segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

939-"O Destino Existe?"


E então, existe destino?

Iremos encontrar em outras parcelas da humanidade entendimentos que divergem da Criação estática, definida, inalterada. São os evolucionistas. Mas entre esses também estão os que retiram a participação de um criador, preferindo entregar tudo a uma espécie de acaso. A posição dos chamados agnósticos, é simplista, tenta evitar de entender que haja uma inteligência a montante do princípio de tudo, mas, no fundo, tudo mais é consentâneo: iniciamos de um modo simples, rudimentar e ao longo de bilhões de anos terrestres fomos refinando, evoluindo, ganhando complexidade, como são os avanços científicos e tecnológicos com ou sem o beneplácito de um Deus. Então, o progresso, as artes, a filosofia, as ciências, os inventos, as construções, as explorações todas que compõem o mundo mais recente dos homens, deve e pode pertencer à criatividade humana, e não conta com o poderoso dedo de Deus, não, ao menos, daquele modo que entendem alguns. Aqui o criacionismo começa a perder consistência. E os agnósticos também.
Nesta parcela humana que opta por acreditar na evolução estão aqueles que não negam a existência de um projeto, composto por muitas leis, mas afastam a ingerência onipresente do projetista/legislador. Deus não estaria de binóculo à mão olhando tudo e aplicando multas aos contraventores.
Aqui nasce a crença no livre-arbítrio, inclusive para explicar a expulsão do Éden, se é que aquilo possa ser aceito além da lenda: a partir do momento em que Adão adquiriu consciência de si e inteligência para operar na natureza, perdeu a tutela, deixou de ser protegido, alimentado, orientado, dirigido por Deus. Ganhou liberdade de escolha, isto é, livre arbítrio para operar dentro de um arcabouço de leis naturais.
Agora já dá para começar a responder: destino universal pautado por alguma lei maior cósmica, sim. Destino para uma pessoa, uma família, uma cidade, é improvável, praticamente descartável, como se verá nos argumentos posteriores.

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