sábado, 24 de novembro de 2012

923-Iniciar-se para a Meditação


Um ato espiritual

Meditar é uma prática espiritual de grande valia.Já se disse tratar-se de uma comunicação mediúnica entre a mente e o espírito de uma mesma pessoa. Não se irrite com o uso da expressão “mediúnica”, esta palavra só quer expressar o que de fato expressa: fazer-se meio entre duas inteligências. Como estamos lidando com a mente terrena em estado de vigília e com a mente espiritual (também chamada de subconsciente e até de inconsciente), quero entender tratar-se de “outra” mente ou, no mínimo, outro departamento de uma mesma e complexa MENTE.
Todos os métodos conhecidos de meditação têm âncora budista. Foi Buda e foram os seguidores de Buda grandes exercitadores da arte de meditar. Mas, convenhamos: o entendimento da questão espiritual pelos budistas e pelos espiritualistas é distinto. Quero, então, abrir este parêntesis para explicar que a iniciação meditativa objeto desta nova série terá conteúdos que não encontraremos no método budista de meditação. Isso, porém, não propõe um resultado diferente. Propõe uma compreensão linear e lógica para as mentes de formação não budista.
Uma metáfora bem simples para entendimento dos leitores mais radicais: o ato de nutrir uma pessoa, isto é, alimentá-la para saciar-lhe as necessidades nutricionais inerentes à energia para viver pode se dar por três modos: (i) a ingestão de alimentos pela boca; (ii) a ingestão de alimentos através de sonda por outra via que não a boca; (iii) e a introdução de alimento através da veia diretamente na corrente sanguínea.Todos os três caminhos atendem ao objetivo, porém por diferentes alternativas; uns e outros são mais diretos e eficazes, não é mesmo?
Aqui também a proposta é atender ao objetivo, atingir o destino com melhor eficácia.
Buda foi o primeiro mestre da arte meditativa e então surgiram várias “escolas” para ensinar as pessoas meditar segundo o conceito budista de Deus e das relações das pessoas com Deus.
O que há de incoerente entre os métodos budistas de meditação e a forma espiritual de conexão meditativa? Simples: para o budismo cada um de nós é uma fração do imenso Deus ou uma gota do imenso oceano cósmico. Ao alcançar o estado de fusão com Deus, ou ao a gota d’água chegar ao mar acaba-se a individualidade, tudo se funde num todo.
A partir de alguns mestres da cultura que prega individuação do espírito não podemos ver as coisas do modo budista. Quem estará mais certo, quem estará mais errado? Não se trata de acerto ou erro. “Vamos procurar nutrir a alma, seja pela boca, pela sonda ou pela veia”, conforme a metáfora. O que for mais eficaz para o fim a que estamos buscando, tem de ser melhor, sem necessidade de afirmar que os dois outros modos sejam ruins.
As ciências ocidentais nos ensinam que somos individualidades, não é isso? Ensinam que não há a menor possibilidade de haver dois seres iguais, por isso a impressão datiloscópica foi escolhida para a incorruptível prova de identidade na Cédula de Identidade e no Passaporte. E como tal queremos compreender o ser humano até prova em contrário.
Não existem duas gravuras datiloscópicas iguais entre os mais de 7 bilhões de seres humanos. Não existem dois desenhos da íris ocular entre esses bilhões de exemplares encarnados. Não existem dois espíritos com a mesma individualidade. Podemos compor com Deus uma grande teia, mas nunca deixaremos de ser indivíduos para pertencer ao Oceano Espiritual de Deus. Ao menos é isso que no Ocidente se diz do indivíduo espiritual.
Então, ao meditar pelos métodos budistas, somos induzidos à fusão com Deus e isso atrapalha a compreensão e a conexão final deixa de acontecer porque a cultura compreensiva da mente ocidental lê o resultado de modo diferente que lê a mente oriental. A começar pela escrita. A de lá e a cá são diametralmente opostas.
Foi assim que surgiu o Método Mediúnico de Meditação, que será exposto aos leitores desta blog a partir da próxima postagem.
Leia o que vem a seguir e aprenda a meditar para sua harmonia espiritual e para aproximar-se de sua verdade íntima, a maior de todas as verdades que deve ser buscada pelo ser humano.

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