quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

969-Encontro com o Espírito


Muito prazer, senhor Eu!

O artigo de hoje é para ler e reler sempre que você tiver a sensação de que pensamento e ação não são coerentes. Levaremos isso adiante falando a linguagem da primeira pessoa.
Talvez eu possa pensar e agir exatamente assim como será descrito. Eu não tenho mais dúvidas, vai ser assim. Eu me apresento a mim e me reconheço Eu. Eu me assumo como um todo Eu, inseparável, indissociável, uno, completo, íntegro.
Não serei mais um anjo apenas quando estiver na missa. Não serei mais um cidadão comportado apenas diante das lentes das câmeras de monitoramento.  Deste momento em diante não existirá mais pensamentos em oposição às ações, ou ações dissociadas dos pensamentos ou da vontade. Não haverá mais pensamentos invasores minando a construção de uma verdade única: Eu sou o que fui, o que sou e o que serei, com base naquilo que desejei, pensei, fiz, desejo, penso, faço, desejarei, pensarei, farei. Nada em minha história deve ser escondido, negado, justificado. Nada irá pra baixo do tapete para ser escondido. De nada pedirei perdão ou buscarei desculpa. Tudo que fiz foram obras minhas e jamais negarei sua autoria. Foram, são e serão resultados esperados, efeitos de causas, reações a ações. Estarão anotadas em meus feitos e cabe a mim, exclusivamente a mim, as responsabilidades por suas conseqüências. Mais do que responder por tudo, cabe a mim trabalhar por reparar o que tiver de ser reparado e melhorar o que tiver que ser melhorado.
Eu me descubro pouco a pouco; eu caminho na direção da minha verdade; eu me conheço cada dia mais; eu me amo cada dia mais; eu me assumo cada dia mais; eu me responsabilizo por mim cada dia mais.
Agora, não mais haverá culpados ou algozes pelas coisas que me aconteceram, acontecem e acontecerão. Tudo quanto houve eram as únicas coisas e pessoas que poderia haver. Todas as pessoas e coisas que participaram da minha história e da minha construção eram as únicas pessoas e coisas, pessoas e coisas certas, que poderiam existir para mim. Do mesmo modo, deste momento para frente, pessoas e coisas surgirão, permanecerão, ir-se-ão e tudo estará certo, justo, perfeito.
Na condução da minha vida não haverá lugar para dois pilotos opostos. As oscilações entre claro e escuro, frio e quente, alto e baixo, belo e feio, serão contingências pelas quais terei de passar na construção de um caráter, de uma personalidade, de uma índole, a minha, inseparavelmente minha, a única que tenho e terei.
Eu não negarei a mim mesmo. Eu não trairei a mim mesmo. Eu não buscarei subterfúgios para mim mesmo. Eu quero ser a minha verdade. A minha verdade não precisará de adjetivos, conceitos, versões, advogados, padrinhos, abonadores. Eu sou Eu. O espírito que me tem como aparelho de sua evolução não precisará envergonhar-se de mim. A minha dignidade não precisará de carteiraços, jeitinhos, desvios, engodos, muletas, aditivos, doping. A minha luz brilhará na exata proporção de como sou e serei. Eu não precisarei mais de que se acendam holofotes sobre mim para que eu apareça ou seja notado. Eu não precisarei mais de insinuar-me para merecer qualquer reconhecimento, distinção, poder, prêmio ou recompensa. Tudo quanto tenha de pertencer-me como vitória ou conquista minha, tem de vir a mim por mérito exclusivamente meu. Renuncio partidos, times, agremiações nas quais já projetei minhas vontades na esperança de satisfazer meu ego pobre. As minhas alegrias e as minhas vitórias não carecerão mais dessas muletas ou caricaturas. Virão por outros vieses.
Então, eu renuncio desde já as decepções, as frustrações, os melindres, as mazelas, as seqüelas por coisas ou pessoas que não tenham trazido, tragam ou trarão resultados adversos ao que eu imaginava.
Então, eu renuncio desde já as alegrias (fajutas) e vitórias (fajutas) que durante muitos anos foram engodos de alegria, engodo de vitória seja em que situação tenham sido, sejam ou venham a ser. Não minhas alegrias e/ou vitórias; eu é que me apropriava delas para mentir a mim mesmo.
Continuarei tenho sonhos, imaginando o melhor que me possa acontecer, mas nunca desistirei deles se o caminho buscado para obtê-los deva ser diferente daquele que imagino ser o correto.
Terei a humildade de consultar a minha consciência, o meu Eu Profundo e jamais “acharei” isto ou aquilo “coisa ideal” por conta de instintos ou devaneios, ambições fantasiosas ou desejos absurdos. O que vale dizer: tudo quanto vir a ser tem de ser verdadeiro, como quero ser.
Então, muito prazer, senhor Eu. Estaremos nos conhecendo melhor de agora em diante. 
A partir de agora esta série irá tratar dos sonhos.  

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