, sim. Que pena, judeus. Vocês não têm o direito de jogar inocentes na fogueira.
Na outra trajetória, é a cultura que fala mais alto. Quiçá mesmo neste filho ou nas gerações futuras, aparentemente "sem culpa de nada" em relação ao comportamento do ancestral, possa haver qualquer coisa: um novo ladrão por força das práticas culturais daquela família; um grande magistrado a serviço da justiça; um mendigo obrigado a pedir as migalhas de porta em porta.
O que se vê é que o processo biológico pode ser quebrado pela incompetência de transmissão dos genes; o processo cultural pode ser quebrado pela emergência de fatos extraordinários; os dois dão causa ao processo espiritual, que também pode ser quebrado por interferência cultural ou biológica.
Cabe comentar, os humanos atuais descendem de estirpes que puderam transmitir seus genes aos filhos e souberam sobreviver às exigências da vida. A isto se chama poder e saber biológico. O nascimento de um magistrado na descendência de pai ladrão pode encontrar explicações na biologia ou na cultura, mas é muito mais provável que seja explicado devidamente pelo processo espiritual.
Somos uma cultura de culpados. Ensinam-nos a culpa pela entrega de Jesus à crucificação; ensinam-nos a culpa pelo gesto de Eva no paraíso; certamente nos imputarão culpa pelos atos desregrados da família imperial.
Mas, no fundo, nascemos pautados para ir buscar a dignidade que nos falte em qualquer ato atual ou de encarnações anteriores.
Assim se faz o peregrino. Nem sempre completamos, exultantes, a travessia. Muitas vezes fracassamos e temos de ser carregados. Mas, a meta é atravessar, ainda que por repetidas tentativas.
Uma outra forma de ver a vida nestas questões de culpa ou inocência, é não só ver o direito usurpado; não só jogar a culpa no agressor. Nós somos nossos próprios verdugos. A fruta não cai longe do pé. Logo, tudo o que nos acontece é porque merecemos. Podemos mudar a situação? Sim. Por que não mudamos? É porque é mais fácil acusar o próximo como agressor.
É assim que vejo a crise do Oriente Médio. Todos têm culpa e todos são vítimas.
É preciso gostar muito de matar e morrer, fugir a atacar, viver em constante estado de alarme. Só assim consigo entender aquela gente que vive nas zonas de conflito entre árabes e judeus.
Qualquer um pode optar por ficar lá ou escolher qualquer outro país para viver. Nem mesmo as sabe o que os alimenta pois a terra é pobre, não tem água e o seu povo parece não fazer outra coisa que atacar e defender-se.
Juro que não ficaria lá por nada deste mundo sentindo-me culpado ou inocente, tanto faz.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

942-"O Destino Existe?"


Romper grilhões

Tudo será resolvido quando o “menino”, a “menina” tiver coragem para atravessar a rua sem a mão de um protetor. Porém, “resolvido” não é bem o termo. Ao longo de milhares e milhares de anos já experimentamos as mais absurdas coisas em nome de uma liberdade de escolha. Esse “adolescente”, mais criança que jovem, é muito impulsivo e teimoso, não mede as conseqüências de seus atos e, a cada pouco, quebra a cara. Os criacionistas a isto chamam de castigo de Deus. Os evolucionistas a isto chamam de resultados de experiências frustradas. Os criacionistas não querem aprender, entregam tudo nas mãos de Deus, rezam, elevam hinos e louvores. Os evolucionistas, mesmo que não saibam exatamente o que fazem, querem conquistar o mundo (no fundo querem conquistar a confiança de Deus). Mas, extrapolam a Lei Universal da Causa e Efeito.
A liberdade que se acredita existir como pressuposto de avanço da inteligência no rumo da Proposta Maior, sempre nos levará a errar. Aprenderemos com os erros? Parece que sim. As constantes conferências sobre o Meio Ambiente e sobre a redução de armas nucleares, ainda que de forma hipócrita, é um debate que não havia há 20 anos atrás.
Que tristeza o mundo todo ficar olhando para as pendengas de judeus e palestinos tendo presente que esses povos são apresentados pelas religiões ocidentais como o povo exemplar do velho e do novo testamento. Que péssimo exemplo, senhores.
Mas, existem coisas extraordinárias lá atrás muito antes do século XXI.
Uma coisa pesa muito contra a paz: os lucros gerados com a clientelização de pessoas em torno das instituições políticas e religiosas e com a produção de armas e munições. O maior inimigo dos interesses do traficante é a independência do dependente. Bilhões de pessoas, no planeta, ficam a mercê de interesses mesquinhos sustentados por gigantescas organizações de poder e dinheiro.
Quando se fala assim parece estarmos muito distantes de Jesus, não é mesmo? Ledo engano. Ele veio exatamente com esta mensagem e exatamente por causa de sua mensagem perante os tetrarcas judeus e oficiais romanos foi condenado: heresia perante os religiosos e subversão perante os políticos.
Alguma coisa mudou em 20 séculos. Existem mudanças de longo prazo. São aquelas em que existe um Gandhi, um Mão Tse Tung, um Gorbachev para conduzir.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

