quinta-feira, 15 de março de 2012

Aprofundando



42. Para entender os chakras

Kundaliní - (Fundamental)


Kundaliní é o alegado poder espiritual primordial ou energia cósmica que jaz adormecida no Múládhára Chakra, o centro de força situado próximo à base da coluna, entre os órgãos genitais e ânus. É a mais forte energia que transita entre os chakras.
Deriva de uma palavra em sânscrito que significa, literalmente, "enrolada como uma cobra" ou "aquela que tem a forma de uma serpente". É a energia do Universo em seu aspecto Purna-Shakti, total, como potencial, sendo o Prana-Shakti o aspecto biológico, ou físico, como calor, eletricidade, etc.
O termo é feminino, deve ser sempre acentuado e com pronúncia longa no í final. Muitos por a considerarem sagrada, grafam o nome com "K" maiúsculo. Não está errado. O símbolo do caduceu é considerado como uma antiga representação simbólica da fisiologia da Kundaliní.
Segundo a crença, enquanto está adormecida, assemelha-se a uma chama congelada. O "despertar" da energia divina Shakti Kundaliní requer a orientação de um mestre realizado, para que o ativamento e desenvolvimento sejam apropriados e conduzam à meta suprema do Yoga, que é a paz interior e a realização divina.

É também tema de estudo no campo da Psicologia onde a reputam de difícil condução com a disciplina e maturidade que são requeridas para esse intento, pois é um conceito oriental, com outros significantes, e sem paralelos com a Psicologia desenvolvida no Ocidente. Não existem evidências científicas que corroborem as alegações do Kundaliní.

Chakra Sexual – Esplênico

O nome sânscrito Svadhisthana significa “Morada do Ser”, sendo que ele é mais conhecido como chakra sexual – o que contribui para algumas distorções. Também Pode ser chamado de Chakra esplênico – um “aportuguesamento” de spleen, que é “baço”, em inglês – ou chakra sacro – em referência ao osso de mesmo nome.

Localização: Alguns adeptos do uso exclusivo do sistema de 7 chakras colocam o Svadhisthana um pouco acima do Muladhara, dois dedos abaixo do umbigo ou sobre o baço, como na ilustração que faz parte desta série.

Svadhisthana é o chakra das parcerias e do respeito ao próximo. Rege todas as formas de relacionamentos (e não apenas os sexuais!), principalmente nas questões que envolvem integridade e honra. No momento em que a nossa verdade é maculada (quando vivemos um personagem, e não nós mesmos), todo o sistema é comprometido, e isso é especialmente interessante em um chakra que nos fala das relações de poder, o controle que temos sobre outras pessoas e/ou que estas têm sobre nós.

Cada ser cumpre o seu papel. Mesmo os que nos incomodam por algum motivo (ou especialmente estes) têm algo a nos ensinar. Os relacionamentos não são neutros porque existe algum tipo de resistência ou oposição, mas porque transformamos o outro em um inimigo – neste momento a energia muda.

Na tradição védica, Vishnu, o Senhor da Preservação, é regente deste centro de energia. É ele que, de tempos em tempos, se manifesta na forma de um avatar para salvar o planeta de grandes catástrofes. Duas destas encarnações (no total de 10) são bastante conhecidas: Rama e Krishna. A preservação da raça humana depende de seu instinto de procriação, daí um dos aspectos da sexualidade de Svadhisthana - “crescei e multiplicai-vos”.

Esta é a morada dos desejos, sensações físicas e fantasias, por isso está associado à criatividade e tem uma forte conexão com o chakra laríngeo – Vishuddha. De um lado a criatividade instintiva e, do outro, a criatividade inspirada. Artistas, de um modo geral, combinam muito bem estas duas forças para que suas idéias fluam de forma harmoniosa, produtiva e concreta.

Quando equilibrado, o segundo chakra promove um fluxo natural com a vida e os sentimentos, sem jogos, dependências ou manipulações e com grande entusiasmo e alegria. Fora do prumo, encontramos possessividade, ganância, medo de perdas, abandono, ciúme, ressentimento e solidão, entre outras coisas.

