segunda-feira, 25 de junho de 2012

De Judas Iscariotes a Joana D'Arc (I)

128. O homem de confiança de Jesus

Talvez um dos mais polêmicos personagens da época de Jesus seja Judas Iscariotes. Foi um dos doze apóstolos de Jesus na Palestina e era um líder popular. Lutou contra a dominação Romana que fazia o povo de Israel sofrer com impostos e trabalhos forçados.
Judas uniu-se a Jesus, obteve o cargo de Tesoureiro da caravana e se destacou como um homem da inteira confiança do Messias.
Destacado por Jesus para entregá-lo aos soldados da polícia judaica, cumpriu a tarefa com maestria. Precisou fingir que estava vendendo a informação para despistar a inteligência policial, pois as escrituras sagradas tinham de cumprir-se e Jesus precisava ser preso, julgado, condenado e crucificado para que as profecias se cumprissem.
Judas recebeu o “dinheiro maldito” e em seguida jogou-o fora e foi amargar a decepção de sua escolha para a “tarefa suja”.
Mas, nem toda a opinião pública tem essa posição. As escrituras o dão como traidor e vendilhão do amigo e mestre.
Outras fontes dizem que Judas não conseguia entender como um salvador e libertador tão esperado, podia ser tão calmo e pacífico como Jesus. Como os Judeus poderiam ser salvos por um messias tão calmo que falava por parábolas e dizia que o reino Dele não era desse mundo? Como um carpinteiro pobre, sem conhecidos importantes, receberia o título de Salvador dos Judeus? Como um homem que só pregava e via-se na companhia de mendigos e prostitutas poderia ser Rei?
Jesus falava, sim, em guerra e libertação, mas não batia em ninguém. Sua guerra era pela consciência popular capaz de renunciar a escravidão e sua libertação não viria como dádiva e sim como conquista.
As mesmas fontes do parágrafo anterior revelam que para Judas, Jesus era uma pessoa muito pacífica na liderança de um exército; um homem sem maldade e sem ganância; não poderia salvar o povo Judeu e libertá-lo de Roma.
Judas teria conversado muito com seu amigo Tiago, e não havia esclarecido de tantas dúvidas que tinha sobre o comportamento de Jesus e nem compreendido o alcance da pregação de Jesus. Movido por idéias políticas, o que se diz é que Judas havia desejado tirar Jesus de seu caminho para que ele próprio pudesse liderar uma revolução armada contra os romanos. Por isso teria ele ido falar pessoalmente com Caifás, que aproveitando da ingenuidade do ambicioso tesoureiro de Jesus, seduziu-lhe dizendo que estava fazendo a coisa certa, livrando o sofrido povo judeu de um messias falso. Caifás agiu por política e deixou a filosofia religiosa de lado quando decidiu condenar Jesus para não perder a opinião pública e garantir o seu mais alto posto no Sinédrio.
Caifás torna-se responsável pela condenação de Jesus, não Judas.
Jesus, antes de ser preso, interrogado e julgado, já tinha sido condenado e estava morrendo na cruz independente de quaisquer outros episódios que pudessem ocorrer.
Sentindo-se muito arrependido por se achar culpado, e por ter recebido como recompensa, trinta moedas de prata (valor dado por um escravo Judeu).
Parte da história diz que quando sentiu-se perdido, Judas jogou fora as moedas de prata e implorou perdão a Deus por ter feito tal atrocidade com Jesus. Arrependido, elevou súplicas a Deus. Mesmo assim, entendei que a única maneira de acabar com a dor que sentia lhe rasgando o coração era o suicídio. Judas pegou uma corda amarrou em seu pescoço, foi até uma amendoeira, que ficava próximo a um despenhadeiro, atirou-se e morreu implorando perdão a Deus.
Judas sofreu durante pouco tempo no vale dos suicidas. Foi visitado por Jesus, fato que melhor esclarece a missão que o Mestre lhe dera.
Depois de haver executado a Jesus e a muitos dos seus seguidores, inclusive Simão Pedro, a elite romana em decadência foi buscar em Jesus e no próprio Simão Pedro as principais figuras de uma religião destinada a dominar o mundo. E precisava encontrar argumentos para esmaecer as responsabilidades dos romanos naquelas execuções. Um desses argumentos foi colocar Judas Iscariotes como traidor, entreguista, incentivando a tradição de “malhar o judas”, numa indireta referência de que foram os judeus os culpados pela tragédia de Jesus. Agora, Jesus era o mártir, morto para livrar a cara dos pecadores e o ato de sua execução, pregado numa cruz, foi parar no centro dos altares de todas as igrejas. O coitadinho lá ficou estático, sofrendo as dores do mundo, enquanto milhares de sacerdotes e bispos tomavam conta da salvação do rebanho humano.
Após ser visitado por Jesus no umbral dos suicidas, Judas recebeu a certificação de que seu ato fazia parte das profecias, sem o qual as profecias não se teriam cumprido e obteve a oportunidade de reencarnar diversas vezes na Terra. Ainda não temos conhecimento das demais encarnações do Apóstolo Tesoureiro. A sua última reencarnação foi como Joana d’Arc, a última prova pela qual passaria para chegar à honra. (continua)

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