941-"O Destino Existe?"


Estamos caminhando?

Talvez a gente possa compreender com a mente liberta pelo nosso poder de livre-arbítrio ou livre discernimento, que é coerente acreditar numa Causa para tudo que existe. Mas não significa acreditar que tudo iniciou como está agora. Nem se pode acreditar que para tudo existe a mão de Deus fazendo e acontecendo aqui e agora, apertando este e não aquele botão.
Uma coisa é querer saber o que houve com os dinossauros. Outra coisa é saber por que explodimos bombas atômicas. Não foram os homens que provocaram a extinção dos dinossauros. E não foi o gatilho de Deus que explodiu as bombas de Hiroshima e Nagasaki. Quanta coisa é parte das acomodações da natureza evolutiva e quanta coisa nós, humanos, escolhemos como resultados. O legislador ou projetista do Cosmos traçou as regras, fez as plantas e deu partida. Dentro das regras e das plantas o plano se realiza com um destino desejado, ao que tudo indica. Fora das regras os contraventores são chamados a responder por suas escolhas.
O que nunca podemos supor é que basta obedecer aos Dez Mandamentos para sermos escolhidos para uma eternidade de prêmio. As religiões modernas conseguem visualizar quatro fases para a evolução humana, válidas para o indivíduo isolado tanto quanto válidas para a humanidade global: (1) a infância, é a fase em que criança necessita ser amamentada, vestida, banhada, tratada, carregada no colo, conduzida ao atravessar a rua – esta é a fase em que podemos aceitar o Adão dependente do Pai, no Éden; (2) a adolescência, fase em que surgem vontades e rebeldias, que é quando têm início as proibições por parte dos pais e educadores – esta é a fase dos Dez Mandamentos, nos quais quase todas as leis começam com a palavra NÃO; (3) a juventude, fase em que tem início a produtividade, o desejo de acontecer, meter a cara, ir em frente – esta é a fase em que a sabedoria velha é contestada, os jovens entram em crise, são desestabilizados, revoltam-se, partem para as drogas e que nós podemos também entender como a fase da cisão entre ciência e religião, no Ocidente (século XV); (4) a maturidade, em que o discernimento permite uma escolha madura – esta é a fase que se abriu com as revolucionárias filosofias do século XIX e se intensifica no terceiro milênio da Era Cristã. Há uma quinta fase a começar com a Era de Aquário, mas não queremos adivinhar; é preciso esperar que ela venha, se possível jogando por terra muita coisa fundamentada do passado.
Este caminhar já tem milhares de léguas, devagar é bem verdade, mas estamos andando. Não estamos?

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

940-"O Destino Existe?"


Escolhemos nosso destino?

Pois é, leitores. A resposta mais coerente é: “escolhemos o nosso destino”. É o mais provável. Temos de isentar Deus de haver previsto catástrofes específicas para uns e não para outros, mas temos de fazer isso com profundo critério. O terremoto do Chile foi ou não uma providência divina? Respondem aqueles para os quais a “mão de Deus” tudo faz: as pessoas atingidas eram pecadoras e Deus se vingou.
Que barbaridade! Que falta de ética achar vingança mandada por Deus contra pessoas de todas as idades, criancinhas de tenra idade, padres, pastores, bispos...
Os evolucionistas responderão que o planeta continua girando em sua órbita em obediência às leis naturais e a movimentação das placas tectônicas são conseqüências de ajustes nesta órbita, do mesmo modo como é esperada a morte do nosso Sol para daqui alguns bilhões de anos; do mesmo modo que é provável o acidente fatal do motorista embriagado que dirige a contramão, sem nenhuma intervenção de Deus.
Estar morando sobre a região chilena aonde aconteceu o cismo, é outra história que abre outra discussão e muitas visões sobre o caso dos chilenos. Sempre isentando Deus de haver preferido a uns e preterido a outros.
Aproveito para contestar a grosseira mentira judaica de que Deus os tenha escolhido como povo eleito. Ninguém é especial. Todos são eleitos.
Um ladrão pode roubar, enriquecer e ter uma vida excelente até morrer em elevada idade. Um homem honesto e trabalhador pode levar a vida na retidão e não ganhar o suficiente e até passar necessidades e morrer muito pobre ou até de fome ou frio. Novamente temos de isentar Deus pelo destino de uns e de outros.
Uma criança pode nascer enferma ou deficiente e pode viver muitos anos, enquanto outra com saúde com morrer em tenra idade. Outra criança pode nascer em berço de ouro no mesmo instante em que outra é jogada no lixo.
O inocente apodrece na prisão por algo que não cometeu. O culpado paga bons advogados e consegue livrar-se da pena. É preciso isentar Deus desses episódios.
Assim, começamos a entender de modo diferente, ainda que para alguns estejam vivas as hipóteses de azar, sorte, prêmio, castigo, etc.
Observemos os contrastes da vida humana sem precisar prolongar muito em exemplos deste tipo.
Devemos crer em Deus e na Sua Justiça? Como Ele opera a Sua justiça? Através destes contrastes? Um ladrão saudável e uma criança indefesa enferma e, às vezes, até abusada sexualmente? É assim que temos de entender a onipresente intervenção de Deus na vida como um todo?
Mesmo sem conhecer a sua resposta dá pra perguntar, com todo o respeito: Deus assiste a tudo isso e fica apenas de "camarote"?
Esse é o destino que Jesus veio consertar e pelo qual ele entregou-se na cruz?
Nós não podemos escolher nada, está tudo engessado?
Enquanto você vai pensando sobre as respostas, nós prometemos voltar no próximo capítulo encaminhando discernimentos.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

939-"O Destino Existe?"


E então, existe destino?

Iremos encontrar em outras parcelas da humanidade entendimentos que divergem da Criação estática, definida, inalterada. São os evolucionistas. Mas entre esses também estão os que retiram a participação de um criador, preferindo entregar tudo a uma espécie de acaso. A posição dos chamados agnósticos, é simplista, tenta evitar de entender que haja uma inteligência a montante do princípio de tudo, mas, no fundo, tudo mais é consentâneo: iniciamos de um modo simples, rudimentar e ao longo de bilhões de anos terrestres fomos refinando, evoluindo, ganhando complexidade, como são os avanços científicos e tecnológicos com ou sem o beneplácito de um Deus. Então, o progresso, as artes, a filosofia, as ciências, os inventos, as construções, as explorações todas que compõem o mundo mais recente dos homens, deve e pode pertencer à criatividade humana, e não conta com o poderoso dedo de Deus, não, ao menos, daquele modo que entendem alguns. Aqui o criacionismo começa a perder consistência. E os agnósticos também.
Nesta parcela humana que opta por acreditar na evolução estão aqueles que não negam a existência de um projeto, composto por muitas leis, mas afastam a ingerência onipresente do projetista/legislador. Deus não estaria de binóculo à mão olhando tudo e aplicando multas aos contraventores.
Aqui nasce a crença no livre-arbítrio, inclusive para explicar a expulsão do Éden, se é que aquilo possa ser aceito além da lenda: a partir do momento em que Adão adquiriu consciência de si e inteligência para operar na natureza, perdeu a tutela, deixou de ser protegido, alimentado, orientado, dirigido por Deus. Ganhou liberdade de escolha, isto é, livre arbítrio para operar dentro de um arcabouço de leis naturais.
Agora já dá para começar a responder: destino universal pautado por alguma lei maior cósmica, sim. Destino para uma pessoa, uma família, uma cidade, é improvável, praticamente descartável, como se verá nos argumentos posteriores.

domingo, 9 de dezembro de 2012

938-"O Destino Existe?"


Existe destino?

