segunda-feira, 18 de junho de 2012

De Simão Pedro a Pietro Ubaldi (VI)

121. A Coragem de Pedro e Pietro


Pietro Ubaldi foi sempre um homem corajoso, não no sentido humano, mas diante de Deus. Renunciou a riqueza e o conforto que esta lhe proporcionava, preferindo viver modestamente num quarto humilde, ganhando o pão com o suor do seu rosto. Revelou verdades ao mundo e foi descompromissado de quaisquer grupos religiosos ou filosóficos. Os aspectos de imparcialidade e universalidade de sua Obra lhe deram uma grandeza incomensurável de um lado, e por outro uma estupenda coragem para vê-la divulgada num mundo onde as pessoas se agrupam em torno de uma idéia ou religião ou filosofia, contra os demais. Enfrentou todas as dificuldades possíveis para chegar ao término do 24° volume.
O mesmo se pode dizer do Apóstolo Pedro, ele foi um homem corajoso. Acompanhou Jesus por toda parte, até o calvário. Em Atos dos Apóstolos, vamos encontrá-lo pregando a Boa Nova do Mestre nos templos e em outros lugares proibidos. Foi preso várias vezes e algumas delas solto pelos anjos. Encorajava todos os cristãos que viviam à sombra dele, a serem fieis ao cristianismo até à morte. Relata-nos o livro Paulo e Estêvão, em uma das vezes, quando ele fora preso: “Saulo de Tarso foi diretamente prendê-lo e chegando na Igreja do Caminho, Simão Pedro, em pessoa, foi atendê-lo com grande serenidade nos olhos.
És tu Simão Pedro, antigo pescador de Cafarnaum? — perguntou Saulo, com certa insolência.
— Eu mesmo — respondeu com firmeza.
— Estás preso! — disse o chefe da expedição num gesto de triunfo. E mandando que dois dos companheiros se adiantassem, ordenou fosse o Apóstolo algemado incontinente. Pedro não opôs a mínima resistência. Impressionado com o temperamento pacífico que os continuadores do Nazareno testemunhavam sempre, Saulo objetou com escárnio:
— O Mestre do “Caminho” deve ter sido um alto modelo de inércia e covardia. Ainda não encontrei qualquer indício de dignidade nos seus discípulos, cujas faculdades de reação parecem mortas.
Recebendo em cheio tão acerba injúria, o ex-pescador respondeu serenamente:
— Enganai-vos, quando assim julgais. O discípulo do Evangelho é apenas inimigo do mal e, na sua tarefa, coloca o amor acima de todos os princípios. Além do mais, nós consideramos que todo jugo, com Jesus, é suave”.

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