Harish Johari, por exemplo, diz que, enfraquecido, o chakra sexual pode provocar um estado de vazio e ausência de propósito; nada que é seu lhe excita, agrada ou chama a atenção, de modo que pode despertar inveja de possuir o que pertence ao outro – bens, recursos, talentos, pessoas.

Outros problemas que surgem podem ser de ordem urinária e, como não poderia deixar de ser, sexual. É dito também que 30% da energia deste chakra é canalizado para a vitalidade das pernas, logo, para qualquer problema nos membros inferiores é preciso avaliar o grau de comprometimento deste chakra.

Nadis – Redes de Transcomunicação

A palavra Nadi vem da raiz nad (do sânscrito), que significa canal, córrego, ou fluxo do nada, e é o canal pelo qual circula o prana (energia cósmica) pelo corpo. Definição: Uma Nadi (plural: Nadis – o nome é feminino) é uma fibra condutora de energia na forma de canal na qual o prana flui e pode se conectar aos chakras. Tanto os chakras, como as nadis e o prana, ainda não são aceitos pela comunidade científica ocidental. Mas, pelo menos quatro universidades ocidentais dedicam estudos e inventam instrumentos através dos quais se possam provar e comprovar a existência de tais centros e linhas de força e o fluxo de tais vibrações circulando pelo corpo e sistema nervoso humanos.
As nadis começam ou terminam do centro dos chakras e fluem para a periferia se tornando cada vez mais finas, tendo uma função extra sensorial, levando em parte as respostas empáticas e instintivas.
Quando sentimos correr pela coluna vertebral um calor ou frio em função de alguma alteração nos sistemas de percepção, o curso dessa energia se dá através das nadis. As antenas captam e as nadis fazem circular a informação energética através do organismo. Em se tratando de energia sexual, o chakra mais visado é o Esplênico, para onde também vão as informações sobre a presença de obsessores.
Nas escolas que desenvolvem a mediunidade humana o chakra Esplênico é o mais visado. 
Número e Principais NadisExiste uma indefinição nos tratados quanto ao número de Nadis. No Shiva Samhita é de 350.000. Isto é, um ramal com 350 mil fios. Mas, há divergência. O Hatha Yoga Pradipika mencionava, há 3.500 anos, 72.000 Nadis.
Na prática do Yoga são mencionados, entretanto, somente as três principais ramificais: Sushumna, Ida e Pingala, uma espécie de positivo, negativo e neutro.
A Sushuma é, talvez o mais importante dos canais de energia. Ela segue o alinhamento do Merudanda (Meru: a montanha que é o eixo do mundo pela mitologia Hindu), o eixo da coluna vertebral (cérebro-espinhal) e flui da extremidade inferior da mesma até chegar à extremidade da cabeça, na assim chamada coroa-craniana. Sushumna é descrita como de cor vermelha (a cor do fogo (Agni)).
As nadis da Ida e da Pingala são frequentemente relacionadas aos dois hemisférios do cérebro que, como se sabe emitem, respectivamente, energia positiva e negativa. Nisso a ciência já chegou.
Pingala é o princípio masculino, aquecendo-se para acima, tem como qualidades a extroversão e a energização. É a nadi solar, e corresponde ao lado direito do cérebro.
Ida é o princípio feminino, tranquilizando para baixo, tendo como qualidades a introversão e a serenidade. É a nadi lunar, correspondendo ao lado do esquerdo do cérebro.
As duas nadis são estimuladas e limpas com a prática do  Nadi Shodhana Pranayama, que envolve respirar alternamente através das narinas esquerdas e direitas, que estimulariam alternadamente os lados respectivamente direito e esquerdo do cérebro.
Nadis são consideradas, às vezes, como estendendo até à pele do corpo, outras como se estendendo ao limite da aura, que os espíritas chamam de periespírito.
O leitor deve ter notado o emprego de vários nomes não comuns nas línguas ocidentais; é isso mesmo: são nomes sânscritos, língua ancestral hindu.

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