segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

932-iniciar-se para o Discernimento


Como se comporta um Iniciado

Nós somos seres de luz, divinos por excelência, cuja vibração deve estar nivelada com aqueles com quem convivemos para que: (a) não nos transformemos em vampiros sugadores da energia alheia, uma energia que nem sabemos o que é e o que fazer com ela, e que, no geral, pode ser a causa principal de nossos desajustes, doenças, sofrimentos e, nem (b) não nos transformemos em doadores inconscientes da energia que nos faltará para o dia-a-dia.
Temos aí, então, dois tipos de “profanos”: aquele que bebe a energia dos outros e fica de porre, sem nunca sair da ressaca e aquele que se deixa beber e padece de anemia vital. Sofrem os dois, achando que se consolam mutuamente, uns sugando e outros deixando-se sugar deliberadamente ou não. Os dois precisam se tratar.
Quando usamos a expressão “profano” queremos que você entenda como coisa extra conhecimento espiritual, distante do sagrado, pois devemos entender por profano o que a palavra sempre definiu: aquilo que está por fora. O outro extremo, chamado de sagrado, vibra apenas o bem, a beleza e a verdade (essa é a proposta das coisas sagradas). A coisa profana é uma manifestação que pode ser tratada se houver um bom encaminhamento. As terapias sérias e comprometidas com a libertação das almas prisioneiras da ignorância, sabem cuidar disso.
A verdadeira cura passa por uma iniciação bem conduzida.
Nestes caminhares “profanos” não orientados, basta adicionar pensamentos impuros, bebida alcoólica, tabaco ou qualquer outra dependência química ou psíquica, como o jogo, a luxúria, a avareza, a vaidade, a gula e já estamos dentro dos identificáveis quadros obsessivos. Daí para a droga é meio passo. É aqui que se enquadra novamente o exemplo dado com o Apóstolo Paulo, que “morreu” como verdugo dos cristãos e “renasceu” como apóstolo cristão. Todo o iniciado que morre para o estado velho renasce para o estado novo. Embora possa causar espanto (por puro preconceito), ao vermos nele o velho que se renovou, na verdade, é o velho que morreu e já foi substituído. Este é o novo. E se o iniciado quiser e persistir, sempre será outro, pois o velho, de fato, morreu e vai morrer novamente sempre dermos um passo a mais na busca do mais novo. Ele renascerá novamente outras vezes sempre que o estágio velho se tornar ultrapassado. Isso tem nome: evolução. E aos nossos olhos ele tem de ser visto como o novo, apenas, sempre. Só é velho, inadequado, atravessado, aquele que não quer renovar-se e costuma teimar com a reapresentação da tese velha, surrada, ultrapassada. Há muitos casos de fundamentalismo, fanatismo, doença mental.
Ao morrer o velho, na verdade, ele não morre de per si, ele é matado. Durante o processo iniciático ele é sufocado, minguado, exaurido e acaba por entregar-se à morte durante o ritual de iniciação – nesse caso, há um ato extremo, uma passagem, um ritual, uma prova – que é quando, efetivamente, dá-se o nascimento do novo ser, ao menos em muitas instituições e linhas que conhecemos.
Feita a travessia, galgado o novo patamar, cabe ao iniciado, sempre, e mais ainda nos primeiros tempos de seu mister sagrado, cuidar-se extremamente para não recair. Oração, contemplação, meditação, higiene mental, alimentos adequados a uma dieta não sobrecarregada de impurezas para a sua naturalidade biológica, irão melhorando constantemente o quadro energético e fortalecendo as blindagens contra vampiros encarnados e desencarnados. Fazer o mesmo com os pensamentos.
Um iniciado tem de ser autônomo quanto a receber ou não receber imantação energética externa, isto é, ele só permitirá a interação com outras energias quando quiser. E assim fazendo, ele filtrará e só permitirá a interação em ambiente templário, com segurança mediúnica, em Casa Espírita, Igreja, santuário, junto à natureza ou coisa assim.
Outro ponto fundamental é o iniciado cuidar-se quanto à sua condição de ministro de qualquer sacerdócio. Num ponto, ele não deve vangloriar-se de sua posição, porque isso sempre será transitório. Cessada a necessidade de sua dedicação nesta tarefa, ele poderá ser retirado do processo, queira ou não queira sair dele. Virá nova tarefa, é certo. Outro ponto, ele não deve sentir inveja de outro iniciado que esteja em melhor posição. A posição ocupada por A nunca será de B. Quem determina não está entre nós encarnados, isso corre por fora da vontade puramente humana.
A inveja é prima irmã da traição e é a flor venenosa que mais abunda entre os pântanos das escolas iniciáticas do mundo. A inveja costuma disfarçar-se com toga do juiz. E disfarçada de juiz costuma erguer o dedo e distribuir sentenças forjadas apenas na conveniência de sua nebulosa vontade. O invejoso ou traidor jamais ocupará o posto de quem inveja ou trai. E nem perto dele chegará por absoluta falta de qualidade vibratória.
Devemos cultivar a sinceridade porque as flores mais belas do espírito germinam na substância da sinceridade e da humildade. Todas estas qualidades dar-nos-ão uma rica vida interior; assim preparamo-nos internamente para as grandes disciplinas que conduzirão nossa mente ao DISCERNIMENTO, onde flamejam as chamas abrasadoras do Universo, por outorga de Deus.
Capte bem, estas lições, prezado leitor. Isso será decisivo na sua caminhada como iniciado de Escola, qualquer escola. Isto é, depois de ter nascido para uma nova realidade, após um Ritual bem feito, por favor, não rasgue seu diploma; engrandeça-o anotando mais uma estrela, novas estrelas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário