terça-feira, 19 de junho de 2012

De Simão Pedro a Pietro Ubaldi (VII)

122. Também a Fraqueza Humana


Pietro Ubaldi teve seus momentos de vacilações. Apesar de ser um gigante espiritual, era homem e não estava isento das influências negativas deste mundo. Lutou, bravamente, para superar sua animalidade inferior, o espírito venceu a matéria. Mas, diz-nos o próprio Ubaldi: “os sofrimentos me vêm do esforço de realizar minha evolução espiritual, fundido como me encontro num organismo animal que me arrasta para baixo, constrangido a um trabalho que me inclina para baixo, localizado numa atmosfera humana que me atrai para baixo. Minha paixão é evadir-me das baixas camadas da animalidade humana”. Quando “A Grande Síntese” foi colocada no Librorum index Prohibitorum, pela Igreja, sua dor foi titânica, porque ele amava aquele livro, revelado por “Sua Voz”. Tão grande fora seu desânimo que “decidira quebrar a pena, renunciar a escrever, renunciar a compreender e, afinal, renunciar a pensar. Mas não compreendera que sua vontade não bastava e que não é possível, mesmo que se queira, sufocar o espírito”. Arrependido, ele assumiu o peso de sua própria responsabilidade. Todos, neste mundo, estão sujeitos a pequenos e grandes erros, a pequenos e grandes fracassos, a pequenas e grandes quedas. e Pietro Ubaldi não era perfeito, por isso entendemos a sua confissão diante de Cristo.
E Simão Pedro? Também teve seus momentos de vacilações. Vejamos o que diz o Evangelho: “Os discípulos, vendo-O (refere-se a Cristo) andar sobre o mar, perturbaram-se e exclamaram: é um fantasma! e de medo gritaram. Mas Jesus, imediatamente, lhes falou: tende bom ânimo, sou Eu, não temais. Disse Pedro: se és Tu, Senhor, ordena que eu vá por cima das águas até onde estás; E ele disse: Vem. E Pedro, saindo da barca, andou sobre as águas e foi para Jesus. Quando, porém, sentiu o vento, teve medo e, começando a submergir-se, gritou: Salva-me, Senhor! No mesmo instante Jesus, estendendo a mão, segurou-o e perguntou-lhe: porque duvidaste, homem de pouca fé”? Ora, Jesus o proclamou “homem de pouca fé”, porque Pedro vacilou, mas foi o único que teve a coragem de sair da barca e ir ao Seu encontro, sobre as águas. É bastante conhecido dos cristãos o episódio da negação de Pedro: “Simão, eis que Satanás obteve permissão para vos joeirar como trigo; mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, uma vez arrependido, fortaleça teus irmãos. Disse-Lhe Pedro: Senhor estou pronto a ir contigo não só para a prisão, mas também para a morte. Disse-lhe Jesus: declaro-te, Pedro, que, hoje, antes de cantar o galo, três vezes terás negado que me conheces”. Como todas as palavras de Jesus, estas, também, foram cumpridas. Diz o livro “Quo Vadis?”: Para Simão não ser morto, fugia de Roma, mas ao encontrar-se com o Cristo, retornou à cidade eterna e foi crucificado, de cabeça para baixo. Apesar de Simão Pedro ser a rocha de Cristo, uma verdadeira fortaleza espiritual, também era humano, e a dúvida tomou conta dele por alguns momentos...

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