É bom não dizer SIM pelo SIM, tão pouco dizer NÃO pelo NÃO. E nem o caminho do meio interessa, uma vez que são muitas as nuances sobre a questão, do mesmo modo que existem os credos consolidados. Interessa apenas deixar fluir uma discussão parecida com monólogo, mas o leitor terá diversos ângulos de vista para descobrir o que será uma resposta mais coerente sobre a existência ou não do destino.
Depende do tipo de destino que se esteja falando, ele existe, sim.
O problema é que as pessoas procuram simplificar tudo, engessar tudo, entregar tudo pra Deus e aí o conceito de destino é totalmente outro.
Per4igoso é acreditar que o destino cuidará de tudo enquanto um de nós vai descansar à sombra esperando pela mão invisível salvadora.
Precisamos estar abertos à uma compreensão maior. Existe uma Lei Universal de Causa e Efeito. A mesma aquela que, no Pai Nosso, diz “perdoai as nossas dívidas assim como nós perdoamos aos nossos devedores”. A mesma aquela que no Evangelho de Jesus diz “bem-aventurados os que sofrem porque eles serão consolados”. Tudo isso é Lei de Causa e Efeito.
Qualquer ciência humana pode constatar sua veracidade e até comprová-la com muita precisão. Toda ação tem uma conseqüência a seu tempo. Por que uma pessoa ou um grupo humano estaria de fora dos ditames desta lei?
É polêmico, mas quanta coisa mais também é polêmica! Estamos nos referindo a uma boa parcela da humanidade, cuja cultura religiosa manda acreditar nos escritos da Gênese Bíblica, onde o autor ou organizador (que se disse ser Moisés), utilizando-se de fontes diversas e por vezes antagônicas, faz uma narrativa de como a tradição judaica deveria entender as origens do mundo. Não se trata de um verdadeiro livro de história (ao menos não no sentido em que entendemos hoje história), nem tão pouco um manual de história natural com a finalidade de expor as origens do mundo e da humanidade. Mas, apesar disso, o que ali está dito, para muita gente, é lei. Essa é a parcela religiosa criacionista, crente de que o mundo foi criado há alguns milênios antes de Cristo e ficou assim desde então, sem evolução. Até o conhecimento humano parou lá há 7 mil anos.
A Teoria da Evolução das Espécies, levantada por Charles Darwin, o Big Bang e as grandes descobertas científicas, por conta da Lei Judaica são abominadas. Esta é a parcela total ou parcial que entende tudo estático, definido, inalterado. A vontade de Deus se torna inalterável para tudo e nada mais pode ser feito. Aqui cabe o destino, inexorável, escrito nas estrelas como alguns entendem. Mas, há outros pontos de vista, como virá adiante.

sábado, 8 de dezembro de 2012

937-"O Destino Existe?"


Sorte, azar, prêmio, castigo, graça, desgraça

E agora, José?
Sei lá, entende?
José é muito citado quando algo se torna inexplicável. Mas, nada mal com José. José é um cara de sorte, para ele não tem crise, tudo acaba sempre bem. Quando falta dinheiro, ele acerta no bicho, na sena, na rifa. O filho dele passou no vestibular da Universidade Pública, em breve estará formado sem precisar pagar pelo curso. A mulher dele passou no concurso da Receita Federal e ele acaba de ganhar aquela concorrência para recuperar carros batidos de uma grande seguradora; é uma mina de dinheiro vendendo peças usadas de câmbio, motor, roda e muito mais.
E o Pedro? Agora é que são eles. O Pedro, não é bem assim. Com ele, não deu certo, nasceu pra sofrer. Nada dá pra ele. Você acredita que ele vinha jogando a sena, sempre com os mesmos números e um dia desses acertou a sena mas, veja que azar, ele tinha esquecido de renovar a aposta. Cara, ele perdeu 23 milhões de reais, coitado. A mulher dele não sai do hospital; o filho não arranja emprego. É uma barra! Vou te contar!!!
E a Mariazinha? Aquela é louca de sortuda. Dá pra acreditar que ela arranjou um namoro pela internet e o cara veio conhecê-la. Se apaixonou,  vão casar. Mas, o mais inusitado, é o que o cara é podre de rico. Nunca vi coisa igual...
E o Lucas, bem o Lucas não deveria ter nascido. Aliás, é ele quem diz isso. Todo o seu azar ele diz ser culpa dos pais e cobra muito pelo fato de haver nascido deles. Ele se diz cansado da vida, sem ânimo, revoltado, disposto a beber pra esquecer suas mágoas. O que se há de fazer??!!
E a Lurdinha? É assim mesmo que se escreve o nome dela. A Lúde, como também é conhecida no bairro, acorda cedo pra ouvir o horóscopo ali naquela rádio AM na voz daquele locutor que dramatiza. Mas, o maior gosto dela é “ver a sorte” na cartomante. Ela paga cinquentinha pra cartomante botar as cartas. Num exercício de refinamento da “arte” ir buscando um gancho atrás do outro ela diz descobrir namorado rico, pretendente bonito, emprego bom, enfim, adivinhar o futuro. Pode?
Pois é, pode.
Nós iniciamos uma série com a pretensão de esmiuçar estes assuntos de sorte, azar, prêmio, castigo, graça, desgraça, sortilégio...
...e se você estiver interessado vem conosco. A cada novo boletim, vai ter algo aqui pra você ler e refletir e tentar descobrir se essas coisas são mesmo escritas nas estrelas.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

