quarta-feira, 21 de novembro de 2012

920-Iniciar-se para a Verdade


Um sistema sofisticado de comunicação

Voltemos à cátedra de Wilda Tanner. Ela assegura que a maior parte da humanidade adquire conhecimento nos sonhos. Por aproximação, temos entre cinco e sete sonhos por noite. Quando temos desenvolvida a nossa forma de lidar com eles, recebemos e temos consciência de lições, orientações, informação, compreensão, conhecimento e estímulo. Nossos sonhos, diz ela, são sinais, obtidos por telas mentais chamando-nos para os nossos verdadeiros caminhos. Alguns desses recados nos chegam diretamente de nossos níveis subconscientes, particularmente, as informações sobre nosso corpo físico e suas necessidades. Outros vêm de níveis conscientes: imagens e fatos diversos, informações para lidar com nossos problemas cotidianos. Mas, na maioria, as lições vêm do nível superconsciente, de nosso Eu Divino ou Eu Superior. Vêm em forma de lições e vislumbres espirituais que nos ajudam na solução de problemas em todos os níveis. Possivelmente tenham a virtude de nos colocar frente a frente com os nossos desafios associados com a grande missão de nossas vidas.
Você gostaria de ter em casa ou carregar consigo um consultor especializado em destino, missão, sucesso, realização, plenitude? Inteiramente gratuito? Nesses tempos de personal training, personal fashion, que tal um personal sucessing? Você já ouviu falar de visionários, bruxos, magos? Sabe o que eles fazem? Eles apenas confirmam para seus consulentes aquilo que seus consulentes desejam que aconteça. E se os consulentes vierem acreditar naquilo que os adivinhos dizem, terão mudado as suas vida para melhor ou para pior, dependendo daquilo no que andem “sonhando”.
Quando a semente do ser humano parte em busca da fecundação do próprio corpo, no ventre da mãe, põe nesse ato todas as suas esperanças, todo o seu entusiasmo, toda a sua energia. O seu objetivo é viver, cumprir uma missão, fazer tudo certo e alcançar a fita de chegada dessa maratona com a dignidade de um vencedor. Não se trata de derrotar os demais, aquilo não é uma competição. Todos os demais “competidores” envolvidos nessa operação, sabem que em 98,89% dos casos há um só óvulo à espera e que em 99,9999% dos casos uma só semente será premiada com a vida. Aquilo é uma travessia na qual cada um tem de vencer a si mesmo. E provar que é capaz de receber nova missão. 
A vida, depois do nascimento, não é outra coisa. Alguém já se perguntou por que a vida nos chicoteia em certas circunstâncias? Estaria ela fazendo a mesma coisa que fazem os cavaleiros quando querem superar um obstáculo em plena cavalgada ou numa prova de hipismo? A reposta é sua.
Para desenvolver uma Cultura Multidimensional, o primeiro requisito é sentir-se divino, entender o prêmio da vida como outorga, dádiva, mérito, honra, dignificação, homenagem divina, claro, nunca para que o outorgado se atire nas cordas ou “tire férias”. Entramos na corrente universal da vida para realimentar e reafirmar o sentimento, permanentemente, de que somos um dente da engrenagem e que temos de corresponder a essa confiança. Se não sabemos, ao certo, o que devemos fazer, devemos, ao menos, ao acordar e ao recolher-se para dormir, que é quando adormecemos e nem sabemos o que será de nosso corpo, deixar ligado o instrumento através do qual nos comunicamos com outorgante. Claro, existem outros canais de comunicação, uns mais simples, como a oração e outros mais exigentes, como a meditação. Mas, este, dos sonhos, é tão fácil que a gente o executa dormindo.
Importa saber que não pode haver o ser separado, que em um momento se desgasta no jogo da vida desprovido de entusiasmo, vulnerável às energias opostas, abatido por elas e, em outro momento, o ser que se liga ou religa com a Fonte Vital para carregar suas baterias. Como também não pode haver o ser passivo que apenas ergue suas mãos ao infinito pedindo que lhe seja facilitado o papel diante da vida, quando, na realidade, nem sabe ou nem quer saber que papel é esse. Cadê os sonhos? 
Somos enviados para a vida com planos por nós definidos, viemos como agentes ou produtores autônomos de ação e não como diligentes ou terceiros da ação delegada.
Ao postar-se como diligente, sem planos próprios, como serviçal de interesses alheios, o ser humano assemelhar-se-á aos animais dos serviços domésticos e terá perdido, em sua existência, a oportunidade de dizer a que veio.

NÃO ESTAMOS EM FÉRIAS

Ainda que muita gente se imagine de férias em sua existência corporal, no planeta, e por isso tente levar a vida irreverentemente, toda a logística da vida sinaliza para os propósitos: nada acontece ao acaso. O nosso nascimento não foi um acaso. O desafio ao ser mais inteligente da criação, é descobrir o propósito de cada coisa, principalmente o seu próprio propósito.
Como saber a que viemos? Não é uma tarefa fácil. Mas, também não é impossível. Existem três meios:
(1) Através dos sonhos sonhados de olhos abertos. Eles não nascem do nada. Lá no fundo da alma eles querem dizer algo. Tê-los e sentir que eles são um imã a chamar para um rumo, para um desafio, tal qual uma bússola, é o indicativo de que somos parte de um plano, temos um plano, como todos têm.
(2) Através dos recados enviados pelos sonhos sonhados de olhos fechados. Ter com os sonhos uma certa promiscuidade, um elevado grau de responsabilidade, interatividade, capacidade de anotá-los, investigar as suas circunstâncias, prestar atenção na sua coerência... O resultado poderá indicar mais do que assuntos para conversas matinais com nossos familiares. “Bárbaro! Tive um sonho legal esta noite!”
(3) Através do desenvolvimento de uma cultura de oração e meditação, contemplação e elevada percepção capazes de abrir canais de diálogo eficaz entre a mente corpórea e a mente espiritual. (Sobre este item 3, ainda voltaremos a aprender).

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