sexta-feira, 30 de novembro de 2012

929-Iniciar-se para a Meditação


Tudo certo, então? Ainda não.
Anote as últimas recomendações.

Esta é uma advertência que fazemos à maioria das mentes ocidentais formatadas numa cultura religiosa ímpar. Quase todas as correntes de fé herdeiras de Moisés e do cristianismo originado em Roma, trabalharam um condicionamento NÃO da evolução das almas, trabalham o condicionando da obediência às regras em que os mandamentos começam pela palavra NÃO. Isto é, uma cultura do NÃO.
Experimente educar duas crianças, uma recebendo NÃO como respostas aos seus impulsos e outra recebendo SIM como respostas aos seus impulsos. É claro que se a criança do SIM subir na janela e pedir pra pular do oitavo andar a sua resposta não poderá ser sim para pular, mas sim para sair dali atendendo ao sim da vida.
Aprendemos em 17 séculos que o andor dos fiéis para Deus palmilha uma mesma escada, uma mesma larga estrada pavimentada pela crença e, marchando em procissão, tendo um condutor à frente: avança e relembra o conjunto de regras, não sou digno de pertencer ao reino de Deus, mas a uma palavra sua serei salvo. As obedientes “ovelhas” por não terem desrespeitado nenhuma das regras são levadas para o “ponto” aonde teriam imaginado chegar.
Ao contato com algum método, como este de meditação, corremos o risco de que mentes condicionadas a estereótipos busquem andar assim como os rebanhos condicionados.
Aqui não será assim.
Cada indivíduo tem o seu ritmo, sua faixa vibratória, seus estímulos, seu tempo, sua estrada, seu jeito, seu tempo, sua avaliação pessoal.
Deus não está parado ao portal pronto para barrar este ou aquele. Muito pelo contrário, cada um vai entrar portal que merecer entrar e vai obter o resultado que merecer obter segundo seu estágio de consciência.
As postagens deste blog procuram conduzir os leitores até a orla da floresta e brevemente fornecem alguns raros informes sobre a mesma. Desde este ponto em diante toda a experiência pertence a cada um. Não fosse deste modo, não estaríamos incentivando a transformação das pessoas e sim produzindo objetos em série ou vendendo objetos milagrosos capazes de oferecer a passagem para a travessia.
Aqueles que marcham nos pelotões como rebanhos conduzidos têm a impressão de que se transformaram sem, contudo, nunca se transformarem. E isso é uma falácia.
Sem estes cuidados de advertência, que você lê e precisa questionar-se, pois do contrário nós estaríamos fossilizando visões intuitivas e destruindo-lhes o valor empírico individual que têm os eventos do caminho “dentro da floresta” aonde cada ser deve buscar sua experiência. Esta aventura não pode ser reduzida a uma coisa qualquer sem nenhuma autenticidade. 
Onde se requer desenvolvimento individual, todos os métodos plurais devem ser abandonados. Nenhuma das experiências singulares nascidas com o estímulo desta série será igual à nenhuma outra. Se fosse assim, você não teria andado com seu esforço e autoria, teria sido levado a um destino de maca ou cadeira de rodas. De que teria valido esta experiência? A individualidade é única e matriz, dela não se faz cópias e as experiências nestes campos do espírito são também únicas, imprevisíveis e não interpretáveis a não ser pelo próprio indivíduo autor da experimentação.
Todo ser humano tem de ser tomado por um explorador que abre seu caminho ao longo de uma densa floresta. Tomemos a floresta como o íntimo espiritual ou íntimo consciencial. Os preceptores e seus mapas não podem ir além da margem da floresta, aonde, de fato, começa a tarefa de exploração solitária, rica e insubstituível, única e incomparável. Não é como ver um filme ou andar por uma trilha em grupo com guia condutor e intérprete. Aqui não haverá guia. A meta é que haja um grande abraço inicial marcado pelo amor incondicional entre o ser eterno (espiritual) que se revela ao ser temporário (material) e entre o ser material que decide perder os rompantes de sabichão e autoritário para viver uma grande odisséia, unido à sua própria essência divinal, que é o Espírito.
Então, meu caro leitor, aqui se fecha o mapa, apaga-se a lanterna do preceptor, acaba a orientação grupal. Vai ter início a primeira viagem de um homem, de uma mulher, através do complexo, sofisticado e rico processo de crescer em consciência para aproximar-se do Objetivo Planejado pelo Autor Maior. A busca é clara: aprender a interiorizar-se e caminhar nas trajetórias do seu próprio ser, onde certamente a mente terrena encontrará a maior das verdades, a Sua Verdade Eterna; conquistar e amadurecer as características espirituais de muito longo prazo e ampliar as funções mais nobres da inteligência a serviço da vida.
Escute sua alma; ela tem muito a fazer e sua única chance é contar com você nesta obra. Não traia sua alma. Entregue a ela o futuro desta existência.
Não tenha ansiedade, pressa, afobação, medo. Tente quantas vezes for preciso até descobrir como é lindo e fácil unir ego e Self. Boa viagem. Alguém estará esperando por você na borda da floresta, lá do outro lado.

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