936-Iniciar-se para o Discernimento



Enfim, o discernimento

Não é bem o discernimento em si, é discernir por aquilo que interessa.
Não deve ser tão difícil assim você decidir tirar um dia inteiro só para si, sem telefone, sem televisão, sem carro, e de preferência num local deserto, quieto, natural. Leve apenas uma pranchetinha e uma caneta ou lápis. Comece por me concentrar-se nas coisas que lhe acontecem, na vida que leva, nas pessoas que tem e lhe têm. Avalie de como andam estas relações e o que poderia ser melhorado. Anote. Anote também o que quer delas, porque isso será discutido de maneira educada e fraterna nos próximos dias. Anote aquilo que, no seu modo de ver, cabe a você fazer para melhorar estas relações e depois, na fase da discussão, essas tarefas precisam novamente ser ajustadas e anotadas
Com relação ao futuro pergunte-se: o que mais quero? Anote tudo, sem esquecer nada, vôo livre da mente.
Fique por muito tempo anelando as coisas que anotou, como se estivesse namorando-as.
Em seguida pergunte ao Universo: quanto disso pode ser verdade?
Largue a pranchetinha, sente-se ou deite-se confortavelmente, feche os olhos, faça uma oração fervorosa e relaxe na esperança de que o Universo sinalize o que desta lista será verdade.
Ao recobrar o comando mental deste seu retiro, terás as respostas e pronto. Vá pra vida buscar o que escolheu para você.
Não serás um tipo mendigo que fica diante dos santos guias e pedir favores. Vá à luta e chame-os para pra ajudarem. O trabalho é seu. A torcida e deles.
Sua nova oração, todas as manhãs:
EU .... (fulano(a) de tal) ...
ASSUMO COMIGO, / COM MINHA ALMA / E COM DEUS, /
O COMPROMISSO DE LUTAR / COM MUITA VONTADE, / EM BUSCA DO MEU SONHO REAL DE VIVER. ESTOU EM BUSCA DO QUE É BOM PRA MIM. /
USAREI DE TODAS AS MINHAS FORÇAS, / PEDIREI AJUDA DOS MEUS GUIAS E SANTOS, / LUTAREI BRAVAMENTE, / COM CORAGEM, / PODEROSAMENTE, / PARA ALCANÇAR / OS MEUS REAIS OBJETIVOS, / E PARA RECEBER / AS BÊNÇÃOS QUE ME ESTEJAM RESERVADAS. /
QUERO CALIBRAR A MINHA VONTADE / AOS DESÍGNIOS DA VIDA. / QUERO AQUILO QUE ME ESTEJA RESERVADO / SEGUNDO OS MÉRITOS / A QUE FAÇO JUS / E SEGUNDO AS BÊNÇÃOS QUE MEREÇO. /
BUSCO: (repetir aqui a relação dos objetivos)
BUSCO SAÚDE. / BUSCO ALEGRIA. / BUSCO PAZ. / BUSCO AMOR, / BUSCO VERDADE.
SE TUDO ISSO COUBER EM MINHA VIDA / PORQUE SEJA ISSO QUE MEREÇO, / SOU CANDIDATO A TUDO ISSO. /
SEJA-ME REVELADA / COM CLAREZA / A VONTADE DE DEUS, / PARA COMIGO / EM CONSONÂNCIA COM A MINHA VONTADE /.
APRESENTAR-ME-EI DIANTE DE DEUS / E DE JESUS / TODOS OS DIAS / EM QUALQUER CIRCUNSTÂNCIA / PARA CUMPRIR A MINHA MISSÃO / AQUI NO PLANETA.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

935-Iniciar-se para o Discernimento


O discernimento. Como chegar a ele? (II)

