terça-feira, 18 de dezembro de 2012

946-"O Destino Existe?"


Viva a Liberdade

A matéria é composta por energia. O átomo não é a menor partícula. Existem outras partículas menores que o átomo. Ou seja, matéria é energia condensada. Tudo mais é energia e informação. Nós (corpos) viemos da terra e à terra voltaremos. Deus planejou um Universo maravilhoso e fez seus filhos à sua semelhança. E não o abandonou à deriva de sua própria sorte, mas também não segura pela mão a cada nova travessia. Ele produziu muitas Leis, que por levarem este nome soam mal em nossos "culposos" ouvidos. Mas, é por estas Leis que podemos nos sentir livres e protegidos de quaisquer injustiças. Queremos experimentar o mal? Façamos o mal. Queremos experimentar o bem? Façamos o bem.
Mas, se experimentamos hoje o bem e nos cair o mal? Compreendamos. Purifique os seus genes com bons pensamentos. Por opção, pela liberdade arbitrária, de decisão, faça isso. Segure o timão de sua vida, de seus passos, de suas ações. Navegue contra a correnteza das "Marias vão com as outras".
Seu presente está negativo? Assim mesmo faça o melhor, o impossível, o inimaginável, o surpreendente, inove, crie, invente e estará, com toda a liberdade que o Pai lhe deu, criando o seu próprio Destino.
Existe Destino? Sim, aquele que nós construímos. Pode ser mudado a qualquer hora. Acredite.

