sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

992-A Revolução de Jung em Busca do Espírito


b. Da teoria para a vivência

Depois da ruptura com Freud (que, como explicamos, era ateu), para Jung começou um período de confusão; dava-se conta de que não possuía um marco de referência teórica no qual apoiar-se, por isso assumiu uma atitude de tipo "vivencial". É isso mesmo. A novíssima disciplina para-médica chamada Psicologia, tinha nada em mãos para lidar com o Sagrado, ou Alma Humana, pois as ciências se proclamavam laicas, agnósticas, atéias e estavam longe de admitir a existência, por exemplo, do Espírito ou do próprio Deus.
Jung trabalhava com seus pacientes sem seguir regras preestabelecidas e tratava de ajudá-los a entender as imagens oníricas que estas lhe proporcionavam através da intuição e de seu próprio trabalho pessoal de introspecção. Muito tenuemente se percebe que aqui também se inclui a mediunidade. Jung sentia que podia obter ajuda da mitologia para acessar ao mundo do inconsciente, entretanto esta não lhe oferecia maiores respostas já que ele próprio ainda não tinha conseguido decifrar seu próprio mito.
Em um sonho de 1912, Jung entra em contato com imagens relacionadas com mortos e com a lenda alquímica de Hermes Trismegistro. Tenta dar significado ao sonho, mas se dá por vencido pensando que o melhor a fazer é "continuar vivendo aquilo", tratando de prestar atenção às fantasias e imagens que se apresentavam.
Outro sonho em que apareciam tumbas de mortos que voltavam para a vida à medida que Jung os observava, sugeria-lhe a existência de rostos arcaicos inconscientes que cobram vida através da psique; este conteúdo lhe serve posteriormente para formular sua teoria sobre os arquétipos e lhe dão noções de reencarnação.
Todo este material simbólico contribuído pelos sonhos, Jung não conseguia compreendê-lo nem vencer assim o estado de desorientação. Sentia uma grande opressão interna e chegou a pensar que sofria algum tipo de transtorno psíquico. Através de uma revisão dos acontecimentos concretos de sua vida tentou encontrar alguma explicação para a sua confusão, mas sendo este caminho também infrutífero, decidiu entregar-se por completo ao mundo do inconsciente.
O primeiro episódio que recordou foi um de sua infância quando estava acostumado construir casas e castelos (de brinquedo) com pedra e lama. Esta lembrança serviu de conector com sua parte mais genuína e criativa, por isso decidiu reviver esse momento retomando esta atividade de "construção". Começou a criar um sítio no qual colocou uma igreja, mas notou que resistia a colocar o altar. Um dia, caminhando perto do lago, encontrou uma pequena pedra piramidal de cor vermelha, e ao vê-la, compreendeu que devia tratar-se do altar. No momento que a colocou em seu sítio, voltou para sua mente a lembrança do falo subterrâneo que tinha sonhado (quando menino), e sentiu um grande alívio. Parecia que o inconsciente o estava guiando à compreensão daquelas coisas que no passado não tinham tido resposta.
À medida que realizava esta atividade de construção, sentia que seus pensamentos se esclareciam e que se encontrava no caminho adequado para descobrir seu próprio mito. Desde este momento, Jung afirma que ao longo de sua vida, nos momentos de escuridão, recorria à criatividade como uma porta de entrada aos pensamentos e idéias que queria desenvolver.

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