Então, agora... Silencio minha mente, relaxo meus músculos, torno serena minha respiração para estabelecer, neste instante, um contato muito especial. Vou conversar com minha alma. E através dela chegar muito perto de Deus.
Ao terminar esta jornada de aprendizado, que foi e que é a Iniciação, quero declarar-me novo como ser, novo como homem, nova como mulher.
Encerra-se uma fase, abre-se outra.
Descubro que eu não estou sozinho nesta vida. E nem abandonado.
Tenho um corpo, uma mente, um espírito e um anjo guardião.
Carrego trilhões de células, dezenas de órgãos, vasos, músculos, combinações, sinapses. Tenho sentidos que percebem através de terminais sensitivos.
Tenho membros que pegam e soltam, apalpam e caminham, dão, tateiam e deslizam. Tenho intuição e sensibilidade para perceber que sou um ser divino.
Tenho uma mente com grande capacidade, que com sabedoria readquirida a utilizarei convenientemente. Sou um espírito em trânsito pela matéria.
A razão de ser da minha vida está naquilo que amo. Está naquilo que levo exclusivamente como meu capital existencial.
Mas, antes de tudo, o maior amor que dedico é a mim mesmo. E antes de tudo, tudo que quero para mim é ser feliz.
Pertenço à Grande Obra de Deus e me dôo àqueles a quem amo em profundidade.
Sou parte disso tudo como ser único, sem cópia.
Sou parte da imensidão do Universo que se mostra nas nuvens, nas águas e no arco-íris, nas estrelas, nas constelações e galáxias, para que eu descubra que não estou sozinho no Universo. Sou parte dele.
Sou parte das manhãs que me acolhem quando acordo e se estendem à minha frente num sorriso que percebo nas gotas do sereno, nos pingos das chuvas, no jorro das cachoeiras, no cantar dos pássaros.
A vida corre em minhas veias como rios que transportam e abrigam alimentos e vida por todos os recantos do meu território, do mesmo modo como os rios também correm pelas veias da Terra distribuindo vida.
Sou parte da vida que se estende à minha frente e se borda elegantemente nas espumas das ondas do mar e nos espelhos mágicos dos lagos e das lagoas.
Não é diferente quando os vegetais se oferecem como fibras, frutos, sementes e sucos que se transformam em alimentos meus.
E nem é diferente quando a natureza animal vem oferecer-me a própria vida como alimento para mim.
Sou parte da vida que floresce e me entrega a beleza com que desabrocha, inclusive em mim, os coloridos do mundo e das pessoas que enfeitam o todo.
A vida me entrega suas poções mágicas, seus remédios naturais e seus perfumes para que a minha existência seja um prêmio animado pela beleza, pela música, pelo canto, pelos demais prazeres.
A vida que também está em mim se agita nos ventos e nas brisas que sopram as velas das minhas viagens interiores e exteriores.
Ela me entrega beijos e carícias até mesmo naquelas horas em que não mereço afetos e beijos.
A vida me dá a Lua, espelho que vigia meus sonhos, reflexo que me alcança enquanto adormeço para acordar na materialização dos meus próprios sonhos.
Ela me dá o Sol, astro rei que preside a sinfonia do nosso sistema planetário e que ilumina e energiza as vidas todas que se desenvolvem sob seu calor e ao seu redor.
E a vida me dá as maravilhosas telas pintadas do entardecer.
E, para mim, que aqui estou neste momento, a vida me dá a energia e a coragem para renascer todos os dias.
Numa oração, eu me declaro vivo e a caminho da cura progressiva.
Liberto-me de todas as amarras que me prendiam aos quadrados surrados e repetidos como verdades veladas, promessas indefinidas, medos infundados...
Olho-me no espelho e percebo Deus agindo em mim, incentivando-me a crescer para Ele, mostrando-me os seus mapas.
Morreu o velho eu. Nasceu o novo nós. Estamos a caminho. Esperem-nos.
Apenas como conclusão destes conceitos: discernir é um ato de maestria, é mister de quem já vislumbra os desdobramentos posteriores e por conta dessa sabedoria poder adicionar componentes capazes de minimizar uma crise, ou por outra, dela extrair os máximos resultados.
Lembra do sábio que mandou seu ordenança empurrar a vaca do consulente precipício abaixo? É algo espantoso para uma mente viciada em linearidade. A vaca dava àquela família a única fonte de proteína, mas a família padecia longos meses sem proteína enquanto a vaca aguardava novo bezerro. A miséria era grande. O sábio matou a vaca e com ela matou o homem velho que não queria fazer outra coisa do que depender da vaca. No ano seguinte, o homem novo tinha horta, galinheiro e lavoura, que sentiu-se obrigado a buscá-los desde que acabou o círculo vicioso com a vaca.
Nós temos de ter coragem de matar o velho para que o novo possa nascer.