segunda-feira, 7 de maio de 2012

Série: Antes e depois do Armagedom (VII)


83. O que, realmente, aconteceu na Alemanha de Hitler?

A superioridade da raça não era propriamente um sentimento alemão e sim austríaco, adquirido no longo tempo em que a Áustria foi capital de uma grande porção planetária. Como austríaco, Hitler manifestava esta fleuma, acreditava nesta hipótese, estava convencido disto. Estudava muito sobre isso e começava a cercar-se de pessoas com a mesma ideologia.
Era um homem profundamente disciplinado e cheio de fé. Era um vegetariano convicto, não bebia, nem fumava, e esta atitude sua foi influenciada pela doutrina cátara (dos cátaros) de pureza, a exemplo da vida de Átila, o huno.
Durante sua fase de pintor em Viena, Hitler se dedicava ao estudo do ocultismo e da magia e foi um assíduo leitor do Jornal Ostara publicado pelo padre Lanz, versado sobre ocultismo (referido em postagem anterior).
É importante informar que quanto ao caráter vegetariano de Hitler, há controvérsias, “Hitler não era vegetariano. Seu doutor às vezes prescrevia a dieta vegetariana para melhorar sua saúde. Goebbles, seu Ministro da Propaganda, tomou esse fato e distorceu-o para criar nas pessoas a idéia de que o Führer era um homem santo como o contemporâneo vegetariano Mahatma Gandhi. Hitler trapaceava quanto às ordens de seus médicos e fingia ser um vegetariano, comendo macarrão recheado com carne picante e coberto com molho de tomate”.
Como já nos referimos em trechos das postagens anteriores desta série (e aqui reproduzidas para rememória), em 1912 era fundada a Sociedade de Thule à qual Hitler veio ter conhecimento, mas que nunca dela fez parte, adquirindo, porém, conhecimentos desta ordem a partir de seu secretário e lugar-tenente Rudolf Hess. Criada pelo barão Rudolf von Sebottendorf, que em viagem à Turquia entrou em contato com iniciados drusos que afirmavam receber seus ensinamentos espirituais do “Senhor do Mundo”, também chamado de o Senhor de Thule ou Shambala - o governo oculto do mundo, reino dos hiperbóreos. Daí o nome Thule. Para Von Sebottendorf, a raça dos hiperbóreos (ariana) possuía um poder oculto: “quem o controlá-lo poderá dominar o mundo” - este poder seria o vril, de que já tratamos aqui em postagens anteriores.
Hitler também teve contado com a ordem do Vril, ligada à Thule. Esta ordem é um grupo esotérico que continua vivo ainda hoje na Índia, seu país de origem, onde conta com mais de dois milhões de adeptos.
A palavra vril significa uma reserva formidável de energia presente no homem e da qual ele utiliza apenas uma ínfima parte. Dentro dos conhecimentos iogues, vril e kundaliní significam a mesma coisa: o fogo serpentino - o 3º Logos.
Os adoradores do vril veneram o Sol levantando suas mãos em sua direção numa saudação semelhante à feita pelos nazistas e pelos antigos egípcios no culto a Rá, o Deus Sol. Os templos deste culto estão decorados com grande variedade de cruzes gamadas, aliás, na Índia a cruz gamada é tida como um símbolo de poder, porém ela é escrita em sentido horário, onde representa a evolução. E nos quadrados mágicos da numerologia judaica tem o valor 360 representando o fogo - a espiritualidade e o Logos. Os nazistas inverteram a posição da suástica, que veio representar o elemento terra - Malchut na Cabala, tendo assim o valor 666 - o número da Besta.
Mas em meio a tudo isto existia algo mais: haviam seitas tibetanas e sua magia ligadas ao poder alemão. A Thule e seus seguidores foram profundamente influenciados pela magia negra tibetana e tiveram mesmo contato com os bompos tibetanos de barrete negro na Alemanha. Estes teriam sido invocados para agir politicamente na Europa através de sua magia tântrica.
Mais uma coisa interessante sobre a personalidade de Hitler: ele tinha a astrologia e a geomancia em alta conta, e as consultava antes de seus ataques. Aliás, todos os ataques foram feitos seguindo as linhas de força geomânticas e telúricas da Europa. A consulta ao pêndulo e à rabdomancia para saber a posição dos barcos aliados era algo costumeiro, feito muitas vezes por Himmler, uma brilhante mente do nazismo de Hitler.
Acredita-se que Hitler tivesse algum tipo de pacto secreto com alguma força superior. Dele se disse que oferecia os judeus queimados nos fornos como oferenda para adquirir mais poder para rodar a suástica invertida sobre toda a Europa e daí conquistar o mundo. E o teria feito se não tivesse vacilado em seu último combate.
Nos momentos finais para Hitler, o ambiente no bunker (gabinete) era tenso, sufocante naqueles dias próximos da tomada da Normandia. Faziam mais de cem dias, entre entradas e saídas, que um pequeno grupo de funcionários, oficiais e oligarcas nazistas, estavam lá entocados como lobos acuados ao redor de Adolf Hitler. Construída nos jardins da Chancelaria do Reich, em Berlim, a casamata (de que já falamos) tinha a função de protegê-los dos ataques aéreos aliados que devastavam a capital da Alemanha. Acentuando ainda mais a situação troglodita e claustrofóbica em que viviam, chegou-lhes a notícia que o Exército Vermelho estava às portas da Alemanha. No dia 18 de abril de 1945, um colossal vagalhão blindado de tanques, canhões e aviões, esparramou dois milhões e meios de soldados russos pelas cercanias da cidade. Mais de um milhão deles combateram uma espetacular batalha de ruas, contra as derradeiras forças da resistência alemã. Ao preço de 300 mil baixas, os soviéticos penetraram por todos os lados e tornaram indefensável a resistência alemã.

