quarta-feira, 9 de maio de 2012

Série: Antes e depois do Armagedom (IX)


85. Marcado para atuar: FDR

A profunda depressão dos anos 20 havia conduzido os Estados Unidos ao desetímulo, havia ficado mais pobre, fraco, vulnerável. Eleito presidente em 1932, três anos mais tarde, Franklin Delano Roosevelt já havia levado seu país a alcançar alguma recuperação econômica.
Personagem carismático, exercia poder espiritual sobre o povo.
Dele se diz que foi ligado a curandeiros, consultava astrólogos com freqüência e aparece nos informes espirituais como portador da missão cósmica de parar a guerra.  
Para motivar o povo havia criado o “New Deal”, através do qual incentivava os mais pobres a acreditar, investir e vencer. Banqueiros e homens de negócios se voltavam mais e mais contra o seu programa, temiam seus experimentos econômicos, até então inéditos, e ficaram apavorados quando Roosevelt tirou o país do “padrão ouro”, o que levaria, em poucos anos à conquista do “padrão dólar” por conta do sucesso norte-americano depois da II Grande Guerra.  Roosevelt reagiu às críticas dos banqueiros com um novo programa de reformas: Seguridade Social, impostos maiores para os mais ricos, maior controle sobre as atividades bancárias e sobre os serviços de utilidade pública, e a criação um imenso programa para diminuir o desemprego da população americana.
Na eleição de 1936  Roosevelt foi reeleito presidente por uma grande margem de votos, sagrando-se vitorioso em todos os estados norte-americanos exceto dois
Quando, em 1944, os Estados Unidos já estavam podendo ajudar a Inglaterra na II Grande Guerra e sofreu a retaliação japonesa em Pearl Harbor (base militar estadunidense no Pacífico), com um ataque surpresa, entrou, de fato, na guerra, e autorizou a explosão das bombas atômicas sobre o Japão. Atuou pelo fim imediato da guerra e tirou dela o maior proveito. A transformação dos Estados Unidos na potência que é, hoje, se deve muito a Roosevelt e à II Grande Guerra.
Roosevelt foi contemporâneo de Winston Churchill, Adolf Hitler e Josef Stalin e todos os três tiveram decisiva participação no episódio da II Grande Guerra, cada um a seu modo.
Foram líderes de seus povos.
A enciclopédia define liderança como a capacidade de um indivíduo para motivar outros em busca de um mesmo objetivo. As livrarias estão cheias de textos a esse respeito, e normalmente os líderes são pintados com cores brilhantes, atributos invejáveis, ideais supremos. O líder está para a sociedade como o “mestre” está para a espiritualidade. Entretanto isso não é absolutamente verdade (em ambos os casos).
O nosso grande problema, principalmente em um mundo que se torna cada vez mais fundamentalista, é não permitir que as pessoas em posição de destaque tenham erros humanos. Estamos sempre em busca do governante perfeito. Estamos sempre atrás de um pastor que nos dirija e nos ajude a encontrar nosso caminho. Na verdade, as grandes revoluções e os grandes avanços da humanidade foram provocados por gente igual a todos nós – com a única diferença que tiveram coragem de tomar uma decisão-chave em um momento difícil.
Aqui termina esta série.

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