sábado, 9 de fevereiro de 2013

979-Encontro com o Espírito em Sonho


k. Não estamos de férias

Ainda que muita gente se imagine de férias em sua existência corporal, no planeta, e por isso tente levar a vida irreverentemente, toda a logística da vida sinaliza para os propósitos: nada acontece ao acaso. O nosso nascimento não foi um acaso. O desafio ao ser mais inteligente da criação, é descobrir o propósito de cada coisa, principalmente o seu próprio propósito.
Como saber a que viemos? Não é uma tarefa fácil. Mas, também não é impossível. Existem três meios:
(1) Através dos sonhos sonhados de olhos abertos. Eles não nascem do nada. Lá no fundo da alma eles querem dizer algo. Tê-los e sentir que eles são um imã a chamar para um rumo, para um desafio, tal qual uma bússola, é o indicativo de que somos parte de um plano, temos um plano, como todos têm.
(2) Através dos recados enviados pelos sonhos sonhados de olhos fechados. Ter com os sonhos uma certa promiscuidade, um elevado grau de responsabilidade, interatividade, capacidade de anotá-los, investigar as suas circunstâncias, prestar atenção na sua coerência... O resultado poderá indicar mais do que assuntos para conversas matinais com nossos familiares. “Bárbaro! Tive um sonho legal esta noite!”
(3) Através do desenvolvimento de uma cultura de oração e meditação, contemplação e elevada percepção capazes de abrir canais de diálogo eficaz entre a mente corpórea e a mente espiritual. (Sobre este item 3, ainda voltaremos a aprender).

l.Quando somos melhores e mais felizes?

O que seria a frustração e o que seria a realização? E o sucesso? E a felicidade?
A frustração, o desgosto, a depressão e mesmo as fugas pelos desvios dos vícios e até mesmo o suicídio, são conseqüências do fato de não ter sonhos, de não saber qual é o sonho ou da triste realidade dos sonhos desfeitos e da incapacidade de substituir um sonho por outro.
A realização nada mais é do que a concretização de um conjunto de planos ou idéias. Que plano ou que idéia teria motivado nosso espírito a encarnar? Talvez não seja preciso isso (preto no branco) para admitir que o caminho está correto. Talvez o sentimento de entusiasmo naquilo que fazemos seja a resposta.
A felicidade, bem, a felicidade tem a ver com fazer o que se gosta e se crê, estar com quem se gosta e respeita, principalmente, e isso nos remete para a realização dos sonhos, sonhos de olhos abertos e sonhos de olhos fechados que, no fundo, são sempre a mesma coisa. Estes são os aspectos em que o imã e os recados recebidos em sonho chamam para o mesmo rumo ou destino.
E o mais espantoso, segundo a pesquisa de um americano autor do livro "A Descoberta do Fluxo" é que a felicidade, que as pessoas tanto perseguem sem conhecer sua essência, na verdade, não é apenas a meta buscada, mas a meta que se nos apresenta como desafio. Fazemos aquilo que gostamos e/ou acreditamos, mas que, longe de uma rotina, nos incita. Isso é tudo.
Não devemos confundir felicidade com prazer. Há um professor que diz que quanto mais necessitamos de prazer, é porque menos satisfações temos com aquilo que fazemos ou temos. Quanto mais satisfeitos estamos, menos necessitamos do prazer fora do trabalho e do lar.
Bem, voltando ao americano da “Descoberta do Fluxo”: ele criou um sistema de medição da satisfação avaliando as sensações de bem-estar das pessoas em vários momentos do dia, escolhidos aleatoriamente. A impressionante descoberta é que as pessoas vivem três vezes mais satisfeitas e sentem-se melhor nos seus ambientes de trabalho do que em seus momentos de lazer (leia-se prazer). Você pode compreender o que isso significa?
Ele foi mais adiante e descobriu ainda que esses momentos de FLUXO, conforme ele denomina, é o tempo que permanecemos nesse estado de prêmio, êxtase ou satisfação, que acontece quando temos desafios de graus elevados, compensados por grande habilidade ao vencê-los. Caso tenhamos um desafio muito grande e pouca habilidade, isso gera ansiedade. Caso tenhamos pouco desafio e muita habilidade, isso gera tédio. Caso sejamos especialistas ou excelentes em algo e enfrentamos grandes desafios, isso gera os momentos de FLUXO: períodos de grande satisfação. E diz que a satisfação proveniente da habilidade de enfrentar e vencer desafios é muito mais duradoura que os momentos passageiros de prazer, que as pessoas têm quando estão descansando.
As conseqüências lógicas do que foi exposto são que os problemas de nossa vida são responsáveis não somente pelo nosso aprendizado, mas também pela nossa sensação de satisfação.
O nó terá sido dado quando entendemos o problema como prenúncio de derrota. Indo um pouco além, segundo um outro autor americano chamado Paul Stoltz, sabe-se (naquele país) que apenas 25% dos indivíduos vindos das classes A e B chegarão a grandes e importantes posições por mérito próprio. Os outros 75% provêm de classes sociais menos favorecidas, pois desde cedo são expostos a grandes desafios e reúnem uma das maiores competências requisitadas atualmente nas empresas, que é a capacidade de superar obstáculos, também mensurável, segundo Stoltz, e chamada de Quociente de Adversidade. A boa notícia é que o Q.A. assim como o Q.E. (Quociente Emocional) podem ser desenvolvidos. E para onde retornamos? Para a educação. Não é a alma que derrota as pessoas. É a educação das pessoas que derrota suas almas.
Parece que agora já podemos falar da infelicidade. O infeliz é aquele que ainda não achou a coisa certa para fazer ou a pessoa certa para amar. Se desistir de encontrá-los, terá de assumir que suas escolhas foram essas e conformar-se. Ou lutar, e provar que é merecedor de algo melhor.

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