quarta-feira, 13 de junho de 2012

De Simão Pedro a Pietro Ubaldi (I)

116. Introdução (I)

 

Acreditar na existência da alma, a única força motora capaz de comandar nosso corpo físico, é fácil, porque sem ela nossas células entram em decomposição. Se existe alma, Deus a criou e, naturalmente, eterna como Ele. Deus, um Ser perfeito, é o Criador do bem, da luz, da justiça, da paz, da alegria, da felicidade e de todas as qualidades positivas, inerentes ao Sistema.
Por Sistema devemos entender o Conjunto das Mentes atraídas para o Bem, agregadas em milhões de falanges, cada uma com seus guias. Muitas no plano de lá e algumas no plano de cá. Do mesmo modo que partidos políticos ou religiões ou outros tipos de agremiações, que agregam pessoas, também os espíritos se agregam àquilo se costuma chamar de falanges. E que também têm a participação subliminar de mentes encarnadas.
A melhor definição para “falange” pode ser encontrada nos grupos de trabalho organizados segundo a doutrina de Charles Fourrier, um dos pais do cooperativismo (séc. XIX), dada como nome de grupos de trabalhadores encarregados de determinadas tarefas, bem como acontece no plano espiritual, em que as falanges são grupamentos de espíritos encarregados de tarefas específicas. 
Em oposição a Deus, infelizmente, também existem falanges, ao que se diz, lideradas por Satanás, representando a imperfeição, o mal, as trevas, a injustiça, a guerra, a tristeza, a infelicidade e todas as qualidades negativas, inerentes ao Anti-Sistema. De onde surgiram essas qualidades negativas, ou seja, de onde surgiu o Anti-Sistema?
A resposta talvez devesse ser extensa, mas é preciso resumir. Fomos concebidos para o bem, mas o orgulho, a vaidade, a posse nos levaram a desejar destruir o próximo para ocupar seu lugar. A guerra teve origem aí. Nossas qualidades negativas nasceram de nossa queda espiritual, de nosso afastamento de Deus.
Em resposta à fadiga que o Mal nos proporciona, somos atraídos para um retorno ao seio do Pai, substituindo os vícios por virtudes, as qualidades negativas pelas positivas, que nunca nos abandonaram, ficaram em estado latente na programação de nossa consciência.
Se acreditamos na existência do espírito como criatura de Deus, cremos, também, na justiça divina, que nos oferece a oportunidade de quitarmos nossos débitos aqui na Terra, vindo a ela tantas vezes quantas forem necessárias porque aqui é o laboratório, a oficina, a arena, o atelier. Desse modo, a reencarnação está implícita em nossa queda espiritual e ligada à nossa senda evolutiva, que pode ser em qualquer outra parte do universo. Sem reencarnação, como evoluir? E sem evolução, como voltar à casa do Pai? Cair é fácil, mas subir requer esforço e tenacidade; a própria vida nos mostra isto todos os dias.
Que acontece com as almas evoluídas até a angelitude? Algumas retornam à Terra em missão para auxiliar seus irmãos que ainda permanecem chumbados no inferno terrestre. Outras continuam no Sistema, trabalhando para o bem de todos, junto de nosso Criador.
Dentro desses conceitos, vamos apresentar algumas reencarnações de Pietro Ubaldi, mas faremos, em especial, confrontos de duas por considerarmos mais importantes e por serem mais profícuas espiritual e historicamente.
Nosso trabalho não tem por objetivo explorar a crença reencarnacionista para divulgar a Obra de Pietro Ubaldi, porque ela por si mesma caminha, como toda Obra do bem realizada em favor do próximo com suas próprias pernas.
Aliás, os conceitos sobre a vida espiritual e a reencarnação usados nesta introdução são pensamentos retirados da obra de Pietro Ubaldi.
Pietro de Alleori Ubaldi, melhor conhecido como Pietro Ubaldi, foi um italiano de Foligno, nascido em 18/08/1886, que emigrou para o Brasil, vindo para São Vicente, onde faleceu em 29/02/1972. Era filósofo e pensador espiritualista, escritor de 24 belas obras.
Quando Pietro Ubaldi veio ao Brasil, em 1951, realizou uma série de conferências e foi divulgado em toda parte que ele era a reencarnação de Simão Pedro, o Apóstolo Pedro, ao qual Jesus teria confiado sua Igreja. Houve, então, um indício de idolatria que, imediatamente, foi afastado pelo conferencista, por ser contrário a isto e não estar de acordo com o seu temperamento. “Eu sei: a glória, os louvores do mundo, a notoriedade te repugnam. Compreendo que isso te é uma nova dor. Aceita-a, pois sabes que também isso é necessário a fim de que se cumpra tua missão”, afirmou “Sua Voz” na Mensagem recebida em Pedro Leopoldo (MG).
Ubaldi tinha plena convicção de sua passagem pela Terra junto com Jesus, recordava-se dos fatos marcantes junto do Lago de Genezaré, da Paixão e das lições do Mestre. O seu profundo Amor a Cristo, a sua vivência evangélica e a Obra que deixou, mostram quem foi Pietro Ubaldi.
As revelações das reencarnações dele chegaram de diversos países, desde 1932: de sua pátria (Roma, Milão, Turim, Livorno, Verona etc.), da Inglaterra (Londres), do Brasil (Rio de janeiro), da Argentina (Buenos Aires) e de outros lugares.
Em 1951, o famoso médium Francisco Cândido Xavier fez chegar ao conhecimento de alguns amigos íntimos, inclusive Clóvis Tavares, que Pietro Ubaldi era a reencarnação de Simão Pedro. Entretanto, Ubaldi não as divulgou para que não servisse de pretexto à difusão do seu nome ou da Obra descida ao mundo por seu intermédio. Mais de uma vez conversando conosco sobre esse assunto tão importante, ele nos disse: “depois que eu partir toda a verdade a meu respeito, inclusive as reencarnações, poderá ser divulgada e ser útil a alguém”. Por isto, tornamos público o que é do conhecimento de muitos, e pode ser encontrado, veladamente, em alguns livros seus, sobretudo “História de um Homem e Comentários”.
(os conteúdos destas postagens – que prosseguem - têm o respaldo da Fundação Pietro Ubaldi)

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