quarta-feira, 18 de abril de 2012

Os poderes do coração


67. Agora os chakras e a quarta dimensão

Muitos são os céticos que dizem: "Ninguém foi ao outro mundo para depois voltar e nos contar o que é que existe lá do outro lado". Mas, em nome da verdade, eu (Samael Aun Weor) digo a vocês que se desenvolvemos os poderes do Cárdias, certamente é possível ir até o outro mundo em carne e osso. É indispensável penetrar na quarta vertical, mas a ciência atual se encontra estagnada em matéria de Física. A Física contemporânea é regressiva, retardatária, reacionária, não serve. Quando os cientistas abandonarem o dogma tridimensional de Euclides, poderá surgir uma Física revolucionária, com naves capazes de viajar por dentro da quarta vertical.
É indispensável sair do dogma tridimensional de Euclides. É inadiável, improrrogável, estudar mais profundamente o átomo; no átomo encontraremos a linha da quarta vertical. Quando se possa traçar a quarta vertical, então será elaborada uma geometria revolucionária, tetradimensional; com uma tal geometria será possível construir uma física de quatro dimensões. Uma Física assim servirá de embasamento para fabricar naves capazes de atravessar instantaneamente a barreira da velocidade da luz e entrar na quarta dimensão. Se uma nave consegue atravessar instantaneamente a barreira da velocidade da luz, pode viajar por dentro da quarta vertical através do infinito. Então a conquista do espaço será um fato definitivo.
Esses foguetes atuais lançados por "gregos e troianos" impulsionados por combustível líquido, esse foguetório barato que tanto impressiona os incautos; parece mais coisa de circo, com cinqüenta mil acrobacias para descer na Lua.
A conquista do espaço é possível com uma Física tetradimensional. Quando tal Física exista, e quando também nos tenhamos apropriado da energia solar e saibamos utilizá-la, a possibilidade de viajar através do infinito será um fato concreto, claro e definitivo. Naves viajando pela quarta vertical, impulsionadas por energia solar; eis aí as naves do Super-Homem, naves que verdadeiramente podem viajar através do espaço estrelado, de galáxia em galáxia!
Infelizmente, a Física contemporânea continua estagnada; é necessário romper de uma vez e para sempre com o dogma tridimensional de Euclides Nós temos procedimentos íntimos, particulares, para meter o corpo físico dentro da quarta coordenada. Ao estudar cuidadosamente os sábios orientais veremos que eles sabem como meter o corpo físico dentro da quarta dimensão. Dizia um sábio oriental: "Praticando um samyasin sobre o corpo físico, ele se torna como de algodão e pode caminhar sobre as águas, voar pelos ares, atravessar uma montanha de lado a lado ou caminhar sobre brasas de carvão sem nada sofrer".
Prática Jinas de Harpócrates
Um samyasin tem três partes: a primeira a concentração, a segunda a meditação e a terceira o êxtase. Se primeiro nos concentramos no corpo físico e depois meditamos nele, em suas células, em suas moléculas, na construção de seus átomos, etc. e por último chegamos à adoração, ao êxtase, então o corpo físico penetrará na quarta dimensão e poderá viajar através do mundo da quarta vertical.
Nesta região poderemos encontrar uma outra humanidade que vive ao lado da nossa; que dorme, que come e que vive, mas que não sofre como todos nós estamos sofrendo. Existem diferentes procedimentos para colocar o corpo físico na quarta vertical.
Na sabedoria antiga se menciona a Harpócrates. Mas, isso que estou dizendo não tem valor algum para os céticos, para esses que estão engarrafados pela dialética materialista, para os reacionários, para os conservadores e retardatários. O que estou dizendo é revolucionário demais para ser aceito pelos que estão presos ao dogma tridimensional de Euclides.
Harpócrates, nome grego extraordinário, maravilhoso. Os místicos dos mistérios de Elêusis pronunciavam esse nome da seguinte maneira: Har-po-crat-is... Eles faziam certas práticas muito engenhosas que bem vale a pena comentar. Essas práticas pertencem aos mistérios gregos, aos mistérios que foram conhecidos em Atenas, Elêusis, etc.
Deitado em decúbito dorsal (barriga para cima), ou de lado, preferivelmente, com a cabeça na palma da mão esquerda, o asceta grego se imaginava ser um pintinho dentro da casca do ovo, se concentrava intensamente em Harpócrates, chamando-o: Har-po-crat-is... E quando, já entre sonhos, começasse a sentir cócegas pelo corpo, armado de grande vontade, não levava as mãos ao mesmo para não perder o estado psicológico especial em que estava e depois se levantava suavemente da cama e pronunciava esta frase ritual: "Harpócrates, ajude-me que vou com meu corpo". E com toda confiança saía do quarto, dando posteriormente um saltinho com o propósito de penetrar violentamente dentro da quarta vertical. Segundo velhas tradições, que se perdem na noite aterradora de todas as idades, era então que o asceta realmente viajava com o corpo físico pela dimensão desconhecida, era então que o místico de Elêusis conversava com os Deuses Santos, com os seres inefáveis.
Estou comentando algo que pertence à Grécia antiga, mas é claro que quem quiser fazer a mesma prática agora neste século vinte e um, poderá evidenciá-lo por si mesmo.
Contudo, os gregos se exercitavam muito com este sistema, até conseguir realmente penetrar na quarta vertical ...
