domingo, 3 de junho de 2012

Mestres de Luz (XIII)


106. Reencarnações de Allan Kardec (III)

KARDEC E NAPOLEÃO: Contam as tradições do mundo espiritual que, na madrugada de 1º de janeiro de 1800, ao se apagarem as luzes do século XVIII, foi reunida na psicosfera próxima a Terra uma imensa assembléia para traçar os destinos da humanidade. Aquela reunião havia sido programada há mais de 300 anos e deveria definir os roteiros dos séculos XIX e XX, inaugurando uma Era nova para a Humanidade. Os narradores desse evento asseveram que, naquele momento especial, faziam-se presentes delegações de Espíritos que habitaram as mais diferentes nações da Terra desde as entidades venerandas que precederam a história dos tempos contemporâneos, independente de suas crenças religiosas; todos trabalhando para auxiliar a Lei da Evolução.
Foram eles: Krishna, Lao-Tsé, Confúcio, Hermes. Como aqueles que viveram na área ocidental, preparando o campo para o pensamento filosófico: Sócrates, Platão, Aristóteles. E outras personalidades que se encarregaram de examinar a realidade da matéria, como: Leucipo, Lucrécio, Demócrito. E a seguir, entidades que precederam o momento grandioso da chegada de Jesus: Salústio, Tito Lívio, Mecenas, Otávio, Ovídio. E aqueles que participaram da revolução do pensamento cristão, entre os séculos II e IV: Agostinho, Tertuliano, Orígenes - que constituíram a ideologia do Cristianismo, à luz do platonismo. E a seguir, entidades venerandas que espocaram as luzes da fé em plena noite medieval, até o momento em que se alargaram os horizontes do planeta com as conquistas náuticas, com as conquistas da cultura, com as conquistas das artes: Michelângelo, Cabral, Cristovão Colombo, Henrique de Sagres, Totticelli.
E aqueles que estabeleceram as bases de uma renovação ideológica, através da Renascença, na Poesia, na Música, como Dante e outros - até os grandes pensadores do século XVIII: Voltaire, Montesquieu, Diderot. Todos eles ali estavam representando a cultura, a beleza, a arte, a sabedoria, quando a noite esplendorosa coruscante de estrelas parece cindir, e entidades respeitáveis descem na direção da assembléia, acompanhadas por um coral de vozes que exaltam a Era nova. Está à frente, a personalidade de Júlio César, o conquistador da África, aquele que reduziu o mundo a um departamento do Império Romano. O semblante de César, no entanto, está alterado. Ele agora traz a mente velada por um certo torpor, ostenta a coroa de louros e o manto de púrpura que foi usado por Carlos Magno, quando recebeu das mãos do papa a coroa de governador da Europa.
Logo depois dele, a figura luminífera de Jan Huss (João Ganso), que tem o semblante iluminado pela perspectiva de uma grande conquista. Ambos descem ao cenáculo abençoado, e em meio a um silêncio profundo, ouve-se uma voz que diz, suave e grandiosamente:
― César, deleguei-te a tarefa de preparar a Terra para o Cristianismo; convidei-te a abrir os horizontes de Roma para a minha chegada; estabeleci as diretrizes dos grandes conquistadores, para que um só idioma se espalhasse pelo mundo - desde a hora de Alexandre Magno, quando preparou o Mediterrâneo, através da língua grega, e tu preparaste os horizontes da Terra, através do latim. Mas, malograste dolorosamente, mergulhaste no prazer sanguissedento de destruição, e o punhal de Brutus arrebatou-te o corpo no momento em que te dirigias ao senado para rogares mais prepotência e mais poder. Hoje, eu te coloquei na indumentária de Napoleão Bonaparte, para que reúnas os estados europeus sob o estandarte da paz, a fim de que o meu mensageiro leve à Terra a mensagem que eu tenho embutido nos corações dos homens, e que os sentimentos vis entorpeceram erigindo as manifestações da teocracia, do absolutismo, do abuso. Eu sei que o mergulho na carne envolve a mente em sombras, mas a ti compete a tarefa de preparar a Terra para ele, o enviado do paracleto, o missionário da Terceira Revelação.
Nesse momento, Jan Huss, que foram queimado no século XV, acerca-se de César (já anunciado como Napoleão Bonaparte) e curva-se, reverente. A voz transcendental prossegue dizendo:
— Eis aquele que levará o símbolo da fraternidade, abrirá os caminhos por onde percorrerão as naves da Ciência, e nos seus passos estarão as Artes e a Literatura. Ele será o embaixador da Religião do Amor, que tem por base a Caridade e se fará acolitar por outros mensageiros de minha confiança, para preparar na Terra o advento do Reino dos Céus.
Jan Huss levanta-se, dominado pelas lágrimas, contempla o infinito de onde vem a voz que ressoa naquele cenáculo abençoado. As observações penetram na acústica das almas e a pouco a pouco, acercam-se de Napoleão e de Jan Huss, seres angelicais que terão a tarefa de preparar o advento da Era nova no planeta terrestre. E à medida que eles sobem ao imenso palanque das exortações, a multidão se levanta e pétalas chovem, originadas de uma região ignota sobre a assembléia transcendental.
No dia 3 de outubro de 1804 - dois meses depois que Napoleão Bonaparte se consagrou imperador dos franceses em Notredame (02-08-1804), nasce na Terra, Hippolyte Léon Denizard Rivail, que a humanidade passará a conhecer a partir de 1857, como Allan Kardec, que era Jan Huss reencarnado, para trazer a Doutrina Espírita às almas, inaugurando verdadeiramente o momento grandioso do Cristianismo nos corações. Mas antes que este evento se tornasse realidade, no dia 29 de agosto de 1831 em um lugarejo perdido nas terras áridas do Ceará, chamado Riacho do Sangue, reencarna-se um venerando cristão do século II, de nome Quinto Varro, que por amor a Jesus, erguera nas Gálias um lar para crianças órfãs, a fim de atrair a figura cruel do seu filho Taciano, que necessitava de ter modificado o coração, e ali então, num personagem amoroso, ele prepara o advento de salvação para o filho e de doação absoluta à causa de Jesus.
Reencarna-se, então Quinto Varro, na indumentária do Dr. Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcante, 1600 anos depois, que deve ser uma das estrelas a perpetuar a mensagem de Allan Kardec na Terra, e a fazer que o amor seja realmente a base de toda as afirmações dessa revelação grandiosa, que vem confirmar a lei antiga e vem tornar caridosa a mensagem amorosa de Jesus.

Fonte: Palestras de Divaldo Pereira Franco

NOTA:
No livro "O 13° Apóstolo” é confirmado que Bezerra de Menezes ou Zaqueus-Matias, é o mesmo espírito que animou Quinto Varro e Quinto Celso (pág. 165) (qualquer dúvida poderão consultar também o livro AVE CRISTO) e mais adiante confirma que Humberto de Campos no seu livro “Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho”, Ismael envia o seu grande discípulo para cumprir no Brasil uma elevada missão, então no dia 29 de agosto de 1831, em Riacho do Sangue, no Estado do Ceará, nasce Adolfo Bezerra de Menezes.
Podemos enumerar algumas das encarnações do espírito Dr. Bezerra de Menezes por nós conhecidas:
Zaqueu, Matias, Quinto Varro, Quinto Celso, Parmênio e Bezerra de Menezes.

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