p.As
desordens psicológicas
Vimos
nos escritos anteriores que alguns remédios podem nos levar a pesadelos e
outras desordens psicológicas. Também podem ocorrer desordens psicológicas
quando nos fazemos vulneráveis ao lidar com a dimensão espiritual sem o devido
cuidado e abrimos rombos no compartimento da memória de longo prazo, separada
da memória de curto prazo por necessidade de equilíbrio racional ou quando, por
desvios morais chamamos para nossa companhia os chamados obsessores.
E o
pior é que existem muito poucos estudos a respeito.
Existem
trabalhos de regressão com os mais diferentes nomes que, quando mal conduzidos,
e geralmente o são, trazem profundos prejuízos para a nossa realização
espiritual. Conheço pessoas que levam anos para se recuperar de um mal sucedido
mergulho no campo da alma.
Mas,
estamos aqui, lidando com sonhos e espíritos.
Na
depressão clínica, por exemplo, tratada com pesados medicamentos, a fase REM do
sono é precoce, com aumento da proporção de REM na primeira metade da noite e
maior intensidade de MOR (outra sigla para designar o oposto de REM). Os sonhos
são curtos, direcionados ao passado, masoquistas, com temas repetitivos e sem
progressão. Alguns pacientes no pico da depressão incorporam ao sonho a causa
da depressão. E isso escapa ao controle do psiquiatra. O sonho no período
depressivo não apresenta redução da afetividade, mas aumento da negatividade
dos sentimentos. Essas questões têm levantado a hipótese de que os
antidepressivos têm efeito positivo no tratamento porque reduzem o REM. Em
pessoas na terceira idade que apresentem redução súbita de sonhos deve-se
investigar depressão. Quando sai da depressão aumenta a quantidade de sonhos, o
que pode servir como parâmetro de avaliação do tratamento.
Importa
saber que precisamos sonhar e até os pesadelos são bem-vindos, ao menos como
indicativos de que a dimensão espiritual precisa de cuidados. Mas os cuidados
têm de ser para solucionar e não para agravar, como ocorre na maioria das
investigações de nosso passado remoto.
As
pessoas querem ir ao encontro de vidas passadas por simples curiosidade, a
mesma leviandade que as põe diante da cartomante. Quero saber se o Fred me ama!
Pergunta pra ele, não pra cartomante.
O
QUE SÃO OS SONHOS
Os
sonhos são resultados da liberdade do Espírito durante o sono, como já viemos
tratando disso em vários capítulos anteriores, podendo serem:
• Compostos
de desejos, quando visões e sentimentos se formam de maneira independente
dos objetos exteriores, pois os sentidos exteriores estão inativos.
• Prazerosos,
quando as imagens em que nos comprazemos nos sonhos agradáveis são retiradas da
memória como essência de nossos próprios desejos, contemplando as situações que
desejamos concretizar. Para isso, o espírito mobiliza recursos do núcleo da
visão superior, no diencéfalo.
• Induzidos,
por influência dos desencarnados que nos atraem para quadros que retiram de nós
mesmos, de acordo com os seus interesses em nos influenciar.
• Resultado de nossos excessos,
conseqüência da agressão às vísceras, do remorso, etc., cujos reflexos
absorvemos das lembranças.
• Memorial, como recordação dos lugares
e pessoas que o Espírito visitou ou viu neste estado, onde se sucedem imagens e
quadros, ouvimos vozes e conversamos com outras pessoas encarnadas ou não, das
quais podemos receber avisos e orientações; o Espírito se desloca, assiste a
muitas cenas, coerentes ou não, sem a intervenção dos sentidos materiais.
Em
certos casos, a visão psíquica durante o sono caracteriza-se por nitidez e
exatidão idênticas às da percepção física, durante a vigília.
• Canalizados, frutos de contatos
preliminares ao trabalho mediúnico, iniciado no mundo espiritual. Às vezes podem estar relacionados com alguém
da família.
De
modo geral os sonhos são verdadeiros desdobramentos, trazendo informações
valiosas que são utilizadas nas reuniões mediúnicas.
IMPORTÂNCIA
DO SONHO
Assim
como o sono, o sonho é uma preparação para a morte. Os Espíritos que tiveram
sonos inteligentes e, quando dormem, vão para junto dos seres que lhes são
superiores, com quem viajam, conversam, trabalham e se instruem, ao
desencarnarem logo se desligam da matéria. Estes são os Espíritos elevados. A maioria
dos homens que, ao morrerem passam por um período de perturbação, durante o
sono vão ou a mundos inferiores à Terra ou em busca de gozos de baixo valor. E,
geral, julga-se a liberdade do Espírito pelos sonhos.
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