No México antigo, temos os cavaleiros-tigres. Infelizmente, nos sentimos tão "modernos" que nos esquecemos da tradição milenar. Chegou a hora de entender um pouco mais o que foram as ordens dos Cavaleiros-Tigres e dos Cavaleiros-Águias. Segundo velhos códices de Anahuac, deitados sobre peles daquele felino, invocavam os anjos protetores dos mesmos, imaginavam por um instante serem tigres de verdade...
A psicologia experimental e a alta magia nos dizem que a imaginação é feminina e a vontade é masculina; a chave do poder está em unir a imaginação e a vontade em vibrante harmonia.
Os Cavaleiros-Tigres se sentiam completamente identificados com aquele felino (sabemos que no México antigo o tigre era sagrado) e, cheios de fé, se punham a caminhar em quatro pés, dizendo: "nós nos pertencemos". Assim contam os códices antigos, isto não é invenção minha; lendo os códices, vocês poderão evidenciar que transformados em tigres, viajando pela quarta vertical, chegavam ao Templo de Chapultepec. Existem pinturas murais nas quais o que estou dizendo está devidamente demonstrado. E em seguida, afirmam os códices de Anahuac, aqueles cavaleiros assumiam novamente sua figura humana e penetravam no templo.
Viajar com o corpo físico dentro da quarta vertical é possível, mas temos que abandonar o asqueroso ceticismo que desde o século XVIII está corroendo a mente dessa humanidade degenerada e perversa.
Quando a mente é mentirosa, quando está sempre dizendo embustes, quando é farsante, está falseada em si mesma, e já não pode acreditar em nada. Os estados de Jinas são extraordinários. A quarta vertical é uma tremenda realidade.
Infelizmente, muitos são os que negam essa realidade, muitos tontos intelectuais debocham dessas coisas; mas a crisálida também acha que a folha em que está vivendo é tudo, a crisálida não suspeita que essa folha é uma das tantas folhas da árvore da vida. Assim é o homem intelectual; acredita que esse mundo tridimensional de Euclides é tudo, não se dá conta de que esse mundo de três dimensões é um dos tantos mundos da árvore da vida.
Eu também experimentei com a ciência Jinas. Seguindo os procedimentos indicados, trabalhei com Harpócrates. Não é um exagero dizer, em forma enfática, ainda que as pessoas debochem de mim, que lutei muito para aprender a colocar o corpo físico dentro da quarta dimensão, mas consegui. Experimentando de noite, muitas vezes tive que abandonar o leito 15 ou 16 vezes contadas, sem resultado algum. Mas depois de certo tempo e com paciência tenaz, qualquer noite dessas tantas, meu corpo físico penetrou realmente na quarta dimensão, então flutuou deliciosamente e abandonei aquela casa.
É verdade que saí à rua e me encontrei com muitas pessoas que, como eu, sabiam utilizar o estado de Jinas. Pessoas de carne e osso, vivas e muito vivas, vivendo na quarta dimensão. Não nego que viajei através do tempestuoso oceano e não senti temor algum, ainda que bem sabia que se por um instante houvesse saído desse mundo de quatro dimensões, da quarta vertical, cairia nas ondas do furioso mar e pereceria. Mas não tive temor e viajei pelas terras da Europa com o corpo dentro da quarta vertical; cheguei onde tinha que chegar, em certo lugar no qual tinha interesse e depois regressei ao ponto de partida original sem nada sofrer. Tenho o valor de fazer essa declaração, não me importo com deboches porque não tenho temor. O que poderia me acontecer? Se estivéssemos na época da Inquisição, quando muito me queimariam vivo, como bruxo. Felizmente nesta época não existe Inquisição, o máximo que poderia receber seriam os sarcasmos, as ironias e nada mais, e essas nem sequer me fazem cócegas nos pés.
Assim, a realidade Jinas existe. Se vocês querem comprová-la, façam a experiência com vocês mesmos. Dee nada serviria que eu colocasse o corpo dentro da quarta vertical aqui diante de vocês, pois também não acreditariam, porque ninguém consegue convencer o cético. Vocês diriam que eu os hipnotizei e isso é tudo. Acreditariam? Nada! Assim, isso é para que vocês experimentem na própria pele.
Obviamente, os santos dos tempos antigos levitavam. Quem poderia negar que São Francisco de Assis, aquele místico cristão, levitava? Muitas vezes seu discípulo mais amado ia levar-lhe comida e o santo estava a tal altura do solo que o discípulo não podia dar-lhe a comida. E conta a história que São Francisco se afastava então por um bosque e, flutuando, desaparecia na dimensão desconhecida.
Está escrito que Felipe flutuava na atmosfera. Felipe, o discípulo do Cristo, também caminhava sobre as águas e aparecia e desaparecia à vontade. O evangelho de Felipe é esse. Felipe sabe ajudar aos que o invocam.
Quando Gautama, o Buda Sakiamuni, abandonou o corpo físico para submergir-se no Nirvana, dizem as tradições que seus discípulos foram submetidos a provas pelas multidões. Cada um deles devia, de acordo com certo conselho examinador, atravessar uma rocha de lado a lado. Todos assim o fizeram menos um, Ananda, seu discípulo mais amado. O pobre não podia; quando tentava atravessar a rocha, feria miseravelmente a testa e sangrava ... Mas finalmente, cheio de uma fé espantosa, praticou um samyasin sobre seu corpo físico; se concentrou nele, meditou nele, entrou em êxtase, se desesperou e por último atravessou a rocha de lado a lado. Tudo isso tem documentação.
Não dizem que Pedro foi tirado da prisão por um Anjo? É óbvio que o Anjo ajudou Pedro a entrar na quarta vertical e assim ele pôde abandonar a prisão na véspera de sua execução, pois estava condenado à pena de morte. Desenvolvendo os poderes do Cárdias, os poderes do coração, tudo isso é possível.

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