Sorte, azar, prêmio, castigo, graça, desgraça

Começamos esta série destacando as palavras acima, muito em voga. O Evangelho de Mateus VI 4, 6 e 10, diz “Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Bem-aventurados os que sofrem perseguição pela justiça, porque o Reino dos Céus é para eles”. Nada mais que a Lei de Causa e Efeito. Tudo tem volta.
Por conta de alguns axiomas de que viver é sofrer, morrer é gozar, temos milhões de crentes perfeitamente conformados em andar pelo acre da vida à espera do prêmio. Mas, não é só. Também há os que se sentem premiados e nem mesmo podem explicar por que a vida lhes dá mais do que esperam. E há os que se sentem vítimas do azar: querem mais e têm menos.
Interpretar Deus a partir dos pontos de vista dos castigos e dos prêmios, sob a orientação de que Deus é bondoso, justo, porém muito severo, cruel e vingativo, é tarefa para os analistas dos evangelhos e eles enchem a cabeça de todos nós, cada um com uma versão diferente do mesmo versículo bíblico.
O erro vem do entendimento de que Adão e Eva foram expulsos por desobediência e agora têm de pagar a pena para serem reconhecidos dignos de voltar. Foi por isso, segundo ensinam alguns, que Jesus, inocente, morreu na cruz e agora nós somos devedores de mais essa culpa.
Pelo sim, pelo não, a cultura repassa que o prêmio eterno é o céu e que o castigo eterno é o inferno.
Esse Deus irado, exigente, cruel, não é o mesmo ensinado por Jesus, mas as religiões preferem assim para selar a fidelidade aos seus programas arrecadatórios.
Quem produziu os espíritos imperfeitos e ofereceu-lhes a oportunidade de caminharem no rumo da perfeição, não deve ter um só interesse em perder sua criação em definitivo e não mandaria um só dos seus filhos para arder na fogueira do inferno, porque o inferno, como tal não existe e o diabo é um fantasma usado para amedrontar crianças ingênuas.
O Espírito é membro do todo divino. Uma coisa é o bônus ou prêmio de vir ao corpo para ficar acima ou abaixo da linha da vida, ter humildade para aprender, treinar, experimentar, testar, aprender com os erros, acertar, crescer, persistir, determinar-se, usar da prudência e chegar a um resultado, que pode não ser o pódio. Outra coisa é desistir, acomodar-se, acovardar-se, revoltar-se, estragar tudo e chegar a um resultado que pode ser péssimo. Outra coisa completamente diferente é perceber o descaminho, arrepender-se, consertar tudo, assumindo todos os ônus até que tudo fique reparado e a evolução possa, enfim, ter início.
As técnicas das religiões são distintas. Umas preparam o homem para Deus, assumindo toda a tarefa pastoral, a ponto de determinar coisas pontuais na vida diária dos fiéis. Outras apresentam Deus aos homens e, ao lhes ensinar o que a vida espera de nós, dão-nos a liberdade de como se aproximar dEle.
Nessa linha iremos encontrar o Espiritismo, além de outras. Não são uma religião institucional, como outras, mas fazem o trabalho da religação sem outra regra que não seja a moral e o amor.
Todos os resultados de uma existência ou de milhares delas (não importa crer ou descrer na reencarnação), provêm de como agimos conosco e com os outros.
Como aceitar que Deus é bondade, justiça, equilíbrio, harmonia, energia do bem, se neste momento está acontecendo fome, frio, doença, dor e sofrimento nos lares de pessoas pobres e humildes, trabalhadoras e cumpridoras de seus deveres como Filhos desse Deus de bondade e justiça; se essas pessoas nasceram há algumas décadas e morrerão daqui a pouco, sem nenhuma outra chance de recuperar do que lhes acontece?
Como aceitar isso, se neste mesmo instante, na mansão do corrupto, sonegador, ladrão e assassino, nada falta, nem alegria, nem saúde, tudo sobra, tudo é abundância e ele também nasceu há algumas décadas e irá morrer sem poder reviver tudo e reparar o que fez?
Sim, é dito que aos primeiros será dado o céu e aos segundos o inferno. Que justiça é essa? Que equilíbrio é este? Que bondade é esta? Como entender isso se numa única existência esse Deus dá tudo a uns e tira tudo de outros?
Agarrados em tais argumentos e em tais reflexões, vamos encontrar os revoltados, os irados, aqueles que acreditam poder fazer Justiça com as próprias mãos.
Em algumas ocasiões, os revoltados, convencidos da razão, dizem até agir em nome da Justiça Divina.
Vejam o abismo que existe entre partir para a vingança em nome da Justiça de Deus (como é o caso dos radicais islâmicos) e entre o discurso da maioria das religiões, que pede calma, resignação, paciência, fé e a entrega dos problemas nas mãos Deus.
 “Não, irmão, o espiritismo não fica esperando pela ação benevolente ou irada de Deus, ensina seus adeptos a melhorarem a si mesmos para merecer serem felizes. Essa parece ser a vontade de Deus!!!”
O que nós estávamos fazendo a mil anos passados? Vamos recuar um pouquinho mais: vamos a 10 mil anos. Vamos a 5 mil anos. Quantas vezes nós já viemos ao corpo para acertar nossos destinos? 100 vezes? 1.000 vezes? Quantas vezes ainda voltaremos?
Fomos uns cordeirinhos, cheio de amor pra dar, ou estivemos naqueles grupos de extermínio, naquelas guerras sanguinárias, matando mulheres, crianças, confiscando terras, incendiando aldeias?
Podemos dizer, com certeza, que agora somos uns cordeirinhos cheios de amor pra dar, sentados no auditório de templo, prontinhos pra receber diplomas como anjos de bondade?
As peripécias, os sofrimentos, os reveses humanos, segundo se estuda, têm só uma causa: os saldos de nossa história, recente ou antiga, balanços anteriores, incluídos entre a moratória de nossas dívidas, ou créditos.
Colhemos imediatamente aquilo que plantamos recentemente.
Assumimos em precatórios de longo prazo, aquilo que devemos de longo prazo. 
Como vimos, os resultados que colhemos na vida, têm sua causa na vida presente; e passam de uma a outra vida como nossos saldos. Causa e Efeito.
Assim é mais fácil de entender o por quê da diferença entre sofrer e gozar.
Assim é mais fácil entender por que são “bem-aventurados os que choram, os que têm fome e sede de justiça, os que sofrem perseguição pela justiça”. Eles serão recuperados e, não por piedade de Deus, mas porque passarão a merecer o que lhes toca por conquista.

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