Hitler ainda recebeu alguns convidados mais próximos para seu aniversário em 20 de abril. Há uma foto dele na ocasião. Com a gola do capote levantada, ele cumprimenta, do lado de fora da Chancelaria do Reich destruída, alguns jovens garotos da juventude nazista que haviam se destacado na defesa desesperada da cidade. O Führer estava uma ruína humana. Os últimos acontecimentos haviam-lhe retirado a seiva. Sua tez acinzentou-se, o rosto encovou-se e os olhos adquiriram uma opacidade de semimorto. Para consolá-lo e sacudi-lo da letargia depressiva em que se encontrava, Joseph Gobbels, seu Ministro da Propaganda, lia-lhe diariamente trechos da "História de Frederico, o Grande", de Carlyle, especialmente a passagem onde é narrada a milagrosa salvação daquele capitão-de-guerra prussiano na Guerra dos Sete Anos (1756-63), que escapou do destino dos derrotados devido a um desacerto ocorrido entre seus inimigos.

A determinação de ficar ali e travar a batalha final foi tomada numa reunião no dia 22. Inspirando-se na tradição nórdica do herói que morre solitariamente num último combate, ou no sepultamento do guerreiro wiking incinerado no seu barco de comando, Hitler comunicou a todos a intenção de comandar pessoalmente as operações. Recebeu, porém, telefonemas de alguns seguidores e de outros generais que instaram-no a que se retirasse enquanto havia tempo. O Führer manteve-se intransigente. Ninguém o arrastaria para fora da liça.
O Apocalipse de João envolvia o povo judeu e teria de ser no seio judaico com o sacrifício de milhões de judeus que o Batalha Final teria de acontecer. Os judeus que não morreram nos crematórios morreram de fome e sede no interior das masmorras onde estavam presos. Com a entrada das tropas aliadas através da invasão da Normandia (Dia D), as linhas alemãs de abastecimento às prisões ficaram cortadas. Os comandantes aliados não conheciam os locais das prisões. Nos longos dias que separaram a conquista do reconhecimento da área, milhares de judeus ficaram sem comida e sem água. São esses corpos esqueléticos que aparecem nas fotos da época.
Nos últimos tempos Hitler estava profundamente deprimido pelo episódio de 9 meses antes, quando foi traído flagrantemente pelos seus mais próximos assessores, como veremos na próxima postagem.

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