51. Família, a raiz de tudo (I)
O ser humano é gregário e não sobrevive se não houver quem cuide dele até a adolescência, no mínimo. Nas antigas tribos em regime da casa grande (moradia comunitária) todos eram filhos de todos e todos cuidavam de todos. Era diferente de hoje. A partir das vilas pré-urbanas cada grupo familiar foi habitar um casebre, uma casa, e a família (do mesmo sangue) passou a ser a raiz de tudo quanto veio depois, relativamente ao ser humano: educação, cultura, civilização, ética, humanidade.
Hoje, vivemos dias difíceis para a família. Há pais e mães que geram muitos filhos e não os assumem, há casais que não querem filhos, há famílias que valorizam mais os animaizinhos do que as crianças. Há famílias que descartam seus velhos como coisa vencida. Sem contar o caso dos drogados que perambulam por aí sem eira nem beira apenas em busca da próxima dose.
Vivemos momentos até intransponíveis no seio de um crescente número estatístico de famílias.
Quantas famílias cultivam a responsabilidade, o amor, a hierarquia, a disciplina e repassam valores de longo prazo?
Quantas famílias cultivam atitudes de amor, de carinho, de respeito?
Quantas são indiferentes, ensinam a raiva e até o ódio, em muitos casos?
O relacionamento esposo/esposa está, cada vez mais, esquecido dentro de cada um dos cônjuges.
Qual é a razão de ser do ser humano?
Praticamente 100% ao responder, dirá que “a razão de ser é ser feliz”. Mas praticamente o mesmo número nada faz deliberadamente para isso.
Pensando com a mente de Deus também supomos que o ser humano é um projeto que deve colimar-se na felicidade e não apenas do indivíduo, mas de toda a humanidade.
Então, o que se vê?: em busca da felicidade este estúpido ser trabalha a infidelidade, a traição, a discórdia, a posse, o orgulho, a vaidade, o egoísmo em quase 100% dos momentos vividos a dois, a três, a quatro... no seio familiar, na rua, na empresa, no clube, na igreja. O que saiu errado?
A auto estima é consumida aos poucos dentro das discussões e desentendimentos, quedas de braço, teimosias burras que mascaram, totalmente, a possibilidade de concórdia nas relações entre cônjuges, parentes, colegas, vizinhos e amores.
Pensando mais uma vez com a mente de Deus supomos que o projeto do ser humano é a busca da perfeição. E mais uma vez somos obrigados a raciocinar que um elevado percentual de pessoas não cultiva a perfeição e sim o uso dos recursos disponíveis em rota de destruição.
Pensando mais uma vez com a mente de Deus supomos que o projeto do ser humano é a busca da perfeição. E mais uma vez somos obrigados a raciocinar que um elevado percentual de pessoas não cultiva a perfeição e sim o uso dos recursos disponíveis em rota de destruição.
Muitos, maioria de nós, hoje em dia, não temos, sequer, tempo para meditar sobre vida e, diante de um espelho, ao pentear-se, todos os dias, ao se achar bonita, bonito, perfeita, perfeito, não raciocinamos com o íntimo, e sim com a casca exterior.
Se pararmos, um pouco para refletir como funciona nosso organismo, concluiremos que a perfeição biológica nos é dada ao nascer e o uso intenso e mal feito dos órgãos nos leva para a morte geralmente muito antes do que seria normal.
O desempenho de cada órgão, de cada detalhe que faz parte do nosso corpo, nunca seria deficiente se não os obrigássemos a trabalhar sob as mais cruéis condições.
Cada sistema de nosso corpo cumpre, religiosamente, as suas funções contribuindo para que continuemos vivos, mas é obrigado e dar de si muito acima de suas possibilidades dado o nosso modo perverso de lidar com ele. E isso já se torna um problema genético porque recebemos esses legados repassados hereditariamente. E os repassaremos adiante sempre que gerarmos um descendente.
Viver plenamente, não destruir o que ganhamos como tarefa para cuidar; viver bem, segundo a proposta do Criador, inclui ser feliz e gostar do nosso corpo, cuidando e respeitando-o, para que ele esteja sempre apto a desempenhar a sua missão; para existirmos por muito tempo, cumprindo coisas que aqui viemos fazer e que merecerão análise numa próxima postagem, há que planejar, executar, avaliar, corrigir, transformar.
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