sábado, 19 de janeiro de 2013

959-O Espírito


O QUE É O ESPÍRITO?

Sabemos muito pouco sobre ele e sobre ele estudamos muito pouco. De qualquer forma, é muito importante estudá-lo. Ao conhecê-lo, o homem conhecerá talvez tudo sobre si mesmo e sobre o que poderá existir além do homem.
Sabendo muito pouco sobre o Espírito, os desinformados e apressados exercitam a própria imaginação para falar sobre ele. Para defini-lo, dizem tratar-se de algo imaterial e sobrenatural ou imaginário, como imaginários poderiam ser também os anjos, os diabos, os duendes e, por que não, Deus. Imaterial por que, ao que consta, é energia. Sobrenatural por que, ao que se ensina, está acima do mundo que existe. Imaginário por que, segundo se diz, é a imaginação que qualifica o animal humano perante os demais animais. Os dons humanos, segundo esta lógica, advêm do imaginário.
Não se pode pensar, imaginar, estudar e deter-se sobre o Espírito, sem incluir a hipótese de que o mundo é permeado e organizado por uma Inteligência Superior, da qual o Espírito que habita o homem é parte, cópia, semelhança ou algo assim, como sugerem as escrituras sagradas.
O ponto de vista humano será ainda por muito tempo o ponto de vista da parte perante o todo. E a parte não pode conhecer o todo. Ou pode? Podendo ou não, é certo, o ponto de vista humano sempre será provisório e temerário enquanto a coisa for colocada como algo incomensuravelmente maior que o homem. Ou enquanto insistirmos em separar a parte do todo.

A Tese Fonseca

No livro “Karma Genético” (Evolução Editorial, SP, 1997), o autor, Alcides A. Fonseca, desenvolve o raciocínio não muito diferente do que encontramos no “Livro dos Espíritos”, segundo o qual um Espírito é soma ou agregação de trilhões de átomos, que se encontram pela primeira vez numa mônada ainda no reino mineral, evoluindo para o reino vegetal e deste ao reino animal e humano. Teses um tanto semelhantes acrescentam outros estágios como o dos insetos e dos vírus antes de chegar nos mamíferos, a caminho do humano. Sem novidade, pois, como vimos, Kardec já aborda a mesma seqüência ou quase.
O que determina, segundo Fonseca, o limite para a transmutação, é o volume celular compatível a cada reino. Algumas espécies de vida, como a dos vírus e dos insetos, ele coloca como estágios transitórios entre os reinos. Assim, entre o estágio mineral e vegetal, vivem os vírus portadores do Espírito intermediário. Os insetos seriam os portadores do Espírito transitório entre os estágios vegetal e animal. E os símios seriam os portadores do Espírito transitório entre os reinos animal e humano. A cada fase o Espírito cresce em conteúdo e poder. A mais importante transmutação se dá na passagem do reino animal para o reino humano e deste para o reino angelical.
Aquele autor também define a missão do Espírito: unir os pedacinhos de consciências que carrega para alcançar o conhecimento total. E, para isso, a necessidade das passagens pelos reinos mineral, vegetal e animal, numa estreita relação com a água, a terra, o ar e o fogo e a absoluta necessidade da reencarnação, uma vez que as vidas em todos os reinos são muito curtas para garantir a inteira evolução. E ainda explora a possibilidade da existência dos Espíritos iniciáticos, inocentes, ingênuos, puros, que são os seus estados naturais de criaturas detentoras de pouca ou nenhuma informação, até mesmo pela ausência de experiências anteriores de vidas no reino humano, como são os gnomos e duendes. Continuaremos a explorar esta fascinante descoberta. 

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